RIVER ROCK FESTIVAL 2019 em Indaial/SC
06, 07 e 08 de setembro de 2019
Texto e Fotos: Priscila Ramos e Raul Mateus Noering
Nos dias 06, 07 e 08 de setembro de 2019 aconteceu mais uma edição histórica do River Rock Festival. O festival que é um dos remanescentes do estado possui uma estrutura própria desde a edição do ano passado em Indaial, chamada de Rota 66.
Esse ano o festival contou com uma novidade: apenas bandas inéditas se apresentaram, e com isso contou com um cast de peso: Ratos de Porão (sem o João Gordo já que o mesmo se encontra em recuperação de uma pneumonia), King Bird, Justabeli, Anthares, Sinaya, Legacy of Kain, entre dezenas de outras bandas, e, claro, também contou com a atração internacional Legion of the Damned, diretamente da Holanda.
Chegamos ao evento por volta das 20h de sexta-feira e com isso já havíamos perdido uma apresentação. Na hora em que chegamos subiu ao palco a banda Legacy of Kain do Paraná, o que, em minha opinião, já vimos que seria a nossa banda preferida da noite. A banda de thrash/groove metal fez uma apresentação impecável e juntou uma boa parte do público na frente do palco para curtir o som. Logo em seguida subiu ao palco a banda Anthares de São Paulo. Os caras já tocaram aqui em Santa Catarina em alguns festivais e sempre mandam muito bem. Logo após se apresentou o Ratos de Porão. Sem o João Gordo, Jão, Boka e Juninho conduziram muito bem o show e agitaram o público presente. A banda está em uma turnê comemorativa dos 30 anos do álbum ‘Brasil’ e vem executando o mesmo na íntegra em suas apresentações. Cumpriram o papel e deixaram o público satisfeito. Ainda tocaram na noite e madrugada de sexta-feira as bandas PZZ e Cosmic Soul.
No sábado de manhã os shows tiveram início às 11h com a banda Apócrifos de São Francisco do Sul. O grupo que conta com integrantes das bandas Luciferiano e Steel Warrior vem marcando presença constante nos festivais de Santa Catarina e não decepciona. Tocaram também as bandas Balboas Punch, 100 Dogmas, Obscurity Vision e The Undead Manz. Durante a tarde também tocou a banda Gueppardo de Porto Alegre que apresentou um som hard e heavy metal clássico dos anos oitenta e juntou boa parte do público. Logo após subiu ao palco o projeto do Deny Bonfante (músico da Perpetal Dreams) e foi bem ovacionada pelo público. Tocou a banda Sinaya de São Paulo e surpreendeu pela qualidade musical e por ser uma banda comandada em sua grande parte por mulheres. Após a Sinaya era a vez da horda Justabeli de São Paulo, o trio possui essência bélica e satânica e se diferencia nessa vertente black metal das demais bandas. Sua presença de palco chama muito a atenção e o trio juntou uma boa parte do público para prestigiá-los. Logo em seguida subiu ao palco a King Bird de São Paulo. A banda de hard rock era uma das apostas da noite e não desapontou o público.
Em seguida era a vez da Arandu Arakuaa. A banda que mescla folk e heavy metal à música indígena e regional brasileira surpreendeu o público. A banda foi muito aclamada, certamente foi um dos destaques da noite. Logo após, tocou a banda Serpent Rise de doom metal de Santa Maria.
Era a hora da atração internacional Legion of the Damned. A banda de death/thrash metal é presença constante em festivais da Europa e focam nas temáticas ocultismo, horror e eventos apocalípticos em suas letras. O show estava marcado para as 23h30 porém houve um pequeno atraso de quase 1 hora para a preparação do som. Não estava tão cheio no momento do show, porém a banda pareceu não se importar e entorpeceu os fãs com riffs massacrantes e solos de guitarra altamente técnicos. O vocalista Maurice Swinkels interagiu com o público e agradeceu a todos pela presença.
As bandas Carcinosi, Raging War e Overblack fecharam a noite e madrugada de sábado para domingo.
No domingo chegamos ao festival por volta das 13h e já haviam tocado algumas bandas. Conseguimos pegar ainda as 3 bandas finais: Vermouth, No One Spoke e Cowboys From Hell mandando um tributo ao Pantera para ninguém colocar defeito. Destaque para a banda catarinense No One Spoke, que conta com duas musicistas ligadas à música clássica e une com o peso resultando em um symphonic metal de qualidade. A banda foi muito elogiada pelo público.
Vale muito a pena citar a ótima estrutura de som e iluminação. Os dois telões nas extremidades do palco fizeram toda a diferença. A qualidade das bebidas e alimentação também vale elogio. Infelizmente o público não compareceu tanto quanto na edição passada, não sabemos se foi por causa do tempo chuvoso que predominou na sexta e no sábado (em compensação no domingo o sol veio com tudo). De qualquer forma o River Rock mais uma vez não deixou a desejar e cumpriu o que prometeu. Em 2020 a organização já se adiantou: serão 4 dias de festival! Agradecimentos especiais ao Adilson, Regiane, Ariel, Larissa, Adriano e muito sucesso ao River. O Agenda Metal espera contribuir com a divulgação e cobertura nas próximas edições.
LEGACY OF KAIN
ANTHARES
RATOS DE PORÃO
APÓCRIFOS
BALBOAS PUNCH
GUEPPARDO
SINAYA
JUSTABELI
KING BIRD
ARANDU ARAKUAA
LEGION OF THE DAMNED
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