Edu Falaschi em São Paulo e São José dos Campos

Após encerrar a bem-sucedida turnê “Vera Cruz”, Edu Falaschi retomou os shows acústicos da turnê “Moonlight” em São Paulo numa proposta intimista, aconchegante e emocional, com arranjos refinados e sofisticados que transcendem fronteiras.

Além de Edu Falaschi (vocal, violão e piano), o evento contou com a participação de Tiago Mineiro (piano), Mello Jr (guitarra), Wagner Barbosa (saxofone e flauta) e Ricardinho Paraiso (baixo). O show trouxe uma fusão incomum de estilos musicais, como erudito, rock, heavy metal, jazz e MPB, combinados com o som do piano, voz e violão. O repertório incluiu também sucessos do Angra e da carreira solo de Edu Falaschi.

Confira algumas fotos feitas pela Bárbara Matos das apresentações em São Paulo (Sesi), dia 12/07 e em São José dos Campos (Teatro Univap), dia 13/7.

 

São Paulo:

 

São José dos Campos:

 

Fotos: Bárbara Matos

Incantation em Pomerode/SC no Mosh Metal Meeting

Pomerode/SC – Wox Club 19/05/2023
Por: Priscila Ramos e Junior Dellabeneta

O festival Mosh Metal Meeting reuniu, na cidade de Pomerode/SC, cinco bandas de peso, entre elas os americanos do Incantation, que com sua abordagem implacável e poderosa do death metal, deixou uma marca indelével no palco da Wox Club.

O festival iniciou às 19h30 com OCaradoMetal, banda gaúcha que representa a nova geração do Metal brasileiro. A banda é formada pelos influenciadores digitais Ian (ocaradometal) e Luana Cruz, além de Gabriel Martens e Diego Marinho. Desde o momento em que as primeiras notas ressoaram pelos alto-falantes, a banda demonstrou uma maestria impressionante em sua execução. A formação sólida e coesa da banda brilhava, enquanto cada membro trazia sua própria habilidade técnica para o palco. Foi um show curto e a casa ainda não estava tão cheia, mas nem por isso a banda deixou de criar um vínculo com os fãs presentes.

Perto das 20h30 subiu ao palco a banda Sculptor de Curitiba, que tem se destacado no cenário com uma abordagem que combina death metal melódico com elementos experimentais. Desde o primeiro acorde, fica evidente que a banda possui uma habilidade técnica excepcional. Cada membro do Sculptor domina seu instrumento, criando camadas intricadas de som que se entrelaçam de forma magistral. Os riffs de guitarra cativantes e os solos virtuosos são complementados por uma seção rítmica precisa e dinâmica, proporcionando uma base sólida para a progressão musical da banda. O repertório do Sculptor é uma jornada musical empolgante. Desde faixas mais introspectivas e atmosféricas até músicas mais pesadas e intensas, a banda apresenta uma variedade de composições que mantêm o interesse do público ao longo de todo o show. Entre as músicas executadas estão “Redemption”, “Untouchable Truth”, “No Control”, “Empty Space” e “Oblivion”.

Em seguida subiu ao palco The Troops of Doom, banda que mergulha nas raízes do oldschool death metal. Desde o momento em que a banda sobe ao palco, a atmosfera se torna eletrizante. A formação sólida e habilidosa da The Troops of Doom cria uma parede sonora poderosa, impulsionada por riffs de guitarra rápidos e agressivos, uma seção rítmica incansável e vocais guturais distintos. O vocalista Alex Kafer entregou as letras com fervor e carisma, incitando a plateia a participar e cantar junto com ele. O setlist do show incluiu músicas de seus dois EPs e de seu álbum de estreia lançado em 2022, Antichrist Reborn. Músicas como “Far From Your God”, “Altar of Delusion”, “The Rise of Heresy”, “The Monarch” e “The Devil’s Tail” foram executadas com energia e entusiasmo e o público respondeu com rodas de mosh e headbanging. Se você busca uma experiência inesquecível, não perca a oportunidade de testemunhar o poder avassalador da The Troops of Doom ao vivo.

Próximo das 22h30 era a vez da banda Crypta subir ao palco e tomar a plateia por uma onda avassaladora de riffs de guitarra devastadores, acompanhados por uma seção rítmica implacável de vocais guturais arrebatadores. A banda exalou uma presença impressionante e demonstrou uma habilidade técnica excepcional em cada nota e batida. Sua música é uma combinação de agressividade e melodia, criando um equilíbrio perfeito entre a brutalidade do death metal e a musicalidade cativante. O setlist da Crypta é uma jornada através de seu álbum de estreia, apresentando músicas poderosas que exploram temas sombrios e profundos. Faixas como “Death Arcana”, “Possessed” “Under the Black Wings”, “Kali” foram executadas de forma intensa e poderosa e deixaram os fãs enfeitiçados pela sua brutalidade e energia. A performance ao vivo da Crypta é eletrizante e a interação entre as garotas no palco é marcada por um entrosamento perfeito, demonstrando a dedicação e o profissionalismo da banda.

Passava pouco das 23h30 e era a hora da headliner do festival, Incantation, apresentar as músicas de sua turnê “Tricennial of Blasphemy”. A banda conta apenas com John McEntee da formação original, no entanto, a atual formação foi marcada por um entrosamento sólido e coeso, enquanto cada membro trazia sua própria habilidade técnica para o palco. Os riffs de guitarra furiosos e distorcidos, apoiados por uma bateria intensa e uma linha de baixo pulsante, criaram uma parede de som opressora que envolveu o público em uma aura de tensão e mistério. As letras obscuras e os vocais guturais de John McEntee transmitiram uma sensação de desespero e desolação, adicionando camadas de profundidade à música. O público parecia hipnotizado pela energia sombria que emanava do palco, criando um vínculo entre a banda e os fãs. O setlist cuidadosamente selecionado do Incantation permitiu que os fãs experimentassem a ampla gama de sua discografia. Faixas como “Pest Savagery”, “Carrion Prophecy”, “Rites of the Locust”, “Lead to Desolation”, “Ibex Moon”, “Profanation, “Seige Hive” foram executadas de forma poderosa e manteve o público cativo do início ao fim. Cada música era um convite para se perder nas trevas e abraçar o poder do metal extremo. No final do show, a plateia estava exausta, mas eufórica. O Incantation mostrou por que eles são considerados um dos pioneiros do death metal, demonstrando uma habilidade técnica incomparável e uma paixão inegável por sua música. Sua apresentação no festival foi um testemunho de seu legado duradouro e de sua influência contínua sobre a cena musical.

O Mosh Metal Meeting foi uma experiência avassaladora e o festival certamente deixará uma marca duradoura na memória dos fãs presentes.

Nocturnal em Balneário Camboriú/SC

Aconteceu no dia 22 de abril de 2023, em Balneário Camboriú/SC, o Madness Metal Fest. O festival contou com a banda alemã Nocturnal, que desembarcou no Brasil para uma série de shows com a turnê “Serpent Death Over Brazil 2023”.

Além de Nocturnal, se apresentaram também as bandas Murdock, de Tijucas/SC, Axecuter de Curitiba/PR e Slammer de Curitiba/PR.

O festival aconteceu na casa de shows Bunker 663 com produção da Caveira Velha Produções e VSF Entertainment.

Confira algumas imagens abaixo.

Nocturnal:

 

Murdock, Axecuter e Slammer:

 

Fotos: Priscila Ramos e Junior Dellabeneta

Otacílio Rock Festival em Otacílio Costa/SC

Nos dias 11 e 12 de março, na cidade de Otacílio Costa/SC, aconteceu a décima quinta edição do Otacílio Rock Festival. O evento já é tradição em Santa Catarina e esse ano contou com 19 bandas:

Tuatha de Danann – Folk Metal – MG
THE MIST – Thrash Metal – MG
Selvageria – Speed/Trash Metal – SP
Icon Of Sin – Heavy Metal Tradicional – PR
Malice Garden – Death/Black Metal – SC
Goaten – Heavy Metal – RS
Pressure Gain – Hard Rock/Heavy Metal – SC
Vintage Valda Vinil – Clássicos do Rock – SC
Ossos – Thrash/Crossover – RS
Profane Souls – Black Metal – PR
Royal Rage – Trash Metal – PR
Orquídea Negra – Heavy Metal – SC
Filhas do Velho – Rock and Roll – SC
Diabolus Intervention – Slayer Cover – PR
Finita – Dark Metal – RS
The Damnation – Thrash Metal – SP
Mawashi Geri – Oriental Death Metal – RS
Os Kuatro – Rock n’ Roll – SC
Culpado – Death Metal – PR

O evento, que acontece no Parque de Exposições Cambará, conta com estrutura completa para camping, salão coberto para a área de shows, espaço para venda de merchan, banheiros, bar com muita cerveja gelada e área de alimentação.

Confira algumas imagens dos shows:

Bad Religion e Offspring em São Paulo/SP

Espaço das Américas – 29/10/2019
Texto: Adriano Coelho

 

Um calor insuportável na cidade de São Paulo, o que não inibiu de muitas pessoas irem ao Espaço das Américas para prestigiar as duas bandas punk que mais venderam CDs na história da musica. O local estava lotado, segundo informações, o show do grupo americano Slayer estava mais cheio, mesmo assim, para circular, pegar uma bebida ou até mesmo ir ao banheiro era uma tarefa difícil.

Quando o relógio marcava 21h10 o Bad Religion entra em cena, a banda dona de 17 álbuns, que possui os clássicos No Control (1989) e Generator (1992). Não entendo o fato de o grupo ter três guitarristas, apesar do baixista Jey e do guitarrista Brett serem da formação original, ambos já saíram e voltaram para o grupo, à banda que fez sua primeira aparição em nossas terras em 1996 (Festival Close-Up Planet, junto com Cypress Hill, Sex Pistols e Silverchair).

O publico estava sedento, e Greg Graffin botou mais fogo ainda quando abriu com “21 Century Digital Boy” pogos eram formados e apareciam no telão, duas musicas que não foram cantadas em Curitiba, não faltaram em São Paulo, são: “Generator” e “Infected” o publico cantava com empolgação, um total de 25 petardos, outras que merecem destaque são: “Los Angeles is Burning”, “I Want to Conquer the World”, “Recipe for Hate”, “Sorow”, “End of History”. O vocal estava perfeito, sem desafinar em momento algum, como não poderia ser diferente, fecharam com “American Jesus” musica mais comercial do grupo.

Durante o show, gritos de ei Bolsonaro vai tomar no…, (fazem isso, para todo presidente que está no poder), o vocalista dizia: Não sei o que vocês estão falando. Um show que para muitos, foi a melhor apresentação da banda no país.

O Offspring que também é da Califórnia, tem uma pegada mais pop, é musicas bem executadas em rádios, o que nunca tirou a alma punk do grupo, eles que possuem nove álbuns destaque para os trabalhos Smash (1994) e Ixmay on the Hombre (1997). Liderada pelo guitarrista e vocalista Dexter, lembrando que o baixista Greg também é remanescente da formação original, eles que já estão com o sexto baterista.

Durante o show, o guitarrista Noodles mostrou seu lado humorístico, chamando a plateia de sexy, ele que no final da apresentação jogou bolas de plástico e papel higiênico para o publico. A banda conversou demais com a plateia, mandou bem nos covers de Ramones (Blitzkrieg Bop) e AC/DC (Whole Lotta Rosie) em relação às musicas, arrasaram com “Gotta Get Away”, para minha decepção Dexter tocou no piano “Gone Away”, foram 18 canções, levaram seus sons mais comerciais como: “Why Don’t You Get a Job?”, “Pretty Fly” e “The Kids Aren’t Alright”, a banda se despediu, voltaram e mandaram de forma magistral “You’re Gonna go Far” e “Self Esteem”. Lembrando que abriram o show com “Americana”. Tocaram também “All I Want”, “Bad Rabbit”, “Come Out and Play”.

O tipo de evento, da qual todos foram para casa feliz, essa foi a terceira edição do Rock Station, as outras foram em 2016 e 2017, espero que continuem a fazer eventos como esse, onde não faltou empenho das bandas e vibração do publico.

Nazareth em São Paulo/SP

Tom Brasil – 01/11/2019
Texto: Adriano Coelho

 

A banda escocesa veio ao Brasil mais uma vez, essa foi a terceira vem em que eu tive o prazer de assistir aos veteranos, em 1995 vieram junto com o Uriah Heep, depois foi em 2004. Dessa vez as coisas seriam diferentes, o vocalista era outro, já que Dan deixou a banda em 2013.

O grupo foi formado em 1968, hoje conta com o bom vocal Carl Sentance (ex – Krokus), que estava trajando a camisa da banda britânica Def Leppard (em Curitiba usava a do AC/DC), antes chegaram a ter o vocalista Linton, da qual não deu muito certo. O Nazareth possui muitos álbuns de platina, o Canada é onde se concentra o maior numero de fãs, já que foram muitas vezes premiados no país da América do Norte. Eles possuem trabalhos clássicos como: No Mean City (1979) e alguns contestados, e o caso de Cinema (1986), eles que já tiveram tecladistas e dois guitarristas, ou seja, muita mudança ao longo dos anos.

Em relação a apresentação, é claro que sucessos como: “Dream On” e “Love Hurts” causam alvoroço na plateia, o baixista Pete pula muito com seus 73 anos, seu filho é o baterista da banda. O show prosseguiu com os clássicos “Love Leads to Madness”, “Razamanaz”, “Hair of the Dog”, apesar da presença de Carl, o antigo vocalista Dan faz falta, foram 18 musicas, abriram com “Turno n Your Receiver” e fecharam com “Go Down Fighting”, os paredões de Marshall continuam.  Eu senti falta da musica “Alcatraz”, mas, posso afirmar que foi uma sexta feira muito agradável.

Helloween e Scorpions em Florianópolis/SC

HELLOWEEN E SCORPIONS 2019 em Florianópolis/SC
28 de setembro de 2019

Fotos: Priscila Ramos
Texto: Raul Mateus Noering

 

O último sábado, dia 28 de setembro ficará eternamente marcado para aqueles que compareceram a Arena Petry em Florianópolis/SC. O local sediou o festival Rock ao Vivo e teve a honra de receber os veteranos do Scorpions e Helloween. As bandas vieram para o Rock in Rio e estão em turnê pelo Brasil com seus históricos shows.

 

Desde cedo já havia uma grande aglomeração de fãs em frente ao local. Pessoas de cidades e estados vizinhos compareceram em peso e podíamos ver várias gerações de fãs. As filas para os setores davam voltas ao redor da Arena Petry. A Arena Petry é considerada o maior completo multiuso do sul do Brasil e foi inaugurado no final de 2018. O local mostrou acomodar muito bem as pessoas e trouxe uma boa acústica apesar de ser fechado.

 

Pontualmente às 21h subiu ao palco o Helloween. A banda que possui mais de três décadas de carreira foi fervorosamente recebida pelos fãs. O show foi curto já que é uma redução do set de mais de duas horas que a banda apresenta na “Pumpkins United World Tour”. A junção dos vocalistas Andi Deris e Michael Kiske e o guitarrista Kai Hansen esbanjou sinergia, os integrantes têm uma presença de palco incrível. A banda começou com I’m Alive, seguida de Dr. Stein. A terceira música foi Eagle Fly Free e o coro foi alto. Michael é a grande atração e mantém seus vocais altíssimos e performance muito bem executada. Já Andi Deris é o que mais se comunica com o público. As faixas mais cantadas foram sem dúvida Power e I Want Out, sendo essa a última música executada do show e onde a banda jogou balões laranja com a abóbora estampada para entreter (ainda mais) o público.

 

 

Setlist Helloween:

I’m Alive

Dr. Stein

Eagle Fly Free

Perfect Gentleman

Ride the Sky

A Tale That Wasn’t Right

Power

How Many Tears

Future World

I Want Out

 

Era próximo das 22h30 quando Scorpions subiu ao palco e a banda já chegou executando “Going Out With A Bang”, de seu mais recente álbum “Return To Forever”. A banda fez uma viagem no tempo, com os clássicos hits e com músicas novas. Mesmo após 45 anos de banda, o Scorpions mostrou o porquê é uma lenda e provou que idade é só um número já que continuam com a mesma energia e talento.

O show teve direito às baladas Send Me an Angel e Wind of Change que foram altamente cantadas pelo público.

Klaus Meine (vocal), Rudolf Schenker (guitarra), Matthias Jabs (guitarra), Pawel Maciwoda (baixo) e Mikkey Dee (bateria) entregaram um espetáculo impecável no que diz respeito à técnica, áudio e presença de palco. O vocalista Klaus Meine esbanjou simpatia e jogou algumas baquetas para o público. O baterista Mikkey Dee deu um impressionante show à parte com um poderoso solo de bateria em uma plataforma suspensa por correntes.

A banda ensaia um término do show após o clássico “Big City Nights”, mas logo em seguida retorna e nos brindam com seus maiores hits, “Still Loving You” e “Rock You Like a Hurricane” fechando com maestria esse show histórico. Uma noite memorável.

 

 

Setlist Scorpions:

Going Out With a Bang

Make It Real

The Zoo

Coast to Coast

Top of the Bill / Steamrock Fever / Speedy’s Coming / Catch Your Train

We Built This House

Delicate Dance

Send Me an Angel

(Acoustic)

Wind of Change

Tease Me Please Me

Drum Solo

Blackout

Big City Nights

 

Encore:

Still Loving You

Rock You Like a Hurricane

 

River Rock Festival 2019 em Indaial/SC

RIVER ROCK FESTIVAL 2019 em Indaial/SC
06, 07 e 08 de setembro de 2019

Texto e Fotos: Priscila Ramos e Raul Mateus Noering

 

Nos dias 06, 07 e 08 de setembro de 2019 aconteceu mais uma edição histórica do River Rock Festival. O festival que é um dos remanescentes do estado possui uma estrutura própria desde a edição do ano passado em Indaial, chamada de Rota 66.

 

Esse ano o festival contou com uma novidade: apenas bandas inéditas se apresentaram, e com isso contou com um cast de peso: Ratos de Porão (sem o João Gordo já que o mesmo se encontra em recuperação de uma pneumonia), King Bird, Justabeli, Anthares, Sinaya, Legacy of Kain, entre dezenas de outras bandas, e, claro, também contou com a atração internacional Legion of the Damned, diretamente da Holanda.

 

Chegamos ao evento por volta das 20h de sexta-feira e com isso já havíamos perdido uma apresentação. Na hora em que chegamos subiu ao palco a banda Legacy of Kain do Paraná, o que, em minha opinião, já vimos que seria a nossa banda preferida da noite. A banda de thrash/groove metal fez uma apresentação impecável e juntou uma boa parte do público na frente do palco para curtir o som. Logo em seguida subiu ao palco a banda Anthares de São Paulo. Os caras já tocaram aqui em Santa Catarina em alguns festivais e sempre mandam muito bem. Logo após se apresentou o Ratos de Porão. Sem o João Gordo, Jão, Boka e Juninho conduziram muito bem o show e agitaram o público presente. A banda está em uma turnê comemorativa dos 30 anos do álbum ‘Brasil’ e vem executando o mesmo na íntegra em suas apresentações. Cumpriram o papel e deixaram o público satisfeito. Ainda tocaram na noite e madrugada de sexta-feira as bandas PZZ e Cosmic Soul.

 

No sábado de manhã os shows tiveram início às 11h com a banda Apócrifos de São Francisco do Sul. O grupo que conta com integrantes das bandas Luciferiano e Steel Warrior vem marcando presença constante nos festivais de Santa Catarina e não decepciona. Tocaram também as bandas Balboas Punch, 100 Dogmas, Obscurity Vision e The Undead Manz. Durante a tarde também tocou a banda Gueppardo de Porto Alegre que apresentou um som hard e heavy metal clássico dos anos oitenta e juntou boa parte do público. Logo após subiu ao palco o projeto do Deny Bonfante (músico da Perpetal Dreams) e foi bem ovacionada pelo público. Tocou a banda Sinaya de São Paulo e surpreendeu pela qualidade musical e por ser uma banda comandada em sua grande parte por mulheres. Após a Sinaya era a vez da horda Justabeli de São Paulo, o trio possui essência bélica e satânica e se diferencia nessa vertente black metal das demais bandas. Sua presença de palco chama muito a atenção e o trio juntou uma boa parte do público para prestigiá-los. Logo em seguida subiu ao palco a King Bird de São Paulo. A banda de hard rock era uma das apostas da noite e não desapontou o público.

Em seguida era a vez da Arandu Arakuaa. A banda que mescla folk e heavy metal à música indígena e regional brasileira surpreendeu o público. A banda foi muito aclamada, certamente foi um dos destaques da noite. Logo após, tocou a banda Serpent Rise de doom metal de Santa Maria.

Era a hora da atração internacional Legion of the Damned. A banda de death/thrash metal é presença constante em festivais da Europa e focam nas temáticas ocultismo, horror e eventos apocalípticos em suas letras. O show estava marcado para as 23h30 porém houve um pequeno atraso de quase 1 hora para a preparação do som. Não estava tão cheio no momento do show, porém a banda pareceu não se importar e entorpeceu os fãs com riffs massacrantes e solos de guitarra altamente técnicos. O vocalista Maurice Swinkels interagiu com o público e agradeceu a todos pela presença.

As bandas Carcinosi, Raging War e Overblack fecharam a noite e madrugada de sábado para domingo.

 

No domingo chegamos ao festival por volta das 13h e já haviam tocado algumas bandas. Conseguimos pegar ainda as 3 bandas finais: Vermouth, No One Spoke e Cowboys From Hell mandando um tributo ao Pantera para ninguém colocar defeito. Destaque para a banda catarinense No One Spoke, que conta com duas musicistas ligadas à música clássica e une com o peso resultando em um symphonic metal de qualidade. A banda foi muito elogiada pelo público.

 

Vale muito a pena citar a ótima estrutura de som e iluminação. Os dois telões nas extremidades do palco fizeram toda a diferença. A qualidade das bebidas e alimentação também vale elogio. Infelizmente o público não compareceu tanto quanto na edição passada, não sabemos se foi por causa do tempo chuvoso que predominou na sexta e no sábado (em compensação no domingo o sol veio com tudo). De qualquer forma o River Rock mais uma vez não deixou a desejar e cumpriu o que prometeu. Em 2020 a organização já se adiantou: serão 4 dias de festival! Agradecimentos especiais ao Adilson, Regiane, Ariel, Larissa, Adriano e muito sucesso ao River. O Agenda Metal espera contribuir com a divulgação e cobertura nas próximas edições.

 

LEGACY OF KAIN

 

ANTHARES

 

RATOS DE PORÃO

 

APÓCRIFOS

 

 

 

BALBOAS PUNCH

 

GUEPPARDO

 

 

SINAYA

 

JUSTABELI

 

KING BIRD

 

ARANDU ARAKUAA

 

LEGION OF THE DAMNED

 

 

Armageddon Festival 2019 em Joinville/SC

ARMAGEDDON FESTIVAL 2019 em Joinville/SC
01 de junho de 2019
Expoville

Texto e Fotos: Raul Mateus Noering e Priscila Ramos

Demorou mas aconteceu a segunda edição do tão aclamado Armageddon Metal Fest em Joinville-SC no sábado dia 01 de junho. A primeira edição aconteceu em 2014 e desde então o público esperava ansiosamente por uma segunda edição. Os últimos dias que antecederam o festival só se falavam nisso nas redes sociais, claro, muito em função do cast matador: a volta do Shaman, os gregos do Rotting Christ, Ratos de Porão, Motorocker, Gangrena Gasosa, Semblant, Tuatha de Danann, The Mist, The Secret Society, Symmetrya, Flesh Grinder, Violent Curse, Blackmass, Huey e Total Detah, ou seja, 15 bandas e mais de 12 horas ininterruptas de show para ninguém colocar defeito.

O festival estava previsto para iniciar 14h e logo que chegamos na Expoville já avistamos um “mundaréu” de headbangers e ônibus de excursões. A entrada estava organizada com filas separadas para quem iria comprar ingresso na hora e para quem já havia comprado. O credenciamento também foi bem tranquilo.

A semana que antecedeu o festival caiu muita chuva em Santa Catarina, tanto que havia certa preocupação em como seria se no sábado chovesse torrencialmente. Pois bem, no sábado choveu e o evento estava preparado para isso, pois mesmo que o local dos shows era coberto a parte externa onde ficava a praça de alimentação e a entrada do evento também estavam devidamente protegidos da chuva. E o principal de tudo, nem mesmo a chuva intimidou o público que marcou presença em peso.

Assim como na primeira edição, a estrutura contou com 2 palcos (Palco Red Records e Palco Armageddon) o que possibilitou 12 horas de som com poucos minutos de intervalo. Quando o relógio marcou 14h, pontualmente a banda Violent Curse subiu ao palco. Havia um pit para fotógrafos na frente do palco o que facilitou e muito a cobertura. Logo em seguida subiu ao palco a banda curitibana Semblant mandando ver um death metal melódico de muita qualidade. Fazia muito tempo que eu não assistia Semblant (mais de 6 anos) e me impressionou como a banda evoluiu e cresceu. A presença de palco é fantástica, certamente não demorarei mais tanto a assistir um novo show deles. Logo depois era a hora da banda Huey de São Paulo uma banda instrumental que mistura de Rock, stoner e heavy metal. Quando era 15h45, ainda no mesmo esquema pontual, subiu ao palco o Tuatha de Danann, banda mineira de folk metal e agitou muito o público presente. Depois era a hora de black metal com a horda Blackmass de Cascavel e depois veio a já conhecida Flesh Grinder, banda de splatter de Joinville. 17h50 subia ao palco a banda Symmetrya também de Joinville e logo depois a banda The Secret Society de Curitiba mesclando hard rock com pós-punk o que rendeu muitos elogios a banda, ouvimos muitos comentários positivos do público em relação à apresentação. E então era a hora do The Mist que se uniu para comemorar o 30º aniversário de sua fundação e do lançamento de seu primeiro álbum Phantasmagoria. A banda era muito esperada pelos fãs e público presente. 20h subiu ao palco a banda Gangrena Gasosa, a primeira e única banda de Saravá Metal do Brasil que mistura de metal com hardcore e pontos de umbanda. O show deles é um verdadeiro espetáculo, com seus integrantes fantasiados de entidades e suas letras em português bem humoradas e ao mesmo tempo ácidas. Quem viu curtiu e não se arrependeu.

Logo em seguida subiu ao palco João Gordo e sua trupe com o Ratos de Porão, que dispensa apresentações. A banda vem celebrando os 30 anos da gravação do disco “Brasil”, um de um dos seus principais álbuns gravado em junho de 1989 e tocou o disco na íntegra.

21h45 estava previsto para iniciar Shaman, muito aguardado pelos fãs, afinal, após 12 anos a banda reúne a formação original para um show de quase 2 horas. Nesse momento houve um pequeno atraso de aproximadamente 15 minutos, porém a espera valeu muito a pena. André Matos, Hugo Mariutti, Luis Mariutti, Ricardo Confessori e Fabio Ribeiro levaram o Armageddon abaixo com os álbuns “Ritual” e “Reason”. O show ainda contou com o vídeo onde o André Matos explica os motivos da reunião. A apresentação foi sensacional do começo ao fim e com certeza os presentes saíram satisfeitos por ter assistido esse show histórico. Nesse momento o público não fazia ideia de que aquele poderia ser o último show que veriam do André Matos visto que exatos 7 dias depois o músico pegou todos de surpresa e faleceu de um ataque cardíaco. Inacreditável depois de vê-lo em cima daquele palco com aquela energia, voz e disposição… Uma enorme perda no metal nacional. Hoje escrevendo essa resenha me sinto honrada em ter presenciado sua voz e seu talento inigualável e ter visto seu penúltimo show.

Logo após as quase 2h de show do Shaman era a hora dos gregos do Rotting Christ. E novamente eu assistiria a um show deles, já é o sexto show que presencio e não me canso, afinal, o que é bom merece ser revisto centenas de vezes. O show estava previsto para iniciar 23h55, porém em função do atraso que houve no Shaman refletiu no restante dos horários e o Rotting Christ subiu ao palco com aproximadamente 15/20 minutos de atraso, porém muito compreensível. A banda veio ao Brasil para divulgar o álbum “The Heretics” o que em minha opinião foi o melhor lançamento de 2019. Além disso, a banda também conta com uma nova formação, além dos irmãos Sakis e Themis, agora completam o lineup Giannis Kalamatas na guitarra e Melanaegis Lykaionas no baixo. Rotting Christ como sempre não decepciona. Começaram com a faixa Hallowed Be Thy Name do novo álbum e emendaram com Kata Ton Daimona Eaytoy do álbum de mesmo nome lançado em 2013. Ainda do álbum The Heretics tocaram Fire, God and Fear e Dies Irae. Tocaram músicas do penúltimo álbum Rituals além de clássicos que não faltam em um show da banda: The Sign of Evil Existence, Non Serviam e Societas Satanas cover do Thou Art Lord (projeto paralelo do Sakis com Magus do Necromantia). Os gregos foram muito ovacionados pelo público, a entrega da banda durante o show é sensacional e só comprova que a cada ano que passa a performance ao vivo e a qualidade do som só melhoram. No final eles foram extremamente simpáticos e atenciosos e conversaram com os fãs.

Após Rotting Christ era a vez de um dos maiores nomes do rock’n roll brasileiro: Motorocker. A banda curitibana agitou e divertiu o público restante com muita energia e qualidade. E então era a hora da última banda e o festival estava perto do fim: era perto das 02h30 e subiu ao palco a banda Total Death do Equador. A banda tinha muita energia ainda e detonou com seu death metal de qualidade e agitou o público remanescente, infelizmente já não estava mais tão cheio, pois 12 horas de apresentações foi puxado, os corredores da Expoville encontravam-se cheios de headbangers cansados, sentados e até deitados ávidos por um cochilo.

O festival contou ainda com área de merchandising, guarda-volumes, área de vendas de cervejas, água e refrigerantes (ouvi comentários de que faltou agradar os que gostam de bebidas destiladas). A praça de alimentação contava com foods trucks e chope, tudo de alta qualidade e a preços acessíveis.

Enfim, o festival foi fantástico e de alto nível. Um dia que os fãs de metal dificilmente esquecerão. Torcendo muito para que o Armageddon entre no calendário anual de festivais.

Vale frisar que a estrutura do palco estava impecável juntamente com um ótimo sistema de luz e som. O Agenda Metal parabeniza e agradece imensamente a organização: Fernando Zimmermann, Rodrigo Zimmermann, André Smirnoff, Lucas Scaravelli e em especial ao Clovis e Kenia pelo suporte com a imprensa.

BLACKMASS

FLESH GRINDER

GANGRENA GASOSA

HUEY

MOTOROCKER

RATOS DE PORÃO

ROTTING CHRIST

SEMBLANT

 

SHAMAN

SYMMETRYA

THE MIST

THE SECRET SOCIETY

TOTAL DEATH

TUATHA DE DANANN

VIOLENT CURSE

Otacílio Rock Festival 2019

OTACÍLIO ROCK FESTIVAL em Otacílio Costa/SC
15, 16 e 17/02 de 2019

Parque de Exposições Cambará

Texto e Fotos: Raul Mateus Noering e Priscila Ramos

Este é o primeiro ano que o Agenda Metal cobre o já renomado Otacílio Rock Festival na cidade de Otacílio Costa em Santa Catarina. O festival já está em sua 13ª edição e é considerado um dos principais festivais de metal do sul do país.

O festival acontece no Parque de Exposições Cambará e contou com uma estrutura excelente: salão coberto para a área de shows, espaço para venda de merchan, banheiros, bar com muita cerveja gelada, vasta área verde para camping e alguns espaços cobertos para acampar em caso de chuva. E foi o que aconteceu: houve chuva de sexta a domingo, mas nem isso foi empecilho para a galera não curtir. Muitas lonas e tendas para proteger as barracas deram conta do recado. A estrutura ainda contou com praça de alimentação e espaço kids (muitas crianças também marcaram presença acompanhadas de seus pais).

A equipe chegou no evento por volta das 20h de sexta-feira e pontualmente às 20h30 iniciou a primeira banda, a Balboa’s Punch. Os caras mandaram um thrash metal pra ninguém colocar defeito, fizeram covers do Kreator além de sons próprios e abriram o festival com chave-de-ouro. Em seguida tocou a Pain of Soul, banda de doom metal de Blumenau e logo depois subiu ao palco a Raging War, banda de thrash metal de Brusque que vem se destacando forte no cenário catarinense. Ainda na sexta-feira tocou a banda Conspiracy 666 e Tressultor ambas bandas catarinenses. Esse ano o festival começou na sexta-feira (antes o festival sempre iniciava no sábado) e pelo que parece deu muito certo, pois já na sexta-feira estava cheio.

Sábado a primeira banda a subir ao palco foi a Jhonny Bus, banda catarinense de hard e heavy metal. Agitaram muito o público presente com vários covers. Tocaram também a Rest in Chaos, Spitirual Devastation e Frade Negro, bandas catarinenses que agitaram muito a galera. A primeira banda fora do estado da noite foi a Chaos Synopsis de São Paulo e detonou com seu thrash/death metal. Tocou ainda a já aclamada banda de death/black metal Posthumous de Criciúma e em seguida veio ao palco a banda Genocídio de São Paulo, uma grande espera da noite que nos presenteou com seu detah metal de qualidade. Então era a hora do show mais aguardado da noite: a banda Whiplash dos Estados Unidos em seu único show no Brasil. Houve um pequeno atraso para montagem dos equipamentos e o show que estava previsto para iniciar às 21h começou às 22h, mas totalmente compreensível e assim que iniciou não deixou ninguém parado. Foi o momento em que o salão principal esteve mais lotado durante todo o festival, ninguém queria perder essa lenda. O sábado ainda contou com shows das bandas Final Disaster de SP, Krucipha do Paraná que retornou ao festival depois de 7 anos, Carniça do Rio Grande do Sul e Angry de São Paulo. No sábado ainda ganhamos 1 hora a mais já que terminou o horário de verão e adiantamos os relógios em 1 hora.

No domingo, último dia de festival os shows começaram as 9h30 com a banda Xei/Sons in Black e em seguida Silent Empire. Muito interessante essa última com uma mulher na guitarra mostrando a força feminina no Death Metal. Marcou o debut a banda Witchestown com seu primeiro show e não decepcionou, mandaram um heavy metal com muita técnica e empolgou o público presente. Logo em seguida subiu ao palco a banda Syntz de heavy metal e agitou muito o público, chegando a descer para tocar na plateia que cantou as músicas da banda do início ao fim. Ainda tocaram as bandas Metal Gods com seu tributo ao Judas Priest, Legado Frontal e finalizou a Hillbilly Rawhide de country rock do Paraná.

Vale ressaltar que a estrutura do palco estava impecável juntamente com um ótimo sistema de luz e som.

Enfim, foram 3 dias de muito metal, muita cerveja gelada e encontro entre amigos em meio a natureza. O Agenda Metal agradece a parceria e a organização do Otacílio Rock Festival e espera contribuir com a cobertura nas próximas edição.

 

Balboa’s Punch

 

Raging War

Tressultor

 

Frade Negro

 

Chaos Synopsis

 

Posthumous 

 

Genocídio 

 

Whiplash 

 

SynTZ