Korpiklaani: entrevista com guitarrista Kalle “Cane” Savijärvi

A Produtora Dark Dimensions confirmou recentemente a vinda das bandas Korpiklaani e TÝR para shows nas cidades de Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. E aproveitando a vinda da banda realizamos uma pequena entrevista para saber as expectativas da banda, o novo álbum e as surpresas que os fãs terão em seus shows pelo Brasil.

Conduzido por Camila Buzzo e com colaboração de Marcos Koskinen do fã club Korpiklaani Brasil, o guitarrista Kalle “Cane” Savijärvi, muito atencioso respondeu as perguntas que podem ser agora conferidas abaixo nesta entrevista exclusiva:

1. O que levou o gaiteiro Juho Kauppinen a deixar a banda no ano passado?

Não ouve nenhum problema. Teve uma declaração dele, que pode ser encontrado em nosso site: “Eu decidi definir meus objetivos em outros lugares, como um resultado do qual Korpiklaani vai continuar sem mim a partir de agora. O Korpiklaani foi uma parte importante da minha vida por muito tempo, mas depois destes oito anos e meio de banda eu vim a perceber que atualmente quero experimentar e buscar algo a mais.” – Eu acho que isso esclarece muito bem o que Juho queria.

2. Quais influências Sami Perttula trouxe para banda?

Sami foi uma escolha muito boa para nós. Ele se apresenta com um outro tipo de acordeão que Juho usava, então a maneira de tocar é um pouco diferente. Este novo som se encaixa perfeitamente à nossa música e também parece muito legal. A adaptação do grupo também tem sido fácil, uma boa química e senso de humor esta rolando entre nós.

3. Dois integrantes deixaram o Korpiklaani recentemente. Como é feita a seleção e a adaptação de cada novo membro da banda?

Encontrar um novo membro da banda definitivamente não é fácil. Especialmente quando estamos a falar de um violinista ou um sanfoneiro. Mas tivemos uma boa sorte para encontrar esses caras que temos agora. Jonne, nosso vocalista, fez o contato com Sami e marcamos os ensaios. Nós tocamos algumas de nossas músicas e depois que todos na banda estavam prontos, decidimos contratá-lo. Estamos muito felizes, pois foi assim, bem fácil.

4. Qual era a visão de vocês sobre o Brasil em sua primeira passagem por aqui em 2010 e como é agora, que virão pela terceira vez? Podemos esperar alguma música do novo álbum?

Primeira vez em um novo país é sempre especial quando você não sabe o que esperar. Para nós, foi amor à primeira vista. E na segunda vez foi pelo menos tão especial como na primeira. Portanto, agora nós temos expectativas muito altas e eu acho que nós não vamos ficar desapontados!
Sim, vamos tocar músicas do novo álbum, mas você vai ouvir também o material mais antigo.

5. Em suas outras 2 passagens pelo Brasil teve alguma história ou situação que vocês guardaram em suas memorias?

Claro que temos algumas boas lembranças de nos divertindo com os fãs e amigos, mas nada de especial para contar neste momento.

6. Quais membros da banda mais participam do processo de composição das músicas?

Jonne vem fazendo a maioria das músicas e algumas letras. A maior parte das letras são de escritores fora da banda. Há também algumas músicas de Jarkko, Juho e Hittavainen.
7. Desde o princípio, a essência do Korpiklaani continua a mesma, com leves alterações na parte “plugada” das músicas, que já oscilaram do Heavy ao Thrash Metal. Vocês têm planos de mudar essa sonoridade algum dia ou fazer algo mais experimental?

Não, nós não temos nenhum plano de mudar o nosso som que estamos desenvolvendo há anos. Mas fazer algo experimental pode ser divertido.

8. Vocês já estiveram em turnê com o Týr antes, mas pela primeira vez as duas bandas tocarão juntas no Brasil. Nos falem um pouco dessa experiência e das expectativas dessa próxima turnê.

Estamos fazendo shows com Týr desde 2005 e tem sido um grande prazer desde o início. Houveram tours européias e norte-americanas juntos, então eu acho que nós nos conhecemos muito bem. As expectativas são de bons shows e grandes festas.

9. E quais os planos para o próximo trabalho do Korpiklaani? Quando esta previsto o lançamento do novo álbum?

Novas músicas foram escritas, mas não gravadas. Talvez no próximo ano? Vamos ver!

10. A banda já pensou alguma vez em gravar um show ao vivo no Brasil?

Pelo menos não neste momento.

11. Certos títulos das músicas do Korpiklaani são um pouco difíceis de memorizar entre os não-falantes da língua finlandesa. Algum fã alguma vez já fez alguma reclamação do tipo?

Não nunca houve. Isso seria coisa muito estúpida de se fazer.

12. Sua mensagem final para seus fãs do Brasil

Depois de uma longa espera, finalmente estamos voltando. Nós estamos muito felizes de poder trazer o Týr conosco. Venham nos ver e se divertir durante e após show! Até breve Brasil!

Confira abaixo os serviços completos de todas as praças:
Dark Dimensions orgulhosamente apresenta a Tour “Brothers in Armys” com as bandas Korpiklaani e TÝR

Serviço Porto alegre

Data: 30 de maio de 2014 – Sexta-feira
Local: Bar Opinião
Endereço: Rua José do Patrocínio, nº 834 – Bairro Cidade Baixa
Horários:
Abertura da casa: 19h00min
TÝR: 20h00min
Korpiklaani: 21h30min

Ingressos:
– Pista Promocional: R$120,00
– Pista Estudante: R$100,00
Venda Online: http://minhaentrada.com.br/evento/korpiklaani-tyr–1044

Pontos de venda Porto Alegre :
Multisom – Andradas – Rua dos Andradas, 1001 – Centro Historico
Multisom – Bourbon Ipiranga – Avenida Ipiranga, 5200 – Praia de Belas
Multisom – Iguatemi
Multisom – Moinhos – Rua Olavo Barreto Viana, 36 – Moinhos de Vento
Multisom – Praia de Belas – Avenida Praia de Belas, 1181 – Praia de Belas
Multisom – Shopping Total – Avenida Cristóvão Colombo, 545 – Floresta
Multisom – Barra Shopping Sul 4 –
Multisom – Bourbon Wallig – Avenida Assis Brasil, 2611 – Passo D’areia
Multisom – Iguatemi Breno
Canoas:
– Multisom – Shopping Canoas
Novo Hamburgo:
– Multisom Novo Hamburgo
São Leopoldo:
– Multisom São Leopoldo

Serviço São Paulo
Data: 31 de maio de 2014 – Sábado
Local: Clash Club
Endereço: Rua Barra Funda, 969 – Santa Cecília
Horários:
Abertura da casa: 18h00min
TÝR: 19h30min
Korpiklaani: 21h00min
Ingressos:
– Pista Promo: R$120,00
– Pista Estudante: R$100,00
– Camarote: R$300,00
– Camarote Estudante: R$150,00
Vendas online: www.ingressosparashows.com.br

Pontos de venda São Paulo:
Galeria do Rock:
– Ladysnake
– Hellion.

Serviço Rio de Janeiro
Data: 1º de junho de 2014 – Domingo
Local: Teatro Odisseia
Endereço: Av. Mem de Sá, 66, Lapa
Informações: 21. 2224-6367
Horários:
Abertura da casa: 17h00min
TÝR: 18h00min
Korpiklaani: 20h00min
Ingressos:
– Pista 1º Lote : R$100,00 ( Promocional antecipado e estudantes )
– Pista 2º Lote : R$120,00 ( Promocional antecipado e estudantes )
Vendas Exclusiva online: www.ingressosparashows.com.br

Realização: Dark Dimensions www.darkdimensions.com.br

Autor: Andre Smirnoff

Arkona no Brasil: confira entrevista com a vocalista Masha Arkhipova

Arkona: Da Rússia Para O Mundo

Por Marcos Garcia
Rock Brigade

Desde a queda do muro de Berlim, em 1990, uma invasão de bandas de metal vindas de trás da cortina de ferro, agora caída, está tomando o mundo. E algumas delas vêm da Rússia, o coração do antigo regime, e uma das mais conhecidas é o Arkona, que estará fazendo cinco shows de sua “Pagan Worldwide Tour”.

Aproveitando este fato, tivemos um tempo para poder falar com a banda sobre paganismo, seu passado, presente, e obviamente, sobre as expectativas para os shows no Brasil.

ROCK BRIGADE: Olá. Antes de tudo, obrigado pela entrevista! Vamos começar com uma pergunta bem clichê: como o Arkona foi formado, lá em 2002? E como o paganismo entrou em sua música?

MASHA ARKHIPOVA: O Arkona foi formado exatamente da mesma forma como comumente ocorre com todas as bandas jovens, que desejam tocar música pesada: no porão do velho Palácio da Cultura soviético, com velhos equipamentos, e as pessoas não conseguiam tocar corretamente seus instrumentos. Então, o baterista de uma velha formação encontrou por si o tema de paganismo eslavo. Ele criou sua própria comunidade, e eu era um dos membros. Após algum tempo, todas aquelas pessoas se afastaram da ideologia pagã, e não estavam mais interessados em música. Foi por isso que nos separamos, e foi nessa mesma época que encontrei os caras do Rossomahaar, e dali por diante, ainda estamos tocando com eles.

RB: Uma das coisas mais surpreendentes no Arkona é seu país de origem, pois há menos de 15 anos, nunca se ouvia nada em termos de metal vindo da Rússia, mas agora, existem muitos nomes vindos de lá, um ataque metálico russo. Acredita que isso é uma consequência da queda do velho regime socialista? E se não for este o motivo, podem nos dizer qual seria a razão disso?

MA: Honestamente, não estou acompanhando a cena metal russa, e realmente não imagino quem está indo bem agora. Mas estou orgulhosa que existam mais e mais nomes interessantes em nosso país. Mas realmente não sei o que teria causado isso. Pode ser pela derrota do velho regime socialista, ou talvez a mudança de prioridades e gerações. Talvez seja porque o estilo se tornou mais popular, com novos talentos. De qualquer forma, fico contente que vocês estejam sentindo que ele [o metal russo] está crescendo e espero que, logo, mais pessoas tenham a possibilidade de viajar para além de nossas fronteiras.

RB: Ainda falando da cena metal russa, uma grande parte dela é bem conhecida por estar ligada, de alguma forma, ao pagan metal. É apenas uma coincidência ou outro fator? E como estão sendo os shows na Rússia, e quais são as grandes cidades para o metal por lá?

MA: Como disse antes, não conheço nada sobre como nossa cena está se desenvolvendo, especialmente o pagan metal. Honestamente, a cena ucraniana está mais próxima de mim, pois em meus primeiros passos musicais eu estava ouvindo música da Ucrânia. Conheço algumas bandas boas em Moscou, mas é difícil falar sobre bandas em todo o país. Talvez agora tenhamos mais e diferentes bandas folk do que bandas de metal com ideologia pagã. Podemos contar bandas de pagan metal com os dedos de uma única mão.

A situação dos shows é a mesma que em todos os lugares. As pessoas em Moscou e São Petesburgo são mimadas, pois muitas bandas famosas europeias e americanas estão tocando lá, e não são tão entusiasmados em ir a shows de bandas russas. Nas cidades pequenas e no campo, as pessoas não têm uma renda grande, e toda informação sobre o underground chega a elas com grande atraso. Este é o motivo das pessoas estarem escolhendo os estilos mais populares, como rock alternativo e outros assim. Bandas assim estão tendo uma boa audiência por lá, e o pagan metal e as bandas que estão tocando em estilos similares, não são populares, e algumas vezes, a plateia não é tão grande. Mas com uma boa promoção, o resultado também não é necessariamente ruim.

RB: Vocês têm cinco álbuns, mas desde Ot Serdtsa K Nebu (От Сердца к Небу), vocês se tornaram mais e mais conhecidos dos maníacos por metal por todo mundo. É por causa do trabalho de divulgação da Napalm Records? E por falar nisso, estão satisfeitos com o trabalho deles com o Arkona?

MA: Claro, acho que a Napalm foi uma grande influência em nosso crescimento pelo mundo. Durante todo nosso período de colaboração, nunca ficamos desapontados. Eles sempre estão nos dando liberdade total, compreendendo nossa posição e são realmente pessoas ótimas, com as quais é sempre agradável sair quando vêm aos nossos shows. E antes que isso aconteça, sempre brincamos, dizendo que “hoje temos que tocar bem, pois os patrões estão vindo!” (risos)

RB: De algumas maneiras, o antigo governo russo nos anos 80 era ateu, então a religião e o folclore eram dois pontos que, provavelmente, estavam fora das escolas. Como vocês puderam resgatar algo sobre seu folclore? E sobre do folclore russo, pode nos falar um pouco dele, sobre sua mitologia e velhas lendas?

MA: Quando a União Soviética foi destruída, eu tinha 9 anos. Eu me lembro desse dia claramente. Eu estava saindo de casa para a Casa Branca [NR.: de Moscou, também chamada Câmara Branca, é um edifício governamental da Rússia, atualmente sede do governo do país. Não confundam com a versão norte-americana.] para ver como eles estavam atirando. Eu estava andando em ruas absolutamente vazias, sozinha, e vi tanques bem perto de mim, indo na mesma direção que eu! Depois fui até o trabalho de minha mãe, e ela estava surpresa por eu estar andando sozinha por Moscou durante o toque de recolher! Lembro-me das pessoas ao meu redor, contando com orgulho que eu estava apertando a mão de N. N. Eltsin – a mão esquerda, não sei porquê. É claro, eu não me lembro se o folclore era dado nas aulas ou não. Eu quero dizer que a mitologia que conhecemos em nossos dias não é a velha e genuína história de nosso país. Todo o material foi reescrito e quase não existem informações verdadeiras. A única fonte que foi salva é do século XII, de uma Rússia já cristianizada, chamada “Slovo o polku Igoreve”. Os outros materiais, que na maioria são livros de autores modernos, são apenas contos de fada, nada mais. Eu crio canções baseadas em minha própria filosofia, visão de mundo, sem nenhuma mitologia, e estou usando nomes antigos de deuses, mundos, nomes de coisas filosóficas ou místicas daquelas eras.

RB: As letras são sempre apresentadas em seu idioma, e é difícil para todos nós entendermos o cerne de sua mensagem. Vocês não planejam cantar em inglês em um futuro próximo, ou acreditam que isso pode causar danos a mensagem aos seus fãs? E por falar nisso, qual é o centro de sua mensagem para as pessoas de fora da Rússia?

MA: Estamos tentando fazer pequenas traduções de nossas letras para o inglês em nossos encartes, então o ouvinte poderá entender o que estamos cantando e sentir a atmosfera da canção. Conheço muito pouco da língua inglesa, e minha opinião é de que qualquer forma de arte é melhor produzida em seu próprio idioma. É por isso que usaremos apenas o idioma eslavo em nossas canções.

Cada pessoa está encontrando em nossas músicas algo que é próxima a ela, dela própria. Eu estou cantando sobre os problemas que afetam não apenas nossa nação, mas o mundo todo. O mundo moderno está indo lentamente para o túmulo por muitos motivos. E todos eles estão em minhas canções. A música cria a atmosfera sobre algo que quero dizer. As pessoas estão sentindo isso e indo comigo. A música é a alma, em primeiro lugar. Se você ama alguém, não é por que ela é boa ou má, bela ou esperta, mas pela alma dela. O mesmo ocorre com a música. Se alguém ama a nossa banda sem ler as letras, então elas serão mais interessantes e valiosas quando as ler. Eu acredito que aquela pessoa que não gosta de nossa música nunca entenderá o que estamos fazendo e o porquê de fazermos desta forma. Não precisamos dessas pessoas, e elas não precisam de nós. Você não precisa saber o que é, apenas sentir.

RB: A música do Arkona é bem complexa, com um approach musical bem distante de outras bandas de pagan metal, mesmo de fora de seu país natal. Como é o processo de composição? E como trabalham nas letras? E por falar nisso, me permita dizer: você, Masha Arkhipova, tem uma voz incrível e muito bela.

MA: Obrigada! É um grande honra ouvir isso! Eu crio a música em diferentes momentos de minha vida. Pode ser na floresta, metrô, nas turnês, ou apenas me banhando e mesmo dormindo. A música sempre me vem de forma inconsciente, como se alguém quisesse passá-la para a minha cabeça! Quando isso acontece, eu imediatamente gravo em algo (telefone, computador). Então, usando o Cakewalk 9 [NR.: um software], faço todos os arranjos para todas as partes instrumentais. Quando é suficiente para um álbum, começo a criar as letras. Tenho que estar com certo tipo de estado de espírito para isso. Devo estar só, e não é permitido a ninguém vir até o meu mundo, pois se alguém me tirar do meu mundo, não poderei voltar a ele imediatamente, apenas quando tiver com o mesmo estado de espírito.

RB: falando um pouco sobre Slovo (Слово), o álbum recebeu ótimas resenhas no mundo todo, a maior parte devido ao trabalho com a Orquestra de Câmara do Conservatório Estadual N.G. Zhiganov, de Cazã, do Coral de Estudantes do Conservatório Estadual de Moscou. Como foi trabalhar com eles em estúdio? E há planos de trabalhar de novo com eles, ou com outra orquestra?

MA: Todos eles são profissionais! E foi uma grande honra trabalhar com eles em estúdio e nos shows em Moscou. Nossas novas canções não terão sem orquestra e corais, mas ficaremos felizes em trabalhar com eles no futuro.

RB: Por falar nisso, Slovo (Слово) foi lançado em 2011, então acreditamos que o momento de lançar um novo disco está chegando, estamos certos? Podem nos dizer como as coisas estão indo por agora, e quando o novo CD deve sair? E nos perdoe pela ansiedade, mas pode nos dizer qual o título dele?

MA: Todos os instrumentos já estão gravados, e existem algumas poucas músicas, mas iremos gravar os teclados e algumas coisinhas. Então, estaremos com tudo pronto até o final desse mês [NR. Esta entrevista foi concedida em Outubro]. Temos planos de lançar o novo disco no inverno de 2014 [Dezembro de 2013 a março de 2014], mas estamos um pouco sem tempo, então o lançamento pode ser adiado em alguns meses. Sobre as canções, não temos boas notícias para os fãs de canções como Stenka na Stenku e Yarilo no novo álbum. Serão músicas de um tipo diferente, as mais sombrias de nossa história. As novas músicas são bem diversificadas, mas todas são diferentes das músicas complexas e épicas de nossos últimos discos. As letras serão sobre destruir nosso mundo e começar o novo, uma mudança de eras e pontos de vista. O nome do novo álbum é Yav. Isto quer dizer “nosso mundo”, onde estamos vivendo com vocês. Alguns vão gostar, outros não, mas para mim, é um amálgama de tudo que está acumulado em meu espírito. É a criação mais pessoal e honesta de minha vida.

RB: Com a fama crescente do Arkona, fica claro que, mais cedo ou mais tarde, vocês tocariam na América do Sul, especificamente no Brasil. O que esperam desses shows aqui? As pessoas ficaram bastante excitadas e felizes quando seus shows aqui foram confirmados…

MA: Já tocamos no Brasil uma vez, e temos muitas boas memórias dos shows e de todas as pessoas que vieram aos shows. E estamos ansiosos para voltar!

RB: Agradecemos muito por sua gentileza. Deixe sua mensagem.

MA: Obrigado pelas perguntas interessantes! Nos vemos em breve!

Autor: Homero Pivotto Jr.
Fonte: Abstratti Produtora

Confira entrevista Fabio Lione, atual vocalista do Angra

Renascidos Mais Uma Vez: Entrevista Com Fabio Lione, Atual Vocalista Do Angra

Se o Angra ainda é um dos nomes mais representativos do heavy metal brasileiro, é porque soube equalizar as glórias do passado e a preocupação com o futuro. Hoje, mais de 20 anos depois de iniciar a carreira, a banda paulista ainda consegue despertar interesse, seja por seu legado ou pelas promessas de novidade.

Após algumas trocas na formação, o atual quinteto renasceu em 2013. Para a nova fase, Rafael Bittencourt (guitarra), Kiko Loureiro (guitarra), Felipe Andreoli (baixo) e Ricardo Confessori (bateria) terão a companhia do vocalista italiano Fabio Lione (Rhapsody of Fire, Labyrinth, Ayreon, Vision Divine, Kamelot). É esse time de músicos que tocará em Porto Alegre dia 1º de agosto, às 22h, no Opinião (José do Patrocínio, 834), com a turnê comemorativa de 20 anos do primeiro álbum, Angels Cry. As bandas Sastras (Butiá/RS) e Datavenia (Frederico Westphalen/RS) farão as apresentações de abertura.

A escolha, um tanto inusitada, de um estrangeiro para assumir o posto que já foi de André Matos e Edu Falaschi gerou espanto em alguns. Porém, o talento do cantor europeu mostrou que a opção foi acertada. Nos shows que fez até o momento, Fabio foi bem recebido pelo público. Mas isso não diminui o grau de dificuldade da função que desempenha. Afinal, ele está à frente de uma entidade do metal nacional.

Até o momento, o Angra tem sete álbuns de estúdio e uma variedade de músicas consideradas clássicas. Se para a banda isso é reconhecimento, para o atual vocalista é desafio. Segundo ele mesmo, a adaptação à banda foi um processo trabalhoso.

Em entrevista exclusiva para a Abstratti, via e-mail, Fabio comentou sobre a dificuldade de executar com perfeição as composições dos amigos brasileiros, e revelou um pouco de sua história até o convite para integrar o Angra. Confira o bate-papo a seguir!

Antes de qualquer coisa: como você conheceu o pessoal do Angra e como surgiu a ideia de assumir o vocal da banda?

Fabio Lione – Bem, conheço o Kiko Loureiro e o Rafael Bittencourt há um bom tempo. Por volta de 2000, eu estava com eles na América do Sul, durante a primeira tour do Vision Divine, e rolou um feeling bacana. Então, podemos dizer que somos bons amigos. Em seguida, encontrei o Ricardo Confessori e o Kiko na Itália. Acho que, provavelmente, o Kiko foi o primeiro a ter a ideia de me chamar. Ele me pediu para colaborar com o Angra e fazer os festivais 7000 Tons of Metal e Live ‘n’ Louder. Em seguida, pediu para acompanhá-los durante essa turnê sul-americana. Preciso dizer que estou muito feliz de ter aceitado, pois os caras são muito legais e a banda é ótima.

Tem ideia do legado que o Angra representa para a cena metal do Brasil?

Fabio Lione – Acredito que não completamente. Eu sei que o Angra é excelente e que a banda é bem conhecida. Porém, tenho certeza que vou saber mais sobre eles durante essa nossa turnê.

Lembra quando foi a primeira vez que ouviu Angra?

Fabio Lione – Sim, muito bem! Ouvi o primeiro disco (Angels Cry, de 1993) assim que ele saiu. Logo em seguida, também conheci algum dos caras da banda na Itália e vi alguns shows deles. Então, para o segundo álbum (Holy Land, de 1996), eu estava na Alemanha, acho que no Pathway Studios, e ouvi algumas faixas. Eu realmente gostei do trabalho.

Qual sua música preferida da banda e qual disco favorito?

Fabio Lione – São muitas músicas boas, fica difícil escolher. Mas, provavelmente, minhas canções favoritas são ‘Angels Cry’, ‘Silence and Distance’, ‘Carolina IV’, ‘Gentle Change’, ‘Millennium Sun’ e ‘Nova Era’. Eu realmente curto muitos sons do Angra, é complicado escolher um só.

Sobre meu disco preferido: eu gosto bastante do Holy Land, porque, em minha opinião, esse registro tem um toque especial e um feeling diferente. As letras são ótimas, a produção é muito boa, as faixas são excelentes… Um perfeito segundo disco para a banda. No entanto, preciso dizer também que Rebirth (2001) e Temple of Shadows (2004) são grandes discos.

Você já cantou em bandas reconhecidas de heavy metal, como Rhapsody of Fire, Labyrinth, Ayreon, Vision Divine e até no Kamelot. Com essa experiência, foi fácil adaptar-se ao estilo do Angra?

Fabio Lione – O Angra e sua música são muito particulares e não são fáceis, mesmo! Em relação ao vocal, a abordagem é diferente se comparada a do Rhapsody of Fire, Kamelot ou alguma outra banda que você mencionou. A melhor coisa que se pode fazer em qualquer banda é adaptar-se à música sem mudar o espírito, o sentimento dos sons e do grupo. Se você estiver apto a encaixar seu estilo e toque pessoais, e as pessoas continuarem ouvindo o som ‘da banda’, significa que está fazendo seu trabalho sem perder sua personalidade. Não faz sentido copiar outros músicos ou cantores, pois o público sente quando uma banda tem carisma na música e nas vozes. Isso é o mais importante. Então, como músico, devo dizer que estou feliz de cantar e experimentar diferentes estilos e novas direções. Você sempre aprende e descobre algo, o que lhe dá mais experiência.

Até o momento, como tem sido os shows e a reação do público? Você gostou do que viu nas apresentações?

Fabio Lione – Em geral, confesso que fiquei surpreso (uma reação parecida com a que tive cantando no Kamelot durante mais de um ano excursionando com eles, pois os fãs são muito entusiastas). Com o Angra, fizemos alguns festivais e a receptividade da plateia foi boa. As pessoas estavam cantando, gritando e sorrindo. Acredito que os admiradores da banda estão contentes neste momento, e estão ao lado dos caras, dando suporte e confiando no que estamos fazendo. Isso é importante, porque os músicos percebem essa reação.

Você tinha cantado em bandas italianas e norte-americanas. Agora, faz parte de um grupo brasileiro. Quais características fazem de você um músico cosmopolita?

Fabio Lione – Acredito que tenho meu próprio estilo e sonoridade, algo que, para mim, é importante. Se você pode ser versátil como músico, fazer as pessoas felizes e dividir bons momentos com elas no palco e fora dele, isso é muito válido. As pessoas percebem quando você ama o que faz. Lógico que sou conhecido pelos trabalhos com Rhapsody of Fire, Vision Divine, Labyrinth, Ayreon, Athena, Kamelot, etc. Fico satisfeito de ver que, depois de anos, tenho novos amigos e pessoas que apreciam o que fiz e continuo fazendo.

Existe a possibilidade de você gravar um disco de inéditas com o Angra? Já chegou a conversar com os caras da banda sobre isso?

Fabio Lione – Sim, já falamos desse assunto, parece bem interessante para nós. Às vezes conversamos e outras fazemos piadas sobre o tema. Tenho certeza de que faremos o melhor possível e tomaremos a melhor decisão para a banda. No momento, com certeza, o melhor que temos a fazer é tocar para os fãs do Angra e apresentar uma excelente turnê. Provavelmente depois disso é que vamos discutir mais e pensar qual será o próximo passo. Agora, só esperamos dividir ótimas vivências com as pessoas nessa tour.

Texto e entrevista: Homero Pivotto Jr.
Abstratti Produtora

ANGRA com FABIO LIONE em Porto Alegre: Informações gerais

Onde: Opinião (R. José do Patrocínio, 834)
Quando: 1º de agosto, quinta-feira

Cronograma:
20h – Abertura da casa
20h20min – Sastras
21h – Datavenia
22h – Angra

Ingressos :
Primeiro Lote: R$ 65,00 [ESGOTADO]
Segundo: R$ 75,00 [ESGOTADO]
Terceiro Lote: R$ 85,00 [ESGOTADO]
Quarto lote: R$ 95,00

HotPass:
R$ 20,00

*O HotPass dá direito a entrar 30min antes da casa abrir para os demais clientes. Quem adquirir o passaporte deve estar na entrada do Opinião às 19h (sem necessidade de entrar na fila).
** A compra do HotPass não vale como ingresso para o show.

Pontos de venda:
Online
www.ticketbrasil.com.br
www.opiniaoingressos.com.br
Lojas
Multisom – Shoppings Iguatemi, Praia de Belas, Barrashoppingsul, Moinhos, Total, Bourbon Ipiranga, Bourbon Wallig e Andradas 1.001
Multisom Grande Porto Alegre – Shopping Canoas, Bourbon Novo Hamburgo e Bourbon São Leopoldo
A Place – Voluntários da Pátria, 294 – loja 150 -, fone: (51) 3213-8150
Zeppelin – Marechal Floriano, 185 – loja 209 da Galeria Luza -, fone: (51) 3224.0668
Short Fuse – Shopping Total – 2º andar, fone: (51) 30187-552

Informações:
Abstratti Produtora
(51) 3026-3602
www.abstratti.com.br
www.facebook.com/abstratti

Autor: Homero Pivotto Jr.

Grave Digger: confira entrevista com o vocalista Chris Boltendahl

Se o som pesado vindo da Alemanha conseguiu destaque planeta afora por meio de nomes como Sodom, Kreator e Destruction, por exemplo, é preciso lembrar que outra banda, por vezes injustiçada, também ajudou a cavar esse espaço dentro do mercado musical: o Grave Digger. Formado em 1980, o hoje quinteto – formado por Chris Boltendahl (voz), Axel Ritt (guitarra), H.P. Katzenburg (teclado), Stefan Arnold (bateria) e Jens Becker (baixo) – ajudou a definir os parâmetros da música heavy germânica. E a torná-la uma referência mundial no gênero.

Com uma carreira contínua, a banda coleciona mais de 20 registros, entre discos de estúdio, EPs e álbuns ao vivo. Um pouco desse trabalho incansável será apresentando em Porto Alegre nesta quinta-feira, dia 30 de maio, às 20h, no Beco (Av. Independência, 936). Antes de desembarcar pela segunda vez na Capital, o vocalista e líder do grupo, Chris Boltendahl, concedeu uma entrevista exclusiva para a Abstratti Produtora. Nela, falou sobre lembranças do Brasil, sua paixão pelo metal e algumas curiosidades. Confira!

Por Homero Pivotto Jr. – Abstratti Produtora

Essa não é a primeira vez que a banda toca no Brasil. Quando foi a estreia do Grave Digger no país e quais suas lembranças dela?

Chris Boltendahl: Acho que a primeira vez que tocamos no Brasil foi em 1997, após o lançamento do disco Tunes of War. Foi uma turnê mal organizada e com poucas pessoas nos shows.

E em Porto Alegre, será a primeira vez do Grave Digger? Sabe alguma coisa sobre a cidade?

Chris Boltendahl: Não, será a segunda vez. O primeiro show em Porto Alegre rolou em 2003. A cidade tem uma pista de golf muito legal!

Bom, vamos falar sobre o Grave Digger. A banda começou em 1980, mas seu primeiro álbum saiu somente em 1984. Por que demorou tanto tempo para lançarem um disco?

Chris Boltendahl: No começo, era um projeto divertido. Mas, depois dos dois primeiros anos, tornou-se uma banda de verdade. Então, levou mais dois anos para conseguirmos um contrato.

A banda é considerada uma das pioneiras do FWOGHM (First Wave of German Heavy Metal) – Primeira Onda do Heavy Metal Germânico. Pode nos explicar o que é esse movimento e por que acredita que o Grave Digger foi enquadrado nela?

Chris Boltendahl: Somos uma das primeiras bandas depois do Accept e do Scorpions. Temos nossa própria sonoridade e marca registrada, isso fez de nós uma banda bem-sucedida.

O Grave Digger é influência para inúmeras bandas ao redor do mundo, mas quem são as suas referências musicais? Quais artistas inspiraram o grupo?

Chris Boltendahl: Deep Purple, Led Zeppelin, Black Sabbath… e a maioria das bandas de hard rock dos anos 70 e 80.

Qual a importância da música pesada em sua vida e o que significa tocar esse tipo de som por mais de 30 anos?

Chris Boltendahl: Vivemos para o metal! Essa tipo de música mora em nossos corações e almas. Sem o metal não seríamos nada.

Como a ideia da caveira que virou uma espécie de símbolo da banda surgiu?

Chris Boltendahl: Durante os últimos 20 anos nós aperfeiçoamos o logo mais e mais até o que ele é hoje.

Atualmente, o tecladista da banda (H.P. Katzenburg) continua encarnando o personagem da caveira ao vivo? Como é a reação da plateia a esse pequeno teatro de horror?

Chris Boltendahl: Hahahah… Isso rola só porque Katzenburg não quer mostrar sua verdadeira face (risos).

Sobre seus discos: o que você diria que mudou desde o primeiro registro, Heavy Metal Breakdown (1984), até Clash of the Gods (2012)?

Chris Boltendahl: Hoje em dia a banda soa mais madura e malvada.

As diferentes formações influenciaram na sonoridade da banda? Caso sim, como?

Chris Boltendahl: Sim, cada guitarrista novo trouxe seu próprio estilo para a nosso som. Apesar de tudo, o negócio é 120% Grave Digger.

Acredito que você tenha presenciado o crescimento da música pesada na Alemanha desde a criação do Grave Digger. Como era o cenário no começo dos anos 80 e no meio dessa mesma década, quando bandas mais extremas (como Sodom, Destruction, Kreator, Tankard…) começaram a aparecer?

Chris Boltendahl: Cada década teve sua própria atmosfera. Os anos 80 foram jovens e selvagens. Os 90, foram mais rock’n’roll. Já os anos 2000, foram de diversão sem álcool (risos). De 2010 até agora… a melhor parte da história.

Para celebrar o 30º aniversário do Grave digger, a banda promoveu uma grande festa no palco do festival Wacken Open Air 2010, convidando alguns amigos para participar do show (como Hansi Kürsch, do Blind Guardian, e Doro Pesch). Como foi isso?

Chris Boltendahl: Inacreditável, ótimo, fantástico… sem palavras.

Essa apresentação virou o MCD The Ballad of Mary e o DVD The Clans Are Still Marching. Já estava nos planos da banda gravar esses materiais ou a ideia surgiu depois, quando todos perceberam que o show foi fenomenal?

Chris Boltendahl: Não, tudo estava planejado desde o primeiro minuto.

Para finalizar: quais são os planos do Grave Digger para este ano e quando ouviremos um novo trabalho da banda?

Chris Boltendahl: Novo disco no ano que vem, pois em 2013 temos muitos shows.

O grupo alemão toca amanhã, dia 30 de maio, em Porto Alegre. O show ocorre às 20h, no Beco (Av. Independência, 936). Os ingressos estão no terceiro lote (R$ 90,00) e podem ser comprados no site www.ticketbrasil.com.br (até as 17h de quinta-feira, data do evento) e nos pontos de venda (até esta quarta-feira)- A Place (Centro Shopping – Rua Voluntários da Pátria, 294, loja 150), Zeppelin (Galeria Luza – Rua Marechal Floriano, 185, loja 209) e Short Fuse (Shopping Total).

Autor: Homero Pivotto Jr.

Ensiferum: confira entrevista com o baixista Sami Hinkka

Temos esperado muitos anos para ir ao Brasil, então essa será uma noite selvagem!”, declara baixista do Ensiferum

Faltam poucos dias para o Ensiferum desembarcar no Brasil. A banda que é uma das mais antigas dentro do Folk Metal e é influencia para muitas outras do mesmo gênero, fará sua primeira turnê sulamericana no próximo mês. Os shows no país acontecem em São Paulo (01/06 – Carioca Club) e Rio de Janeiro (02/06 – Teatro Odisséia).

O Ensiferum está promovendo o álbum “Unsung Heroes” (2012) e chega ao Brasil após uma bem-sucedida turnê pelos Estados Unidos ao lado do TYR. A reportagem da The Ultimate Music conversou com o baixista Sami Hinkka, que dentre diversos assuntos, comentou sobre a repercussão do mais recente trabalho da banda, sua atual visão sobre o Folk Metal e a expectativa dos finlandeses em estrear em território verde-amarelo.

por Juliana Lorencini | edição Costábile Salzano Jr.

Falando um pouco sobre o seu último álbum “Unsung Heroes”. Como foi o processo de composição e gravação? E quais foram suas principais influencias para esse trabalho?
Sami Hinkka:
O processo de composição foi longo e devagar, como é normalmente para nós. Já a gravação foi nem rápida, porque tínhamos todos os arranjos prontos quando entremos em estúdio. Para nós, escrever música é apenas algo que acontece, nós não seguimos para nenhuma direção intencionalmente, e foi desta forma que surgiu “Unsung Heroes”. Já estamos trabalhando no nosso próximo álbum e esse será um passo a frente para o Ensiferum.

O novo álbum foi produzido por Hiili Hiilesmaa. Como foi trabalhar com ele novamente e quais contribuições você acredita que ele tenha trazido para o resultado final?
Sami Hinkka:
Ele já havia mixado nosso álbum anterior “From Afar” e nós queríamos fazer um novo trabalho com ele do começo ao fim, e isso funcionou perfeitamente. Ele estava cheio de pequenas idéias, mas nunca nos pressionou e nos deixou tomar todas as decisões. Hiili é realmente profissional, calmo, inspirador e uma pessoa engraçada para se trabalhar junto.

Sinto que “Unsung Heroes” é um pouco mais melódico do que “From Afar” (2009). Quais as principais diferenças entre “Unsung Heroes” e os álbuns anteriores? Como você acha que essas mudanças aconteceram?
Sami Hinkka:
Acredito que a principal diferença entre esses dois álbuns está na quantidade de músicas, passagens progressivas e o som em geral. Queríamos voltar às raízes, um som com baterias orgânicas e guitarras cruas e distorcidas. Claro que o material sonoro é totalmente diferente comparado ao álbum anterior também, mas isso é algo que apenas acontece. Não sentamos em uma sala de ensaio e pensamos “Hmm, vamos fazer este ou aquele tipo de música…”, apenas escrevemos coisas que nos soam bem. Desta vez, aconteceu desse jeito.

Recentemente, vocês deixaram sua antiga gravadora Spinefarm Records para se juntar ao cast da Metal Blade Records. Quando vocês decidiram que essa mudança era necessária e quais suas expectativas em relação à nova gravadora?
Sami Hinkka:
Tivemos muitos anos bons com a Spinefarm, mas agora é natural mudarmos de gravadora. Estamos muito ansiosos para trabalhar com a Metal Blade, porque eles tem uma ótima reputação e várias conexões ao redor do mundo.

Sempre que uma banda lança um novo álbum, isso significa que novas músicas serão adicionadas ao setlist e outras removidas, mudanças que nem sempre agradam aos fãs. Como o Ensiferum prepara seu setlist a cada turnê?
Sami Hinkka:
Sempre verificamos o que tocamos nas turnês anteriores e mudamos o setlist, então isso será também interessante para os fãs mais hardcore da banda que tem nos visto muitas vezes ao vivo. Nós também sempre queremos tocar músicas de cada álbum.

Antes de tocar no Brasil, vocês estavam excursionando pelos Estados Unidos com o TYR. Essa foi a segunda vez que vocês tocaram com eles na Paganfest Tour. Como foram os shows por lá? Qual tem sido o feedback por parte dos fãs a respeito de “Unsung Heroes”?
Sami Hinkka:
O Paganfest foi realmente ótimo e é sempre um prazer excursionar com o TYR, eles são nossos velhos amigos e um grupo de pessoas muito gentis. A resposta dos fãs a “Unsung Heroes” tem sido esmagadoramente positiva e temos ganhado milhares de novos fãs ao redor do mundo por causa disso. Muito obrigada a todos vocês pelo suporte!

Considerando que essa é a primeira vez que vocês tocarão no Brasil, existe um cuidado especial ao preparar o setlist? Esse será o mesmo dos outros shows da turnê ou vocês estão pensando em fazer algo especial?
Sami Hinkka:
Vamos ver, será difícil escolher quais músicas tocar, mas como eu disse, tocaremos músicas de todos os álbuns e temos esperado muitos anos para ir ao Brasil, então essa será uma noite selvagem!

Ouvi dizer que vocês tocam um cover do ABBA em alguns dos seus shows e a desculpa para fazer isso é estar muito bêbado. Vocês pensaram em fazer algo similar por aqui, considerando que vocês estão prestes a provar nossa famosa caipirinha?
Sami Hinkka:
Você nunca sabe o que pode surgir na cabeça de finlandeses bêbados (risos). Então vamos ver, depende de quão forte serão as caipirinhas que você nos servirão antes e durante o show.

O Folk Metal tem alcançado grande destaque na mídia internacional nos últimos anos, mais bandas têm aparecido e ganhando cada vez mais espaço dentro da cena internacional. Como você vê o Folk Metal nos dias de hoje?
Sami Hinkka:
Do nosso ponto de vista, ele tem ficado maior a cada dia, mas somente os mais fortes sobreviverão. Nós somos uma das bandas mais antigas nesse gênero e continuaremos fazendo esse tipo de música não importa o que aconteça.

Algumas novas bandas estão aparecendo e você tem sido uma espécie de inspiração para elas. Como vocês se sentem a respeito disso?
Sami Hinkka:
Estranhos e humildes.

A Finlândia é um país mundialmente conhecido pela quantidade de bandas que vem de lá, em especial, as de metal. Para você, enquanto músico é possível viver apenas de música ou mesmo com essa abertura cultural, trabalhar apenas com música ainda não é viável para músicos Finlandeses?
Sami Hinkka:
A Finlândia é realmente um país caro, então existem muitos músicos que podem viver apenas de música. Nós estamos nessa situação privilegiada, de sermos músicos em período integral, mas eu posso te dizer que não é tão fácil e é bem divertido quando as pessoas pensam que nós dirigimos Ferraris e vivemos em casas que custam milhões de euros. Eles não poderiam estar mais errados. Então, se alguns de vocês jovens músicos estão pensando em entrar no mundo da música para ficarem ricos, eu digo para vocês esqueçam isso! (risos)

Muito obrigada pela entrevista e eu gostaria que você deixasse um recado para os fãs brasileiros do Ensiferum contando um pouco do que eles podem esperar para os shows no Brasil.
Sami Hinkka:
Para vocês que irão aos nossos shows, eu espero que vocês tenham camas confortáveis, porque você terão suas bundas chutadas tão forte que não poderão sentar por uma semana! Vejo vocês em breve!

Confira o clipe da música “In My Sword I Trust”:

Já o novo disco está disponível para audição em http://www.levykauppax.fi/artist/ensiferum/unsung_heroes/

Links relacionados:
http://www.ensiferum.com

http://www.facebook.com/Ensiferum
http://www.darkdimensions.com.br
http://theultimatepress.blogspot.com.br

Serviço São Paulo
Dark Dimensions orgulhosamente apresenta Ensiferum
Data: 01/06/2013
Local: Carioca Club
End: Rua Cardeal Arcoverde, 2899, Pinheiros
Horário: Portas – 17h30 / Ensiferum 19h30
Pontos de venda: Carioca Club e Galeria do Rock (Hellion, Profecias)
Venda Online: www.ingressosparashows.com.br
Pista: R$ 70,00 (estudante) | R$ 140,00 (inteira)
Camarote: R$ 100,00 (estudante) | R$ 200.00 (inteira)
Infos: (11) 3813.8598
Imprensa: (13) 9161.6267 – press@theultimatemusic.com
Classificação etária: 16 anos
Cartaz:

Confira entrevista exclusiva com Ricardo, da banda Forka

Com dez anos de estrada, a banda Forka é uma das grandes representantes do metal extremo no cenário brasileiro e é uma grande promessa no cenário internacional. Em entrevista ao Agenda Metal, a banda comenta sobre o novo álbum lançado esse ano “Black Ocean”, os planos da Forka para o futuro, dentre outros assuntos.

Por Priscila Ramos

O álbum “Black Ocean” é o terceiro disco da banda e a mídia especializada tem considerado que a banda amadureceu musicalmente com esse álbum, onde o som está mais brutal e sem tantos elementos Hardcore. Como foi o processo de composição e criação?

RICARDO: Por incrível que pareça foi muito natural isso aconteceu pelo amadurecimento da banda são 10 anos de estrada e hoje conseguimos passar o que realmente queremos.

Como o álbum “Black Ocean” está sendo recebido pelos fãs e pelo público em geral?

RICARDO: Está sendo muito gratificante estamos recebendo criticas positivas do álbum isso e o que nos mantem vivos até hoje, pois quem vive a cena metal no brasil sabe das dificuldades de uma banda independente.

No mês de março foi lançado o vídeo clipe da faixa Empire Surrender. Como foi a produção desse vídeo? O resultado final foi o esperado?

RICARDO: Neste vídeo tentamos passar um lance mais da banda não colocamos uma historia no clip deixamos a banda falar por si só, a produção foi sofrida gravamos no topo de um edifício abandonado no ABC, o sofrimento foi 15 andares de escaca para subirmos com as aparelhagens. O resultado final nós agradou muito foi o esperado.

Como está a agenda de shows para a divulgação do álbum?

RICARDO: Começando a encher….rs, os mais próximos são o Panzer Fest no Cine Joia em Sampa dia 15/06 e em SBC no Principios Bar, estamos finalizando as datas em outros estados logo mais estaremos divulgando a agenda completa.

A banda já revelou que disponibiliza seus álbuns para o público na internet. Como vocês veem a pirataria e a facilidade de compartilhamento de mp3 que temos nos dias de hoje?

RICARDO: Já temos o Feel your Suicide e o Enough disponíveis na net e em breve estaremos disponibilizando o Black Ocean também, acreditamos que banda hoje vive de show,s porque a facilidade da internet hoje deixou a venda de cds cair bastante, por esse motivo preferimos a própria banda permitir que todos tenham acesso as nossas musicas pois somos uma banda independente e sempre vamos estar o mais próximo possível de quem curte e nós apoia.

Desde a formação da banda, vocês já realizaram inúmeros shows em vários lugares do Brasil. Teve algum show que marcou mais? E tem algum lugar em específico onde gostariam de tocar e que ainda não tiveram a oportunidade?

RICARDO: Para nós todos os show,s são especiais tentamos sempre transmitir o que a banda é independente de estrutura etc. Um show que podemos destacar foi o Palco do Rock e Salvador pela estrutura de palco e sendo a 1º vez que tocamos para um publico acima de 15 mil pessoas, sobre festivais e regiões tem alguns que não participamos ainda mais estamos atrás e acreditamos que em breve deveram rolar.

Nestes dez anos de banda, quais foram as maiores mudanças até os dias de hoje?

RICARDO: Sem duvida o nosso amadurecimento como banda musico e principalmente como pessoas, hoje podemos dizer que somos vencedores por tudo que já passamos e pelo que vamos conquistar ainda.

Quais são os planos e projetos futuros da banda?

RICARDO: A banda não para sempre tentamos mostrar algo novo mais está muito cedo para planejar algo estamos no lançamento de nosso 3º trabalho e muitos frutos disso vamos colher ainda, o que poderíamos antecipar e a possibilidade de lançamento de um DVD, más e para o futuro ainda.

Obrigada pela entrevista, parabéns pelo sucesso da Forka, e deixo o espaço aberto para que enviem uma mensagem aos fãs e aos leitores do Agenda Metal.

RICARDO: Em nome do Forka gostaría de agradecer o espaço cedido por vocês e mandar um grande abraço a todos que nós apoiam sendo parceiros e fãs um grande abraço a todos, o FORKA não vive e sim sobrevivemos graça a todos.

Confira entrevista exclusiva com Dani Nolden, do Shadowside

Após rodar a Europa de ponta a ponta ao lado de Helloween e Gamma Ray, a banda Shadowside está de volta ao Brasil para promover “Inner Monster Out”, considerado um dos melhores discos lançados na história do heavy metal brasileiro, segundo a mais recente edição da revista Roadie Crew.

Em entrevista exclusiva ao Agenda Metal, a bela vocalista Dani Nolden, nos conta algumas curiosidades sobre a banda, detalhes da última passagem pela Europa e o que vem por aí!

Por Priscila Ramos

A Shadowside acabou de voltar de uma turnê de dois meses na Europa ao lado das bandas Gamma Ray e Helloween. Como surgiu o convite? E conte-nos um pouco sobre essa experiência.

Dani Nolden: O convite foi feito pelo management do Helloween. Eu já havia entrado em contato várias vezes com eles e já há vários anos eu manifestava nosso interesse em ser a banda de suporte deles na Europa, porém apesar da amizade que temos com o pessoal do Helloween, isso nunca acontecia. Eles sempre diziam que entrariam em contato se tivessem interesse, porém dessa vez acredito que eles consideraram que estávamos prontos e nos deram a chance fazendo o convite para que nós os acompanhássemos em toda a tour europeia. Foi uma honra pra nós, não apenas porque fizemos parte de algo histórico, que é uma tour ao lado de bandas tão importantes como essas, mas também porque pudemos representar o Brasil em várias situações muito especiais, como termos sido a primeira banda de metal brasileira a tocar nos palcos do Olympia em Paris, França, por onde passaram os Beatles, Janis Joplin, Elis Regina e Tom Jobim, entre muitos outros. Foi uma turnê cansativa, praticamente sem tempo livre, pois tínhamos viagens de mais de 1000km nos poucos dias sem shows, porém foi uma experiência maravilhosa, recompensadora. Voltamos exaustos mas com a sensação de ter participado de algo marcante! Somos muito gratos ao Helloween, ao Gamma Ray e as suas equipes por eles terem nos dado essa chance.

Como foi a escolha do setlist em cada show na Europa? Vocês fizeram algumas modificações entre um show e outro?

Dani Nolden: Nós procuramos priorizar o “Inner Monster Out”, pois já havíamos feito a turnê de divulgação do “Dare to Dream” em 2010, portanto queríamos mostrar o que tínhamos de novidade. Fazíamos modificações às vezes, trocávamos uma música em praticamente todos os shows pra não ficarmos entediados e manter sempre a surpresa, o público poderia olhar o set list na internet, mas nunca saberia qual seria a surpresa do dia!

Vocês realizaram mais de 30 shows em diversas cidades na Europa. Teve algum show que marcou mais? Seja pela cidade, pela casa de espetáculo ou pelo público?

Dani: É sempre difícil apontar apenas um… vários shows foram marcantes, tanto em lugares onde já havíamos tocado antes quanto os novos países que visitamos. Na Polônia, por exemplo, o público foi simplesmente insano e até os seguranças batiam cabeça durante o show… ninguém lá vai ao show pra ficar de braços cruzados, todo mundo é realmente louco no melhor sentido possível. Países como Bulgária e República Tcheca, que eram novidades para nós, foram incríveis e, é claro, a casa de espetáculos na França nos marcou para o resto de nossas vidas, já que fomos a primeira banda de Metal brasileira a tocar nos palcos do Olympia de Paris, por onde já passaram os Beatles, Janis Joplin e brasileiros como Elis Regina e Tom Jobim.

Em 2010 vocês fizeram uma turnê acompanhando a banda WASP. Quais as diferenças entre a turnê de 2010 e a de 2013?

Dani: Essa turnê de agora foi muito mais cansativa porque não tivemos pausas. Em 2010, com o WASP, tínhamos alguns dias livres entre os shows, então sempre tínhamos tempo pra descansar um pouco e curtir a cidade após uma sequência de três, quatro shows. Porém, nessa de 2013, isso não aconteceu. Nos poucos dias livres que tivemos, tínhamos que viajar mais de 1000km portanto não tínhamos tempo nem para comer com calma. Foi uma longa sequencia de shows sem descanso, então estávamos completamente focados, alguns dias que eu tinha que checar várias vezes onde estávamos porque eu simplesmente esquecia… no primeiro show na Alemanha, quando eu ia gritar o nome da cidade, desisti porque não conseguia lembrar e quase gritei o lugar errado, tive que dizer meu boa noite só lá para o meio do show que foi quando eu lembrei onde estava (risos).

Existe alguma diferença entre os fãs brasileiros e os fãs europeus? Como é a receptividade do público de fora?

Dani: Em alguns países, sim. O público escandinavo é bem contido, por exemplo. Na Noruega, por exemplo, nós só descobrimos que o público havia gostado de nós pelo número imenso de pessoas que veio nos procurar para elogiar a banda no final do show, além de ter sido um sucesso enorme de vendas. Muitas pessoas que compraram todos os nossos CDs e ainda levaram uma camiseta foram pessoas que assistiram ao show inteiro sérias, de braços cruzados ou com as mãos nos bolsos, apenas observando. Então o que nós no Brasil seria alguém odiando o show, lá é apenas um fã que está escutando e vendo a apresentação atentamente. Porém, no leste europeu, eles são insanos do começo ao fim do show, são calorosos como os brasileiros. São reações diferentes que chocam bastante na primeira experiência internacional.

Como o álbum “Inner Monster Out” foi recebido pelos fãs europeus? Tiveram o feedback esperado?

Dani: Foi o nosso álbum mais vendido até hoje e o mais elogiado também, acredito que os fãs consideram o “Inner Monster Out” o nosso melhor trabalho até hoje. Não posso dizer que tivemos o feedback esperado porque eu realmente não sabia o que esperar (risos). Mas posso dizer que foi maravilhoso, pois o trabalho foi aprovado tanto pelos fãs que nos acompanhavam desde o início da banda quanto pelo público que está chegando agora então realmente não tenho do que reclamar! Estou muito feliz com a receptividade do público com relação ao álbum.

A Shadowside é hoje uma das bandas brasileiras mais reconhecidas no exterior. Como vocês resumem esse sucesso e ao que atribuem?

Dani: Muito trabalho, muita paciência, muita determinação e perseverança. Nós nunca desistimos, mesmo quando tudo parecia perdido, mesmo com problemas sérios com gravadoras, acidentes em tours, rejeição no início da carreira. Cada “não” que escutávamos apenas era mais um motivo para trabalharmos ainda mais duro. Cada fã que vai a um dos nossos shows pode vir conversar conosco se quiser, pois fazemos questão de atender a cada um deles, mesmo quando uma fila enorme se forma após a apresentação… estamos cansados, precisamos acordar cedo no dia seguinte para mais uma viagem, mas atendemos a todos eles com um sorriso no rosto, pois eles são a razão de estarmos vivendo o sonho. Fazemos tours longas, sempre deixando nossas famílias e parceiros nos esperando, o que não é fácil… temos uma vida bem complicada e o sucesso que estamos curtindo hoje é resultado de muitos anos de muito sacrifício pessoal. Não estou reclamando nem um pouco, mas realmente não foi fácil chegar onde estamos.

Vocês conquistaram o prêmio, na categoria melhor álbum de Metal/Hardcore do “11th Annual Independent Music Awards”. Qual foi a sensação de ter recebido esse prêmio? Já esperavam?

Dani: Isso foi um grande marco na nossa carreira e não esperávamos de forma alguma, especialmente porque vencemos na votação popular e não pela escolha dos jurados. É claro que também adoraríamos ter sido escolhidos pelos jurados, não vou ser hipócrita de dizer que não (risos). Mas, pra mim, ter vencido por voto popular deu um sabor especial a essa conquista, pois foi a voz dos fãs. Milhares de pessoas de todo o mundo votaram, várias bandas muito importantes como Lacuna Coil participaram em edições anteriores do mesmo concurso, portanto ter essa vitória na nossa carreira é um acontecimento muito especial e, como sempre na nossa carreira, não teria sido possível sem os fãs! Não estaríamos onde estamos sem eles e esse concurso apenas deixou claro como eles estão sempre ao nosso lado, nos apoiando e empurrando pra cima.

A banda foi formada em 2001. Nesses 12 anos de banda, quais foram as maiores mudanças até os dias de hoje?

Dani: A formação hoje é completamente diferente daquela que iniciou a banda, o único membro que está na Shadowside desde o primeiro álbum (Theatre of Shadows), é o Fabio Buitvidas, além de mim. Estabilizamos a banda em 2007 com o Raphael Mattos na guitarra, que foi quando começamos a fazer turnês internacionais e encontrar nossa identidade. Não tivemos grandes mudanças musicais… nossa música ficou apenas mais pesada e bem mais madura! Nossas características marcantes, que são as melodias, a energia e os riffs nervosos de guitarra se mantiveram e sempre estarão lá!

A Shadowside está com um show marcado em São Paulo, no próximo dia 26 de maio na Via Marquês. Qual é a expectativa da banda em voltar a tocar na capital após 7 anos? O que os fãs podem esperar?

Dani: Estamos muito ansiosos! Não apenas por ser uma comemoração da nossa volta ao Brasil, mas também porque é nosso primeiro show como banda headliner na capital paulista. Nunca fizemos um show de mais de uma hora em São Paulo. Tocamos no ano passado com The Agonist, porém foi apenas uma participação especial, marcada de última hora e tocamos apenas por meia hora por conta de alguns problemas na passagem de som e pelos horários rígidos da casa. Dessa vez, faremos um show completo, com produção internacional, músicas que não tocamos há anos e uma surpresa com os nossos amigos do SupreMa que tocarão no evento também. Estamos trazendo para a capital o show mais impactante que o Shadowside já fez até hoje e espero que os fãs curtam muito! Mal posso esperar pelo calor do público paulistano!

Quais são os próximos planos e projetos da banda?

Dani: Faremos mais alguns shows pelo Brasil antes de encerrarmos o ciclo do “Inner Monster Out”, porém não repetiremos mais cidades. Por onde passarmos até o final de 2013, não tocaremos mais até a próxima turnê. Depois disso, vamos sentar para compor o novo álbum, que deve ser gravado em algum momento de 2014.

Muito obrigada pela entrevista, parabéns pelo sucesso da Shadowside, e deixo o espaço aberto para que enviem uma mensagem aos fãs e aos leitores do Agenda Metal.

Dani: Muito obrigada pelo espaço e apoio! Espero ver todos vocês em algum show ainda este ano, fiquem ligados no nosso site oficial que as datas são colocadas na agenda assim que são confirmadas. Grande abraço!

Shadowside faz grande apresentação neste final de semana em SP

Serviço São Paulo
Wikimetal orgulhosamente apresenta Shadowside e SupreMa
Data: 26/05/2013
Local: Via Marquês
End: Av. Marquês de São Vicente, 1589.
Hora: a partir das 19h
Preços: R$ 20,00 (1° lote estudante – pista promocional) | R$ 40,00 (1° lote – pista promocional) | R$ 70,00 (1° lote – camarote) | R$ 80,00 (1° lote – pista + meet and drink) | R$ 110,00 (1° lote – Camarote + Meet and Drink)
Ingresso online: https://ticketbrasil.com.br/show/shadowside-sp/
Pontos de venda: Mutilation Records (Galeria do Rock), Chilli Beans (Vila Leopoldina), Sick’n’Silly (Jardim Paulista), Lakau Surf (Shop Guarulhos), Microcamp (Casa Verde) e pontos autorizados pela Ticket Brasil.
Evento Facebook: https://www.facebook.com/events/472746186114561/
Imprensa: 13 9161.6267 – press@theultimatemusic.com
Cartaz:

Confira entrevista com Ryan Clark, vocalista do Demon Hunter

As bandas de metal cristão hoje tem mais respeito do que antigamente

Após alguns anos de espera, a banda norte-americana de metalcore Demon Hunter finalmente desembarca no Brasil para duas apresentações. Ryan Clark (vocal), Patrick Judge (guitarra), Jeremiah Scott (guitarra), Jonathan Dunn (baixo) e Yogi Watts (bateria) se apresentam em São Paulo (27/04 – Inferno Club) e Rio de Janeiro (28/04 – Teatro Odisséia).

Atualmente, o grupo trabalha na divulgação do seu último CD “True Defiance”, lançado em 2012. Com ótimas críticas, o álbum impulsionou uma longa turnê mundial, que incluiu shows ao lado de grandes bandas como In Flames nos Estados Unidos e Canadá, uma passagem pela Austrália e a então, muito esperada, turnê sulamericana.

Em entrevista exclusiva à The Ultimate Music, o vocalista Ryan Clark comenta sobre o mais recente álbum da banda “True Defiance”, a sua expectativa de tocar pela primeira vez no Brasil e revela como as bandas de metal cristãs ganharam mais respeito com o passar dos anos.

Por Juliana Lorencini
Edição Costábile Salzano Jr

Esta é a primeira vez que vocês vêm ao Brasil, sendo assim, qual é a expectativa de vocês para os shows no país?
Ryan Clark:
 Temos recebido milhares de convites para tocar no Brasil durante os últimos anos, então esperamos uma boa oportunidade para irmos à América do Sul. Ouvimos que os fãs ai são incríveis! E estamos muito animados para que finalmente possamos tocar por aí!

Qual o seu principal cuidado ao montar um setlist para uma nova turnê? O fato de ser a primeira vez que vocês tocam no Brasil influencia a escolha das músicas?
Ryan Clark:
 Gostamos de ter certeza que tocamos uma boa seleção de antigas e novas músicas. Definitivamente queremos incluir o maior número de singles e as músicas favoritas dos fãs. Quanto mais álbuns lançamos, mais difícil é escolher, mas acredito que o setlist será muito bem recebido.

Antes de tocar aqui vocês estavam em turnê com o In Flames. Como foi está turnê pela América do Norte em geral?
Ryan Clark:
 Essa foi uma turnê inacreditável. Uma das melhores que nós já fizemos! Nos divertimos muito conhecendo o In Flames e as outras bandas que estavam nesta turnê, e os shows foram ótimos! Foi uma honra pode tocar ao lado de uma banda que todos nós temos tido muita consideração nos últimos 15 anos. O In Flames sempre foi uma influência para nossa música, então foi incrível dividir essa experiência com eles.

Vocês lançaram “True Defiance” em 2012. Este é o sexto álbum de estúdio da sua carreira. Como foi o processo de composição e gravação deste álbum? Gostei muito da arte da capa, quem a desenhou?
Ryan Clark:
 A ilustração da capa foi criada por um artista chamado Justin Kamerer e você pode saber mais sobre ele acessando seu site neste link: angryblue.com.

O processo de gravação de “True Defiance” foi bem parecido com a forma como costumamos trabalhar. Temos nosso processo abaixo para uma ciência nesse ponto. Gosto de estar extremamente preparado quando entramos em estúdio e a experiência de estar em estúdio assim é mais interessante, porque você é capaz de ouvir novas e interessantes partes adicionadas a músicas que ficaram intocadas por meses.

Minhas impressões sobre “True Defiance” são de que os vocais estão mais agressivos e nos lembram os primeiros álbuns do Demon Hunter, assim como as guitarras e bateria merecem certo destaque e soam um pouco diferente dos últimos álbuns. Você concorda com isso? O que mais você pode nos dizer sobre “True Defiance”?
Ryan Clark:
 Há definitivamente um salto no tecnicismo em “True Defiance”. Nós sempre tentamos colocar nossas respectivas habilidades para teste em cada novo álbum. Certamente, não somos a banda mais rápida ou mais técnica, mas dentro do contexto que o Demon Hunter está, tentamos empurrar esses limites. O que resultou em “True Defiance” com ritmos mais rápidos, as guitarras mais técnicas, mais variedade nas estruturas das músicas e uma gama mais ampla vocal.

Ainda falando sobre “True Defiance”, como tem sido o retorno por parte dos fãs e da mídia em relação ao novo álbum?
Ryan Clark:
 A resposta do álbum tem sido muito positiva. Você nunca vencerá a todos, mas se eu estou falando em nome dos fãs mais antigos, o que temos ouvido tem sido muito encorajador.

“My Destiny” foi o primeiro single de “True Defiance” e ganhou um videoclipe. Como foi a sessão de gravação do vídeo?
Ryan Clark:
 Gravar o vídeo foi ótimo. Gostamos de nos divertir fazendo nossos vídeos, então o clima no set é sempre muito descontraído. A filmagem foi feita ao longo de um dia muito extenso e o diretor filmou o resto da história (com os adolescentes) no final de semana seguinte. Ficamos muito satisfeitos com o resultado final.

Vocês são uma banda de metalcore com temática cristã. Quando decidiram começar a compor sobre esse tema?
Ryan Clark:
 Nos termos de um tema espiritual, a banda é meramente uma extensão da minha visão de um mundo pessoal. Se eu fosse escrever sobre algo diferente, isso pareceria falso para mim. Em última análise, não houve decisão de criar este tema para a banda, isso só ocorreu em virtude de nossas crenças.

Pelo fato de vocês serem uma banda cristã, em algum momento isso os atrapalhou durante a carreira? Ainda hoje, após muitos anos de banda e com sucesso reconhecido, vocês ainda sentem algum tipo de preconceito?
Ryan Clark:
 Haverá sempre críticos que julgam a banda apenas em nossa posição espiritual, isto é inevitável. Entretanto, parece que essa questão é menos de uma preocupação dos fãs de Heavy Metal hoje do que era há uma década. Sempre houve um bom número de bandas cristãs que ajudaram a legitimar o gênero desde sua inserção e não acredito que isso tenha as pessoas como confusas ou adversas como no passado. Bandas cristãs costumavam ser infames por oferecer uma “versão cristã de” o que fosse popular na época – mais especificamente, eram notórios por roubar bandas não-cristãs de uma forma bastante ostensiva. Como a cena cresceu e mudou, muitas bandas cristãs tem pavimentado seu jeito único e original, e, portanto seguido de mais respeito. Hoje somos uma banda de respeito.

Quais foram suas principais influências musicais no início da carreira?
Ryan Clark:
 Nossas maiores influências em termos musicais foram e são: Machine Head, Sepultura, Pantera, Fear Factory, Soilwork, In Flames, Deftones, Slipknot, Metallica, Prong, Scar Symmetry, Helmet, entre muitos outros.

Atualmente o que vocês têm ouvido? De alguma forma isso os influencia durante o processo de composição de um novo álbum?
Ryan Clark:
 Não sou movido freqüentemente por um novo álbum de metal, então muito do que eu escuto é de fora do nosso gênero. Tento a ficar mais excitado com música eletrônica, ou algum pop ou rock… Escuto muito de muita coisa e penso que tudo de alguma forma informa minha escrita. Penso que escutar gêneros fora do metal ajuda o Demon Hunter a ficar acima de muitas bandas de metal de uma forma única.

Muito obrigada pela entrevista e, por favor, deixe um recado para o público brasileiro.
Ryan Clark:
 Vejo vocês em breve!

Assista o videoclipe da música “My Destiny”:

Links relacionados:
http://www.demonhunter.net/main.php

http://www.myspace.com/demonhunter
http://www.youtube.com/demonhuntermusic

Serviço São Paulo
Dark Dimensions apresenta Demon Hunter
Data: 27 de abril de 2013 – sábado
Local: Inferno Club
Endereço: Rua Augusta, 501 – Centro (próximo ao Metrô Consolação)
Hora: 20h | Abertura da casa: 18h
Valor: R$ 70,00 (Pista Promocional Antecipada) e R$ 100,00 (pista no dia)
Venda online: http://ingressosparashows.com.br
Censura: 15 anos
Proibida a entrada de câmeras profissionais

Serviço Rio de Janeiro
Data: 28 de abril de 2013 – domingo
Local: Teatro Odisséia
Endereço: Rua Riachuelo, 20 – Centro
Hora: 20h30 | Abertura da casa: 18h
Valor: R$ 70,00 (Pista promocional antecipada e estudante) | R$ 140,00 (pista no dia conforme disponibilidade)
Venda online: http://www.ingressosparashows.com.br
Censura: 15 anos
Proibida a entrada de câmeras profissionais

Autor: Costábile Salzano Jr.
Fonte: The Ultimate Music

Reckoning Hour: confira entrevista com baterista Haquim

Por Sylvia Von Sussekind

Com menos de dois anos de estrada. o quintento de heavy metal Reckoning Hour vem chamando atenção da cena carioca. Formada por Haquim (bateria), J.P (vocal), Philip Leander (guitarra), Yan Marks (baixo) e Mitch Gritlet, o grupo se prepara para o lançamento do EP “Rise of the Fallen” que acaba de ser finalizado. Para saber um pouco mais sobre os planos futuros da banda, conversamos com o baterista Haquim.

Quais são os planos após o lançamento do EP Rise of the Fallen?
Divulgar o EP tocando por aí até as mãos explodirem! Afinal de contas um dos principais motivos para se gravar um material é conseguir mais e melhores shows.

Infelizmente hoje em dia a importância de uma mídia física está ficando cada vez mais insignificante em comparação a mídia digital para o mercado. O que você acha quanto a isso?
Esse é o caminho, temos que seguir na mesma direção, não adianta se apegar ao passado. Pessoalmente eu acho muito bom, abre portas, o trabalho ganha uma visibilidade mundial na mídia digital, mas ao mesmo tempo tem que se tomar bastante cuidado porque ninguém ainda sabe realmente como lidar com tamanha velocidade e visibilidade, ainda é um mundo novo.

Alguma coisa mudou em você desde que você começou a fazer parte da Reckoning Hour?
Musicalmente com certeza! Meu foco de estudo mudou, passei a escutar coisas diferentes e até compor de maneira diferente.

Dizem que os guitarristas em geral tem o costume de mudar um pouco a essência do baterista nas musicas, isso é verdade?
Com certeza eles tentam! Mas acho que não é algo exclusivo dos guitarristas, qualquer musico com muita personalidade vai sempre tentar moldar os músicos a sua volta, as vezes até inconscientemente (ok, 80% desses músicos são guitarristas, 20% vocalistas), mas é possível usar isso para o bem, conversando todo mundo se entende.

Qual o seu propósito maior na banda?
Realização. Fazer um trabalho de qualidade com 4 amigos e parceiros e ter esse trabalho reconhecido, o que vier a mais é consequência.

O som do Reckoning Hour possui uma pegada bem técnica, existe alguma influencia que inspire você na hora da criação? Algum baterista?
As minhas maiores influencias sem a menor sombra de dúvida são: Mike Portnoy (Adrenaline Mob, Avenged, Dream Theater, Transatlantic, Soweto, Banda do Domingão e etc.), Jason Rullo (Symphony X) e Lars Ulrich (Metallica). Por causa da Reckoning eu estou ouvindo uma galera tipo Dirk Venbeuren (Soilwork), Jason Costa (All That Remains) e Joey Jordison (Slipknot) e etc.

Diga um álbum atual que todo baterista deveria ouvir.
Iconoclast e Paradise Lost(Symphony X), Octavarium(Dream Theater) e The Living Infinite(Soilwork).

Entre em contato com a banda:
https://www.facebook.com/reckoninghour

Autor: Sylvia Von Sussekind

Despedida dos palcos: confira entrevista com Paul Di’anno

Paul Di’anno confirma que turnê de 2013 será a última

Por Homero Pivotto Jr – Abstratti Produtora

Tem gente que não acredita que o vocalista Paul Di’anno, 54 anos, deve abandonar os palcos em 2013. No entanto, o próprio músico é categórico: ”estou me aposentando de verdade”! Não à toa o nome do giro mundial que ele divulga em 2013 é “The Last Tour” (A Última Turnê). Apaixonado pelo Brasil, o ex-cantor do Iron Maiden – Paul gravou os clássicos Iron Maiden (1980) e Killers (1981) – fez questão de não deixar o maior país da América do Sul fora do cronograma de seus derradeiros shows. As apresentações por aqui ocorrerão entre os dias 27 de março e 27 de abril (datas e outras informações aqui http://www.abstratti.com.br/pauldianno/ e aqui http://www.facebook.com/thelasttour).

Para agendar e promover suas últimas performances em solo brasileiro, Paul escolheu a Abstratti Produtora, de Porto Alegre. Uma opção natural, já que a empresa gaúcha de entretenimento e o inglês trabalharam juntos em três ocasiões (2009, 2010 e 2011). Sua banda de apoio também será do Rio Grande do Sul. É a Scelerata, que já deu suporte ao vocalista em anos anteriores.

Com o objetivo de divulgar a tour de despedida, ‘The Beast’ – como Paul se autodenomina – concedeu, por e-mail, uma entrevista exclusiva para a Abstratti. Na conversa, garantiu que deixará de vez o mundo da música, falou sobre seus diversos trabalhos e algumas de suas escolhas.

Paul, você mencionou algumas vezes, no passado, que gostaria de se aposentar. No entanto, agora resolveu realmente ‘pendurar o microfone’. Por que escolheu deixar os palcos neste momento?
Paul –
Por razões pessoais. Além disso, estou na estrada direto há uns 10 anos e estou meio cansado. Preciso de um tempo pra relaxar e ficar com minha família.

No Brasil, algumas pessoas duvidam que sua passagem por aqui em 2013 seja realmente a última turnê. O que você diria para essa galera?
Paul –
Sim, eu estou me aposentando de verdade. Você pode ver que todas as divulgações dos meus shows mundo afora estão alertando isso.

Além do Brasil, esse último giro deve passar também por onde?
Paul –
Pela Europa e espero que pelo maior número possível de outros países. Gostaria de circular por alguns novos lugares, mas os mais comuns por onde possivelmente passaremos são USA, Austrália, Nova Zelândia, Japão e América do Sul.

E depois que você se aposentar, quais são seus planos? Pretende continuar trabalhando com música?
Paul –
Meus planos são fazer nada além de me tatuar mais, ir pescar, assistir futebol e montar uma moto Harley Davidson.

Por que você escolheu a Abstratti para ser a produtora responsável por essa última turnê brasileira?
Paul –
O promotor Ricardo (dono da Abstratti) é um grande amigo. Então, eu confio nele como um irmão. Por isso optei por sua empresa, a Abstratti.

E sobre a Scelarata, sua banda de apoio no Brasil há algum tempo e que o acompanhará novamente este ano, o que você tem a dizer?
Paul –
Os músicos da Scelerata são meus amigos e irmãos, e a banda é excelente.

Você é conhecido por ser o primeiro vocalista do Iron Maiden. Gosta que as pessoas tenham essa lembrança de você?
Paul –
Sou conhecido como sendo eu mesmo, não apenas como cantor do Iron Maiden. Porém, não me incomoda ser lembrado como ex-integrante da banda.

Você ainda mantém contato com algum outro integrante do Maiden?
Paul –
Não mais.

Você cantou nos dois primeiros discos do hoje sexteto – Iron Maiden (1980) e Killers (1981). Como entrou para a banda? Conte-nos algo sobre como era o cenário rock’n’roll da Inglaterra naquele tempo?
Paul –
Fiz uma audição para o cargo de cantor do Iron Maiden e consegui o posto com facilidade. Isso foi quando o grupo ainda não era conhecido. Era tudo muito inocente e excitante naquela época. A cena roqueira era vibrante e nova.

E sobre seus outros projetos – Gogmagog, Di’Anno’s Battlezone, Praying Mantis e Killers –, o que poderia dizer sobre eles?
Paul –
Eu ajudei o Gogmagog e também o Praying Mantis, mas eles não chegam a ser projetos meus. Battlezone e Killers foram minhas bandas depois que saí do Iron Maiden. Amei tocar com eles, foram ótimas bandas! Excursionamos de maneira intensa ao redor do mundo.

Qual a diferença desses grupos para seu trabalho solo?
Paul –
O material da minha carreira solo é mais pesado e agressivo.

Como anda sua carreira solo? Alguma novidade?
Paul –
Apenas esta última turnê mundial na qual estamos trabalhando.

De que maneira o Brasil tornou-se uma segunda casa para você (Paul vem com frequência para o país, onde é, inclusive, integrante da Gaviões da Fiel, torcida organizada do Corinthians)?
Paul –
Eu amo o Brasil e meus melhores amigos estão no país, além do meu time de futebol. Os brasileiros são pessoas normais que sempre foram ótimos comigo. Por isso, também tento ser legal com eles! Eu amo o povo aí do Brasil!

Você teve um projeto musical por aqui chamado Rockfellas – com Canisso (Raimundos), Marcão (Charlie Brown Jr.) e Jean Dolabella (ex-Sepultura) – e é torcedor fanático do Corinthians. Como começou seu envolvimento com músicos e com o futebol brasileiros?
Paul –
Vi o Corinthians na TV inglesa e amei o estilo como eles jogavam. Tenho conhecido diversos músicos brasileiros e, então, percebi que pareço fazer meu trabalho com mais confiança quando estou com eles, pois todos tocam de maneira excelente.

O que o público pode esperar dessas suas últimas performances como músico pelo Brasil?
Paul –
Por hora, isso é segredo.

E o repertório, terá músicas de todas as fases de sua carreira solo e também de época em que você esteve no Iron Maiden, certo? Quais faixas não devem faltar nas apresentações?
Paul –
Isso também é segredo por enquanto, mas rolarão as favoritas do Maiden e um monte de composições dos meus discos solo.

Autor: Homero Pivotto Jr.