Slash em Porto Alegre no Pepsi on Stage

SLASH com Myiles Kennedy e The Conspirators
Pepsi on Stage – Porto Alegre
09/11/2012

Por Jonas Pilz
Fotos: Sophia Velho

Em dois anos, o público gaúcho teve a oportunidade de ver três membros da formação original do Guns n’ Roses. Axl e o novo Guns passaram pela capital em 2010, enquanto o Loaded de Duff McKagan tocou em 2011. No último dia 9 de novembro, foi a vez de Slash, acompanhado do vocalista Myles Kennedy e da banda The Conspirators.

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O calor intenso que assolou Porto Alegre era visível no cansaço do público e nas marcas na pele dos que passaram algumas horas na fila. Mas, os que esperavam ansiosamente a abertura da casa para terem um pouco de conforto se decepcionaram. As 7 mil pessoas que lotaram o Pepsi on Stage tiveram que aguentar o amontoamento e ainda mais calor, agora sufocante, dentro do local. Não obstante, não havia sanitários na Pista VIP, e era preciso atravessar um mar de pessoas para chegar ao banheiro da Pista comum. Um trajeto de apenas 15 metros chegava a durar 5 minutos.

Às 19h30, a banda Zerodoze começou o seu set com muito agito. A qualidade do power trio, que vem crescendo no cenário e recebendo ótimas críticas, é indiscutível. A banda obteve uma boa resposta do público, durante os 25 minutos em que esteve no palco.

Quase meia hora após a Zerodoze, foi a vez da Porn Queen, grupo formado por brasileiros residentes em Luxemburgo. A exemplo dos gaúchos, o Porn Queen também aqueceu o público no seu set de 30 minutos. O cover de Man in the Box, do Alice in Chains, levantou até aqueles que guardavam energia para a atração principal ou descansavam na parte de trás da casa.

Às 21h15, com uma intro logo sucedida por Halo, boa faixa do novo álbum, Apocalyptic Love, Slash entrou no palco. Em Nightrain, o piso do Pepsi tremeu! Cantando muito alto, o público parecia não se incomodar mais com calor.

Em Ghost, Myles chamou a plateia para acompanhar com palmas. De cara, a banda mostrou grande entrosamento, e, embora os destaques sejam os solos de Slash, há espaço para todos, sem vaidades. Assim como em Standing in the Sun, e durante toda a apresentação, os músicos circularam bastante pelo palco. A participação do público rendeu elogios do vocalista.

Back from Cali e Been There Lately, do Slash’s Snakepit, mantiveram o pique. Infelizmente, desde o inicio do espetáculo, o som do microfone de Myles estava com o volume um pouco baixo.

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Slash, sozinho à frente do palco, dedilhou as notas iniciais de Civil War. A banda não deixou a desejar, e a execução foi primorosa. Para finalizar, o guitarrista ainda emendou uma palhinha de Voodoo Child, de Jimi Hendrix, antes de Rocket Queen, outro clássico do Guns.

Em Crazy Life, Slash fez um longo solo demonstrando toda a sua intimidade com o wah wah. Na sequência, Not for Me deu uma esfriada nos ânimos. Doctor Alibi contou com os vocais do baixista Todd Kerns, assim como You’re Crazy, do Guns.

Myles voltou para Hard & Fast, e Slash fez o público delirar no solo em que refaz o tema dO Poderoso Chefão. Durante Anastasia e You’re a Lie, primeiro single do novo álbum, diversas pessoas precisaram ser retiradas pelos seguranças e acompanhantes. O procedimento continuou até o final da noite. Pela porta principal de acesso à Pista VIP, cerca de 15 pessoas foram levadas para a parte de fora da casa.

Hit que embalou a juventude de muitos presentes, Sweet Child O’ Mine foi o auge do show, bradada por todos os presentes. A relevância dessa música, e principalmente do disco Apettite for Destruction para a carreira do Guns, pode ser vista nos shows da atual formação e nos dos membros originais do grupo.

Myles apresentou a banda, que conta também com o baterista Brent Fitz e o guitarrista Frank Sidoris, para tocar Slither, do Velvet Revolver. Após uma rápida despedida, os músicos retornaram com a bela Starlight, com grande adesão.

O grand finale veio com Paradise City, e uma enorme chuva de papel laminado. Os fãs deram um último gás, em especial na última parte do clássico. Às 23h10, após 1h55min, a banda saiu em definitivo do palco. Indo apenas uma vez ao microfone, Slash não deixou ninguém decepcionado com sua performance na guitarra.

O desconforto da lotação, o calor insuportável e algumas desinteligências ocorridas dentro do local acabaram atrapalhando a diversão do público. Contudo, a noite intensa, agitada, como deve ser um show de rock, proporcionada pela banda, garantiu que o espetáculo não perdesse o seu brilho.

Set List Slash

Halo
Nightrain
Ghost
Standing in the Sun
Back From Cali
Been There Lately
Civil War
Rocket Queen
Crazy Life
Not for Me
Doctor Alibi
You’re Crazy
Hard & Fast
Slash Solo (The Godfather)
Anastasia
You’re a Lie
Sweet Child O’ Mine
Slither

Encore:
Starlight
Paradise City

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