Kiko Loureiro e Marty Friedman fazem show histórico em São Paulo

Na noite de 7 de junho, o Tokio Marine Hall recebeu um espetáculo que ficará na memória dos fãs de guitarra: a dupla lendária Kiko Loureiro e Marty Friedman, consolidando a “Theory of Mind Tour” no Brasil.

A abertura ficou por conta do guitarrista Andy Addams, que subiu ao palco às 20h55 com um espetáculo cheio de energia. Vestido com trajes iluminados por LEDs, apresentou faixas do álbum The Eyes of the Moon, misturando técnica, carisma e uma pegada altamente visual. No repertório, incluiu versões de trilhas marcantes de videogames e animes, como Mega Man X e Dragon Ball Z, em um show que combinou nostalgia, virtuosismo e entretenimento.

Pontualmente às 22h11, Kiko Loureiro assumiu o palco ao lado de sua banda de apoio — Luiz Rodrigues (guitarra base), Felipe Andreoli (baixo) e Bruno Valverde (bateria) — e abriu os trabalhos com Blindfolded, do álbum Theory of Mind, seguida por Reflective e Overflow, em uma sequência que passeou por diferentes fases da sua carreira solo.

Sem microfones em cena nos primeiros momentos, Kiko deixou que sua guitarra falasse por ele, demonstrando total domínio técnico, interagindo com o público, distribuindo palhetas e mostrando que, além de virtuoso, é um verdadeiro showman.

O setlist trouxe surpresas que agradaram tanto fãs de sua carreira solo quanto do Angra e Megadeth. A apresentação ganhou uma carga emocional ainda maior quando Alírio Netto subiu ao palco para cantar Nothing to Say e Angels and Demons, além de um belo momento acústico com Late Redemption e Heaven and Hell.

O ápice da noite aconteceu com a entrada triunfante de Marty Friedman. O encontro das duas lendas proporcionou uma sequência poderosa, com solos compartilhados em Tornado of Souls (Megadeth), Rebirth (Angra) e uma emocionante passagem pela música brasileira, com Asa Branca e Brasileirinho, que arrancou aplausos entusiasmados e gritos do público.

Mais do que um show, a noite foi uma celebração da música, marcada por técnica, emoção e uma conexão genuína entre artistas e plateia. Uma verdadeira aula de guitarra, sentimento e história viva do metal.

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Andy Adams

Kiko Loureiro e Marty Friedman

Fotos por: André Tedim

Tarja e Marko Hietala entregam espetáculo memorável em São Paulo

A noite do último sábado (24/05) no Tokio Marine Hall, em São Paulo, foi marcada por tensão, superação e muita emoção. O aguardado show de Tarja Turunen, que contaria também com uma apresentação acústica solo de Marko Hietala, acabou tomando rumos inesperados.

Às 20h02, a banda americana Madzilla, de Las Vegas, abriu os trabalhos com um set enérgico e bem recebido pelo público. Logo após a apresentação, o público foi surpreendido com um aviso no telão: Marko, por conta de uma grave indisposição de saúde, precisaria cancelar sua performance solo. A tensão se espalhou pela casa, gerando preocupação e apreensão entre os fãs, especialmente aqueles que estavam ali movidos pela oportunidade de vê-lo em ação.

Quando finalmente, às 22h22, as luzes se apagaram para a entrada de Tarja Turunen, a atmosfera se transformou: o público foi ao delírio ao ver a icônica soprano finlandesa surgir com sua presença magnética, dominando o palco com segurança e carisma. Ao seu lado, uma orquestra sinfônica completava o espetáculo, conferindo ainda mais grandiosidade às composições, reforçando a essência do metal sinfônico que consagrou a carreira da artista.

O setlist de Tarja percorreu diversas fases de sua carreira solo, com destaque para a abertura poderosa com “Eye of the Storm” e a intensidade teatral de “Victim of Ritual”. Um dos momentos mais inesperados aconteceu quando ela convidou Kiko Loureiro ao palco para um emocionante cover acústico de “Ovelha Negra”, em homenagem à eterna Rita Lee, arrancando aplausos entusiasmados e uma conexão genuína com o público brasileiro.

Mas o ápice da noite estava reservado para o final. Para surpresa geral, Marko Hietala, superando seu estado de saúde, encontrou forças para subir ao palco ao lado de Tarja. O reencontro dos ex-companheiros de Nightwish emocionou a todos. A química entre os dois parecia intacta, como nos velhos tempos, e ficou evidente em momentos como “The Crying Moon / Feel for You / Eagle Eye”, sequência que arrancou lágrimas de parte da plateia.

A catarse foi completa com clássicos da era Nightwish, como “Higher Than Hope”, “Slaying the Dreamer” e o hino “Wishmaster”, todos executados com Marko, que, apesar das limitações, entregou performances carregadas de emoção e entrega. A cumplicidade e o respeito mútuo entre os dois artistas marcaram profundamente cada uma dessas execuções.

O show seguiu ainda com “Dead Promises”, “Wish I Had an Angel” e o encerramento apoteótico com “Until My Last Breath”, selando uma noite que começou cercada de incertezas, mas que terminou como um espetáculo inesquecível.

Ao longo de quase duas horas de show, Tarja provou mais uma vez por que é uma das vozes mais emblemáticas do metal sinfônico mundial, enquanto Marko demonstrou força, profissionalismo e amor à música, emocionando a todos com sua superação.

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Fotos: Bárbara Matos
Texto: Priscila Ramos

Buzzcocks celebra legado de quase 50 anos com show intenso em São Paulo

No último sábado, 24/05, o Carioca Club, em São Paulo, foi palco de uma verdadeira celebração punk com o retorno triunfal do Buzzcocks ao Brasil após 15 anos de espera. A clássica banda britânica, que ajudou a moldar o punk rock e influenciou gerações, mostrou porque continua sendo um dos nomes mais relevantes do gênero, entregando um show visceral, enérgico e carregado de clássicos que atravessam quase cinco décadas de história.

Logo na abertura, sem rodeios, a explosiva “What Do I Get?” fez a pista ferver. Steve Diggle, agora também frontman após a morte de Pete Shelley em 2018, comandou a noite com carisma e uma vitalidade impressionante. “Vocês sabem o que eu quero ouvir!”, provocou em meio ao set, arrancando sorrisos e gritos entusiasmados da plateia, que respondeu com mosh pits e crowdsurfing sem parar.

O show foi um desfile de clássicos que moldaram gerações: “Harmony in My Head”, “Everybody’s Happy Nowadays” e “Autonomy” foram recebidas como verdadeiros hinos, cantadas em coro pelo público, que parecia ter guardado essa energia durante os anos de ausência da banda.

Mas os Buzzcocks não ficaram só no passado: músicas do disco mais recente, Sonics in the Soul (2022), como “Manchester Rain” e “Senses Out of Control”, também marcaram presença e provaram que, mesmo quase 50 anos depois do início, o grupo continua compondo com a mesma pegada energética que sempre os diferenciou.

Um dos momentos mais marcantes da noite foi “Why Can’t I Touch It?”, com sua pegada única e atmosfera mais densa, um contraste interessante dentro do set, mas que reforça a versatilidade da banda e o poder das suas composições mais introspectivas.

Acompanhado por Chris Remington (baixo), Danny Farrant (bateria) e Mani Perazzoli (guitarra), Diggle segurou as rédeas do show com segurança e paixão. Após uma breve pausa, ele retornou para o bis vestindo uma camisa do Santos e surpreendeu ao abrir com “Love Is Lies”, no violão, adicionando um tom quase intimista antes de retomar a intensidade que marcou a noite.

O encerramento ficou por conta da icônica “Ever Fallen in Love (With Someone You Shouldn’t’ve)”, que foi tocada duas vezes — uma com a banda e outra praticamente a capella, com o Carioca Club inteiro cantando em uníssono, numa catarse coletiva que selou a noite como histórica.

No palco, o Buzzcocks reforçou porque sempre foi uma das bandas mais importantes do punk britânico: irreverente, melódica e fiel às suas raízes. Um show que foi muito além da nostalgia — foi celebração, resistência e, acima de tudo, um lembrete de que o punk ainda pulsa forte.

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Por: Thiago Meciano e Conrado Rezende Soares

Stone Temple Pilots celebra sua trajetória com show histórico em São Paulo

Na última quinta-feira, dia 22 de maio, os fãs de rock alternativo e grunge tiveram uma noite inesquecível com a apresentação do Stone Temple Pilots no Terra SP, uma das principais casas de shows da capital paulista. A banda norte-americana, ícone absoluto dos anos 90, provou mais uma vez por que é referência no gênero, entregando uma performance poderosa, cheia de energia e emoção.

A noite começou com a banda Velvet Chains, responsável pela abertura do evento. O grupo aqueceu o público com um set bem executado, que misturou peso, melodia e influências modernas do rock alternativo, criando a atmosfera perfeita para o que viria a seguir.

Por volta das 21h30, o Stone Temple Pilots subiu ao palco sob aplausos ensurdecedores de uma casa cheia. O vocalista Jeff Gutt, que assumiu a linha de frente da banda desde 2017, demonstrou carisma e presença de palco impecáveis. Sua entrega vocal e energética homenageou o legado de Scott Weiland, mas com uma identidade própria que já conquistou a aprovação dos fãs.

Logo na abertura com “Unglued”, o público foi ao delírio, e o clima só esquentou com clássicos como “Wicked Garden”, “Vasoline” e “Big Bang Baby”. Um dos momentos mais marcantes foi durante a execução de “Down”, quando Jeff Gutt surpreendeu ao subir na grade de proteção, aproximando-se ainda mais do público e reforçando o clima de celebração e cumplicidade.

A banda, formada ainda pelos irmãos Dean e Robert DeLeo e Eric Kretz, mostrou uma sintonia impressionante, evidenciando a maturidade artística e o entrosamento conquistados ao longo das décadas. O setlist foi um verdadeiro presente para os fãs, reunindo hits que marcaram gerações, como “Silvergun Superman”, “Meatplow”, e uma emocionante versão de “Still Remains”, dedicada ao eterno Scott Weiland.

Não faltaram, claro, os hinos mais esperados: “Big Empty”, “Plush” e “Interstate Love Song”, todas cantadas em coro pelo público, em momentos de pura catarse coletiva. A sequência final com “Crackerman”, “Dead & Bloated” e “Trippin’ on a Hole in a Paper Heart” consolidou a força e a relevância da banda, mesmo após tantos anos de estrada.

O bis foi igualmente arrebatador, com “Kitchenware & Candybars”, “Piece of Pie” e o clássico absoluto “Sex Type Thing”, que encerrou o espetáculo com a casa em êxtase.

A apresentação não foi apenas um show, mas uma verdadeira celebração da carreira de uma das bandas mais importantes da história do rock, que, mesmo após tantas mudanças, segue fiel à sua essência e em plena forma.

Uma noite histórica para São Paulo e para todos os fãs que lotaram o Terra SP, provando que o legado do grunge segue mais vivo do que nunca.

Por: Priscila Ramos

Fabio Lione & Orquestra se apresentam em São Paulo com espetáculo grandioso

No sábado dia 17 de maio, os fãs de power metal sinfônico foram presenteados com uma experiência memorável no Teatro APCD, em São Paulo. A primeira sessão do show de Fabio Lione & Orquestra teve início às 16h30 e entregou mais de duas horas de pura imersão épica, reforçando o status lendário do vocalista italiano e da obra do Rhapsody.

A noite começou com a apresentação da banda Dogma, que aqueceu a plateia com competência, preparando o terreno para o espetáculo principal.

Com a entrada de Fabio Lione no palco, acompanhado de uma orquestra impecavelmente entrosada com a banda de apoio, o público foi transportado diretamente para os reinos mágicos de Symphony of Enchanted Lands, álbum executado na íntegra com potência, precisão e emoção. Clássicos como “Emerald Sword”, “Wisdom of the Kings”, “Eternal Glory” e “Wings of Destiny” fizeram o teatro vibrar, com arranjos sinfônicos que ampliaram ainda mais a grandiosidade das composições.

Lione se comunicou em português durante todo o show, com carisma e simpatia, interagindo com o público e apresentando as músicas com entusiasmo. Mesmo em um teatro com assentos fixos, ele incentivou a plateia a se levantar e participar ativamente, o que resultou em momentos de pura energia e conexão entre artista e fãs.

A performance vocal de Lione, como esperado, foi impecável — alternando entre o lirismo e a força dramática características de seu estilo. A orquestra, por sua vez, mostrou-se não apenas coadjuvante, mas parte essencial da alma do espetáculo, com execução precisa e sensível, valorizando cada nuance das faixas.

Além do setlist centrado em Symphony of Enchanted Lands, o show ainda contou com outros épicos marcantes da trajetória do Rhapsody, e foi coroado com a icônica “Dawn of Victory”, que encerrou a noite com a plateia em êxtase, cantando em uníssono.

A produção foi de alto nível, com sonorização clara e equilibrada, valorizando tanto os instrumentos orquestrais quanto os elementos da banda de metal. A iluminação, ainda que contida em função da estrutura do teatro, contribuiu com atmosfera envolvente.

O show de Fabio Lione em São Paulo foi mais do que uma apresentação musical — foi uma celebração nostálgica e vibrante da era de ouro do metal sinfônico. Um espetáculo para ser lembrado com emoção por todos os presentes.

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Por: Priscila Ramos

Bangers Open Air 2025: registros do 3º dia do festival

O último dia do Bangers Open Air 2025 foi digno de um encerramento épico. O domingo (04/05) trouxe sol forte durante o dia e um clima ameno à noite, criando o cenário ideal para mais uma jornada inesquecível de heavy metal ao ar livre.

O lineup manteve o altíssimo nível das noites anteriores, com quatro palcos funcionando em sincronia e um elenco de peso. Bandas como Blind Guardian, Nile, Paradise Lost, Vader e representantes brasileiros garantiram uma programação variada que agradou aos fãs de diversas vertentes do metal.

Um dos grandes destaques foi o segundo show do Kamelot no festival, desta vez com participações especiais de Melissa Bonny (Ad Infinitum) e Adrienne Cowan (Seven Spires). A energia no palco e a sinergia entre os músicos deixaram o público extasiado, numa apresentação que ficará marcada na memória de quem estava ali.

Na sequência, Kerry King, lendário guitarrista do Slayer, mostrou que seu novo projeto solo carrega o mesmo DNA feroz e brutal de sua banda anterior. Com uma presença de palco avassaladora, riffs cortantes e um repertório de peso, King conquistou os headbangers que lotavam a área frontal do palco.

Outro destaque, o W.A.S.P. incendiou o palco principal ao executar seu icônico álbum de estreia na íntegra. Blackie Lawless e sua banda entregaram uma performance visceral, nostálgica e muito aguardada pelos fãs brasileiros.

O grande encerramento ficou por conta do Avantasia, o superprojeto liderado por Tobias Sammet, que transformou o palco em um espetáculo de luz, emoção e teatralidade. Com participações especiais, cenário envolvente e um setlist que passeou por diversas fases da carreira do grupo, o show foi uma verdadeira ópera do metal — e uma despedida emocionante para os três dias de festival.

O domingo também manteve a organização impecável que marcou o evento como um todo: ótima estrutura de banheiros, variedade gastronômica para todos os gostos, opções de bebidas geladas e áreas de descanso estrategicamente posicionadas. O público, mais uma vez, mostrou respeito, energia e paixão pela música.

O Bangers Open Air 2025 se despediu com a sensação de dever cumprido — e a certeza de que o festival já se consolidou como um dos maiores encontros de metal da América Latina. Que venha 2026!

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Por: Priscila Ramos

Bangers Open Air 2025: registros do 2º dia do festival

O sábado, 03 de maio, marcou o ponto alto do Bangers Open Air 2025. Sob um sol intenso e com temperatura elevada durante o dia, milhares de fãs lotaram o Memorial da América Latina, que se transformou mais uma vez em um verdadeiro templo do heavy metal. O calor não intimidou os headbangers — muito pelo contrário, a energia do público foi contagiante desde os primeiros acordes até os últimos riffs da noite.

A programação teve início pontualmente, reforçando a excelente organização do festival, que manteve todos os horários com precisão. A estrutura ampla e bem distribuída colaborou para que o público circulasse com facilidade entre palcos, áreas de alimentação, merchandising e espaços de descanso — com bancos, bistrôs e pontos de hidratação bem posicionados.

Musicalmente, o line-up foi uma verdadeira maratona de grandes nomes do metal mundial. Destaques como Kamelot, com sua mistura poderosa de metal sinfônico e teatralidade, e Powerwolf, trazendo toda a pompa do metal europeu com um show impactante, conquistaram a plateia com performances impecáveis.

Mas o grande momento da noite ficou por conta do Sabaton. A banda sueca entregou um espetáculo épico, com direito a pirotecnia, cenografia temática de guerra e um carisma inquestionável de seus integrantes, que interagiram com o público em diversos momentos. O coro dos fãs acompanhando as músicas, bandeiras erguidas e pulos sincronizados deram ao show uma atmosfera de unidade e celebração.

Além da música, o Bangers se destacou pela diversidade gastronômica. Os food trucks ofereciam desde hambúrgueres artesanais até opções veganas, além de bebidas variadas e sobremesas. Os bares, estrategicamente posicionados, evitaram filas longas e ajudaram a manter a hidratação em dia no calor do sábado.

Com um público expressivo, estrutura impecável e performances memoráveis, o segundo dia do Bangers Open Air consolidou o festival como um dos principais eventos de metal da América Latina — e deixou claro que 2026 já está na mira dos fãs.

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Por: Priscila Ramos

Bangers Open Air 2025: registros do 1º dia do festival

O Bangers Open Air 2025 deu o pontapé inicial na sexta-feira, 02 de maio, com um warm-up de respeito que já antecipava a grandiosidade do festival. Realizado no Memorial da América Latina, em São Paulo, o evento abriu suas portas com uma noite mais intimista, mas não menos poderosa.

O público presente pôde assistir a apresentações memoráveis que misturaram peso, carisma e muita história do rock e metal. Entre os destaques da noite estavam a rainha do metal, Doro Pesch, que levou sua energia contagiante ao palco; os dinamarqueses do Pretty Maids, com um show repleto de hits e emoção; e o lendário Glenn Hughes, que encantou a plateia com sua voz inconfundível e presença de palco magnética, relembrando os grandes momentos de sua carreira solo e de sua passagem pelo Deep Purple.

Apesar de o público ser mais reduzido em relação aos dias seguintes, a atmosfera foi calorosa e acolhedora, permitindo uma conexão mais próxima entre os fãs e os artistas. A organização manteve o padrão impecável, com uma ampla estrutura, ótima variedade de food trucks, bares bem distribuídos e uma pontualidade que merece destaque. Tudo isso somado ao clima agradável da noite paulistana contribuiu para uma abertura de festival impecável.

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Por: Priscila Ramos

Cobertura: Monsters of Rock 2025

Dia 19 de abril de 2025, os fãs brasileiros de heavy metal jamais esquecerão essa data.

Todos os fanáticos por metal acordaram cedo para encarar mais de 12 horas de muito metal na edição comemorativa de 30 anos do Monsters of Rock no Brasil.

O festival que já trouxe ao Brasil bandas como kiss, Slayer, Black Sabbath realizou no último sábado uma edição histórica nos 30 anos do evento, com um lineup de tirar o folego, o público presente mal tinha tempo de se recuperar, era uma pedrada atrás da outra.

Foram assim mais de 12 horas do mais puro hard rock e heavy metal, com as bandas Stratovarius, Opeth, Queensryche, Savatage, Europe, Judas Priest e Scorpions.

Vale lembrar que essa edição marcou a volta aos palcos do Savatage, após um hiato de uma década a banda escolheu o Brasil para marcar a grande volta, fato que emocionou os fãs da banda que foram ao delírio do início ao fim da apresentação.

O Savatage voltou aos palcos sem seu vocalista original Jon Oliva, que enfrenta sérios problemas de saúde, o show ainda assim era super aguardado e emocionou o público, principalmente quando o telão ao fundo trouxe um vídeo do Oliva ao iniciar a balada Believe, onde aparecia cantando e tocando piano, e também imagens de Criss Oliva, ao longo do solo, Criss faleceu em 1993 em um acidente.

Vamos falar agora do show de abertura, que ficou a carga de ninguém menos que Stratovarius, os finlandeses fizeram público chegar cedo ao Allianz e apesar da longa fila e demorar para entrar no estádio, o show já tinha um público considerável e até mesmo a banda ficou surpresa com a casa cheia logo cedo.

O setlist foi concentrado nos clássicos da banda, o álbum Visions de 1997 foi o mais explorado na apresentação, com clássicos como Forever Free, Paradise e Black Diamond, a banda apresenta uma excelência no seu instrumental junto a um vocal afiadíssimo de Kotipelto, que fez valer a pena enfrentar a longa fila para entrada.

O Opeth, banda mais “diferente” escalada nessa edição, faz um som que vai do progressivo ao death metal, com vocais guturais e era a atração considerada mais nova do cenário a se apresentar.

A banda agradou a quem deu uma chance e decidiu assistir, agradou o público presente com seu som que caminha entre o peso do metal até momentos mais lentos conseguindo uma boa reação da galera a cada canção tocada.

O Queensryche era uma das atrações mais aguardadas do dia, a banda vem de uma turnê que celebra o EP homônimo e a álbum de estreia The Warning, 4 das 1 músicas do set list foram desses trabalhos.

O maior hit da banda Silent Lucidity ficou de fora, a banda fez uma apresentação pesada e foi celebrada no Monsters Of Rock, o vocalista Todd LA Torre foi destaque, reproduzindo notas altíssimas de seu icônico antecessor, levando o público a loucura.

O Europe como sempre trouxe para o público o melhor da Hard Rock, com uma extensa discografia repleta de hits a banda explorou bastante os sucessos dos anos 80, esbanjaram energia e Tempest com seus 61 anos mostrou estar em plena forma e a voz extremamente em dia, além se seguir sendo um fantástico frontman, do tipo que não fica parado.

A banda também tocou músicas de trabalhos mais novos como a poderosa “Last look at Eden”, de 2009.

Como esperado o público foi ao delírio com a apresentação das super aguardadas “Carrie”, cantada por quase todos presentes e “The Final Countdown” que fez o estádio tremer e era possível ver nessa hora milhares de celulares para alto filmando a apresentação.

O Europe apresentou um show impecável equilibrando peso e ganchos melódicos mostrando que a banda poderia ficar mais 1 hora no palco animando o Allianz.

Agora vamos falar do que foi na minha opinião o melhor show do festival, hora da maior, melhor e mais celebrada banda de heavy metal do planeta, hora dos Deuses do metal colocaram o Allianz abaixo com todo seu peso e com a presença única do “Metal God” Rob Halford, a banda não foi a headliner, mas com certeza foi o ponto alto do evento, pois somente a sensação de estar num show do Judas já faz todo fã de heavy metal ir à loucura.

A banda traz consigo toda essência do metal pesado, impecável apresentação, impecável visual de cada músico, o Judas Priest é uma aula de como viver o heavy metal.

No repertório faixas como “Devil’s Child”, “Riding on the Wind”, “Painkiller”, “Victim of Changes” mostram como o “Metal God” Rob Halford, no alto de seus 73 anos ainda tem muita qualidade e potência em sua voz, até mesmo para executar as músicas mais difíceis.

O show do Judas Priest foi um espetáculo a parte, que fez o público sair do Allianz de alma lavada depois dessa super dose do mais puro heavy metal servida pelos eternos Deuses do Metal.

O Scorpions foi encarregado de fechar essa edição histórica do Monsters of Rock , a banda que tem 60 anos de estrada segue em turnês mundiais e certamente também era uma das atrações mais aguardadas.

Klaus Meine, aos 76 anos, mostra algumas limitações e dificuldade pelas consequências dos anos de estrada, mas nada apaga o brilho de suas apresentações, já os demais membros exibem ainda uma energia incrível, o incrível Mikkey Dee segue sendo uma máquina e empolga com toda sua energia na batera. Rudolf também oferece um show a parte com muito entusiasmo e uma vitalidade de fazer inveja além de um talento inquestionável.

O super Scorpions fechou a noite dessa edição histórica colocando a galera para cantar hits como “Send me an Angel”, “Wind of Change”, “Big City Nights”, “Rock You Like a Hurricane” e o super hit “Still loving you” que havia fica fora do show de Brasília foi tocado, para alegria dos fãs presentes.

Scorpions finalizou essa edição de 30 anos do Monsters of Rock com uma aula do mais puro Hard Rock “

Podemos ver diante desse festival que o Rock, o Metal e seus subgêneros nunca vão morrer, pois não se trata apenas de um estilo musical, se trata de um estilo de vida, de um amor incondicional a música.

Obrigada Monster of Rock por nos presentear com essas lendas do Hard Rock e Heavy metal, com certeza esse foi um dia que jamais sairá da memória dos Headbangers apaixonados pelo heavy metal.

Texto: Viviane dos Santos Silva
Fotos: Bárbara Matos

Samael e Suffocation lideram noite memorável no DIA D Festival ao lado de grandes nomes do metal extremo

No último sábado (12/04), o Carioca Club foi palco de uma verdadeira celebração do metal extremo com o DIA D Festival, organizado com maestria pela Tumba Productions. A casa estava cheia, o público fervoroso e a noite foi marcada por apresentações intensas, unindo nomes consagrados do cenário internacional com grandes representantes do metal nacional.

Representando com força o death metal nacional, Rebaelliun e Funeratus mostraram por que carregam tanto respeito na cena. Com performances brutais, técnicas e afiadas, as bandas entregaram sets pesados que reforçaram o quanto o underground brasileiro segue pulsando forte, conquistando o público logo nas primeiras horas do festival.

Direto da Colômbia, o Massacre trouxe o peso e a fúria do death metal sul-americano. Com presença de palco imponente, a banda mostrou porque é referência no estilo, com uma performance crua e impactante.

Na sequência, foi a vez do Suffocation incendiar o público com sua brutalidade técnica. Os nova-iorquinos dominaram o palco com um set visceral, cheio de riffs insanos e uma bateria esmagadora. A energia da banda contagiou o público do começo ao fim — um verdadeiro massacre sonoro!

Fechando a noite com chave de ouro, o Samael entregou um show memorável. Em turnê comemorativa do clássico “Ceremony of Opposites”, os suíços executaram o álbum na íntegra, levando os fãs a uma viagem atmosférica e sombria por uma das obras mais cultuadas do metal dos anos 90. A banda ainda brindou os fãs com algumas faixas adicionais.

Mais uma vez, a Tumba Productions provou sua importância na cena ao realizar um evento impecável, trazendo nomes de peso do metal extremo mundial e dando espaço para representantes nacionais de altíssimo nível. O DIA D Festival foi, sem dúvidas, uma noite inesquecível para os fãs de som extremo.

Suffocation

Samael

Por: Priscila Ramos