Donita Sparks & The Stellar Moments, MQN e Hats em São Paulo

Donita Sparks & The Stellar Moments, MQN e Hats
23/02/2008 no Clash Club – São Paulo/SP

Não, não, não. O fim do L7 não foi decretado oficialmente. Mas para alegria dos milhares de fãs ao redor do mundo, Donita Sparks e Dee Plakas (respectivamente, vocalista e baterista) da explosão rocker grunge dos 90, vieram ao Brasil praticamente estreando a tour do recentíssimo lançamento “Transmiticate”, do projeto solo “Donita Sparks and The Stellar Moments“. Lançado pela gravadora própria com o sugestivo nome de Cash Music – num projeto fantástico que vale a pena conhecer.
Pequena movimentação na porta da casa, um pouco antes do primeiro show de abertura acontecer.
Uma escalação de responsa, com duas bandas super conhecidas e com muito destaque e fãs no meio independente – a noite prometia ser, como todos esperavam, de muito rock n´roll.
Pra botar fogo no palco e na galera, a primeira foi a Hats. Trio feminino de SP, que como se auto-defininem, tocam rock, peso com letras de amor e ódio. As experientes Cherry (bateria e vocal), Eliane (guitarra e vocal) e Helena (baixo e vocal), que fizeram parte de bandas também importantes como Okotô, Lava, Dominatrix e Pinups, é que comandam a festa.
Lançando seu mais recente trabalho “Locas in love” (pela Thirteen Records) a banda tocou, entre outras, os três sons que já disponibilizaram no myspace, “Ikimashô”, “Pássaros” e “Delirium Delight”. Um show cheio de energia, mas que acabou sendo um show para poucos, devido ao pouco público presente, o que infelizmente não mudou muito até o fim da noite.
A Clash que tem uma capacidade variável entre 200 a 1000 pessoas, estava com no máximo umas 200 e poucas. O novo visual com telões (um de cada lado do palco) e uma área vip lateral, com vários camarotes, fora o mezanino, deu mais charme a casa, deixou mais bem distribuido e mesmo assim não fez perder o belo espaço pra shows.
Em seguida foi a vez do trio goiano MQN. Eles se auto-definem como uma banda que faz shows incendiários e discos envenados, mas nem todo o veneno foi suficiente para dar um gás na galera, apesar das músicas nervosas cantadas em inglês e de todos os esforços do vocalista e da banda.
Uma troca de palco demorada, deixando todos os presentes mais anciosos e impacientes.
Enquanto nada acontece, o guitarrista Scott faz fotos da galera de cima do palco. Logo a banda começa a tomar seu posto, os primeiros acordes começam enquanto Donita não chega. E eis que surge, loiríssima, com uma camisa cinza e um laço vermelho no pescoço, calça xadrez. Na moda. E tal qual o show da noite passada em São José dos Campos, abriram com “Infacy of a Disaster”.
Todos da banda estavam super animados e Donita continua sendo uma frontwoman como poucas, agitando o tempo todo; assim como deixando claro que teria sim, músicas do L7 no set, mas que o trabalho agora é com o The stellar Moments.
Ficou claro que Donita não gostaria de ter de tocar as músicas do L7, porque o objetivo, claro, é dar enfase ao seu novo trabalho. Que é rock n´roll sim, mas recheado de influências como B52´sKraftwerk e Ramones (sempre). E a maioria estava lá mesmo esperando pelos grandes hits. Várias câmeras e celulares pipocando flashs e Donita comentou: “Nossa, vocês gostam mesmo de tirar fotos”.
Ela dedicou “Curtains for Cathy” à equipe da loja London Calling, presente em peso e que promoveram mais uma inesquecível tarde de autógrafos horas antes do show (as fotos dessa tarde de autógrafos você confere aqui logo mais).
Stellar Moments é, além Dee Plakas na batera, Dat T. Ngo no baixo e Alan “The Italian” Santalessa na guitarra. Scott, o outro guitarrista, não é um membro oficial da banda, só pega na guitarra quando Donita não está tocando e pra manter o peso das duas guitarras nos sons. Banda super competente e que é parte do espetáculo, não uma mera coadjuvante do Donita.
Como o novo disco foi lançado há pouco menos de 10 dias, muita gente ainda não conhecia os sons novos que estão disponíveis no myspace oficial dela e na sua página no tramavirtual (será que ela vai participar do download remunerado também? rsrs) e, enquanto a galera pedia e esperava por L7, tocaram “Dare Dare” que, na minha modesta opinião é a candidatíssima a hit e que traduz bem o novo estilo que Donita procura mostrar e que traz na bagagem toda essa mescla de influências.
Logo em seguida, cedendo aos apelos a clássica “Shitlist” que enfim, colocou todo mundo pra pular e cantar junto. Ao final Donita diz “Eu sou Jesus, podem pedir o que quiser. Ou melhor, sou a irmã de Jesus”. Sinal de que o público podia então pedir que mais das antigas rolariam com certeza.
Para quem teve oportunidade de ouvir os sons novos antes do show, percebeu que ao vivo não tem jeito, é rock n´ roll pra valer. As músicas novas, mais trabalhadas e calminhas do disco tomam outra forma no palco. O objetivo dela com esse novo projeto é resgatar o rock pra dançar, pra se divertir. Em entrevista recente ao site Suicide Girls (inclusive anunciando estes shows no Brasil) ela comentou sobre isso, sobre o rock ser divertido. E “Need to numb” deixou isso muito claro. A voz rasgada, a energia continua lá, fervilhando e chamando a galera pra curtir. O rock só foi quebrado por duas baladinhas, uma que ela dedicou aos casais e apaixonados, “My skin´s too thin”, e outra para os caras bonitos do local “He´s got the honey”, que está com download gratuito no site da gravadora supra citada.
Praticamente todas as músicas do disco haviam sido tocadas, um pequeno intervalo quando Donita ajeita a guitarra e avisa “Ok, vamos tocar mais sons do L7 mas só estou fazendo isso por vocês. Dee e eu não tocamos essas músicas há pelo menos 8 anos então se acontecer algum erro, nos perdoe”. E o grande hit esperado, “Pretend we´re dead” pôs a casa abaixo. No finalzinho, ainda rolou o “A la la” do Cansei de Ser Sexy, num remix que deu super certo. Saem do palco sem mais delongas, o povo não agita o bis e termina assim.
A banda ainda tem muito a amadurecer a idéia do que será este novo projeto, afinal, foi só o começo. Foi uma honra tê-la de volta e ser o primeiro pais fora do EUA a prestigiar esta nova fase.
Agradecimentos especiais a: Lissa e toda equipe da London Calling, André Santos (assessor da Clash) e Renato da Ataque Frontal – sem a ajuda de vocês essa resenha não seria possível. Valeu galera!

Andréa Ariani
andreaariani@hotmail.com

Kittie em São Bernardo do Campo

Kittie, Chipset Zero e Embrioma
17/11/2007 – Espaço Lux – São Bernado do Campo/SP

Fora do circuito tradicional dos shows mais alternativos e com tudo para se tornar parte desse meio, o Espaço Lux abrigou no último sábado uma grande celebração do novo metal com duas boas representantes nacionais e uma das bandas gringas mais aguardadas pelos fãs do estilo: Kittie.
Entre outros fatores mas principalmente por falta de uma maior divulgação e devido as dimensões enormes do local, o público presente não conseguiu preencher todo o espaço disponível, mantendo uma média de umas 300 pessoas.
A primeira banda foi a Embrioma. Auto-intitulada como metal industrial, formada em 2004 no ABC,a Embrioma juntou músicos experientes de diversas bandas que tinham o objetivo comum de fazer músicas pesadas e intensas. O resultado dessa junção foi “The Demention.Frequency.Projekt”, álbum de estréia distribuido pela Midiacaos. E foram as músicas desse disco que estiveram no set :”Dementia Bullets” e “Masterpiece” que, respectivamente, abriu e fechou o show, já estão disponíveis no myspace. A banda tem uma ótima presença de palco e agitou muito a galera presente, mas só foi um pouco prejudicada pelo som embolado que chegava na pista. Mas os jogo de luz e o voz potente do vocalista André Rival (que gentilmente me cedeu o set depois do show) deram status de show de banda consagrada. As outras músicas foram “Invisible citizen”, “Reason”, “Seraphim´s Discord” e “Death spin”. O destaque da banda é o tecladista e programador Dektri. O cara é sinistro!
Mais gente chegando e circulando enquanto o palco era preparado para a segunda banda, a Chipset Zero. A conhecida banda de Guarulhos, com mais uma década de estrada e com a moral de já ter no currículo duas tours internacionais na Argentina, no Chile e dividido o palco com bandas como SepulturaKorzus e Slipknot no Chimera Festival em 2005, entrou na sequência para mais um show de divulgação de seu novo álbum “Red-O-Matic”. Foi um ótimo show com destaque para o som novo “Mental Cage”, que terá seu clip em breve lançado na MTV.
Para quem ainda não teve oportunidade de saber, o álbum independente tem participação de Edu Ardanuy do Dr Sin e do Egypcio, vocalista do (Tropa de Elite)Tihuana. Estar no cenário independente e também ou por isso mesmo abrir um show é algo que o vocalista Tubarão comentou durante a apresentação; que era um orgulho poder ver que o cenário está fortalecido e que todo mundo que tem ou sonha em ter uma banda também pode, um dia, estar ali também. O set fechou com “Switching power supply”, “Expired” e “Asphixia”. Agradecimento especial a Yayá, produtora da banda. Valeu pelo set!
E as cortinas se fecham para a montagem de palco do show mais aguardado. O camarote que dá a volta em toda a extensão do Espaço Lux já estava completamente tomado. O público estava bem dividido entre homens e mulheres, mas a maioria era mulher e ouvia-se alguns gritinhos histéricos a cada movimento nas cortinas ou passagem de sons dos instrumentos ou checagem de microfones.
Era quase dez horas quando a Kittie entrou no palco. Pela primeira vez no Brasil, as quatro super simpáticas canadenses começaram já incendiando a galera com “Breathe” do badaladíssimo novo álbum “Funeral for yesterday”. Este é o primeiro disco do Kittie após o fim da parceria com a Artemis Records e apresenta as novas integrantes, Trish Doan no baixo e Tara Macleod na guitarra. Para surpresa de alguns, a baixista Trish foi substituída por Ivy Vujic, que originalmente toca na banda In The Wake. Por motivos ainda não muito bem esclarecidos de um possível problema de saúde, Ivi assumiu o posto e o fez com muita competência. Houve até quem achou que ela combinou mais com a banda. Opiniões à parte, o show seguiu com “Oracle” e a maravilhosa faixa título do novo CD. Há uma versão acústica de “Funeral for yesterday” circulando na internet que também vale muito a pena já que a música é linda de qualquer jeito. Foi o ponto alto do show. Emocionante!
Agitando sem parar e fazendo os tradicionais chifrinhos com os dedos, o símbolo master do metal, as lindíssimas irmãs Morgan (guitarra e voz) e Mercedes Lander (bateria) e a espetacular guitarrista Tara, fazem as músicas ganharem muito mais força ao vivo, e nos discos elas já soam extremamente pesadas. Mais uma nova “Slow Motion” seguida por “What I always wanted” faixa título do álbum de 2001.
O público conhecia todas as músicas e cantou e gritou o show inteiro. No palco era empolgação mil. Isso provocou dois incidentes curiosos: um bom e outro ruim. O bom foi a inusitada sambadinha da vocalista Morgan (se alguém já achou o link do video manda pra cá) e a invasão de palco de um otário infeliz que sabe-se lá como, furou a barreira de segurança, subiu no palco e partiu pra cima da Morgan. Antes de ser arrastado pra fora, causou um belo arranhão no braço dela que ficou extremamente irritada e desconcertada. Causou revolta geral.
Sem maiores problemas, o show seguiu com “Look so pretty”, “Pain” e “Into the darkness” do álbum de 2004. O peso era constante e por isso mesmo o show ficou bem linear. Já se aproximava de uma hora de apresentação quando rolou “Mouthful of poison” e “Flower of flesh and blood”. As minas saem do palco pro “vou tomar uma aguinha e volto já” e na volta tocaram um Medley do Spit com a faixa título, “Charlotte” e a aguardada “Brackish”. O show fechou com a também nova “Never again”.
Super aplaudidas, agradeceram muitíssimo e Morgan prometeu: vão voltar. Foi um show digno e para fãs de verdade lavarem a alma, depois de tanto tempo de espera.

Andréa Ariani
andreaariani@hotmail.com

Brujeria e Claustrofobia em São Paulo

Brujeria & Claustrofobia
08/12/2007 – Inferno Club – São Paulo/SP

Eis que chega o nosso “querido” sabadão, e veio junto dele um calor insuportável na cidade.
No mesmo dia e na mesma rua (a Rua Augusta) teríamos o show do Brujeria no Inferno club, e mais tarde do outro lado da rua (no Outs) iria rolar a volta do Garage Fuzz.
Na Matinê do Inferno Club muito som pesado com as bandas Claustrofobia, e a tão aguardada, volta ao Brasil do Brujeria, que como vocês devem saber é formada de uma rapaziada de varias bandas diferentes. Para essa tour no Brasil a formação dos Brujos foi de: Shane Embury na guitarra (Napalm Death); Jeff Walker no baixo (Carcass); Adrian Erlandson na batera (Cradle of Filth/At the Gates); Juan Brujo no vocal e Fantasma no vocal.
Cheguei ao Inferno Club umas 19hs e subindo a rua, de longe já deu pra ver que tinha muita gente do lado de fora, além de um cartaz grande dizendo que os ingressos já estavam esgotados, então, já imaginei como estaria lá dentro. Do lado de dentro, o Inferno estava mesmo um Inferno (trocadilho sem graça hehehe).
Local completamente lotado, “estrumbado” de gente e um calor insuportável. Assim que entrei já se preparava para começar seu show a banda de abertura Claustrofobia. Com mais de 10 anos de estrada a banda talvez seja o maior nome do Trash metal / metal pesado no Brasil (exceção acho que ao Sepultura, ainda). Arruma daqui, corrige de lá e iniciam seu set destruidor, com músicas de todos os álbuns.
A galera recebeu maravilhosamente a banda paulista ao som de gritos e urros: CLAUS TRO FO BIA, e durante o show inteiro não paravam de abrir rodas animalescas. Até um piromaníaco com um isqueiro no meio da roda apareceu. O vocalista Marco mostra uma excelente presença de palco, um excelente esquenta pros Brujos.
Sem muita enrolação na troca de bandas e backlines, eis que sobe ao palco o Brujeria já mandando ver a música “Verga Del Brujo” e na sequência “Brujerismo”. A galera que já vinha “baqueada” de tanto agitar no show do Claustrofobia, nesse começo de Brujeria ainda tinha forças pra pogar e abrir rodas.
“Vayan Sin Miedo”, “Desperado” e “Colas de Rata” vieram em seguida. Juan Brujo e Fantasma (Vocais) mostravam bastante empolgação, falavam bastante com o público, principalmente Fantasma. Um ponto negativo que eu achei foi a falta de “seqüência” das músicas, tipo, tocavam uma música, paravam, tocavam outra, paravam, talvez tenha sido assim por causa do calor, não sei.
Juan Brujo, que exibia alegremente sua barriguinha considerável, recebeu uma bandeira do Brasil, a qual colocou em seu cinto, e logo depois uma gigante bandeira Del México que colocou em cima do Bumbo da bateria. E o show seguia com “Marcha de Ódio”, “El Desmadre”, “Mecosario”, “Hechando Chingasos” e “La Traicion”.
Juan Brujo e Fantasma fizeram até uma dancinha bacana, que me lembrou os nossos “arrasta Pés” nordestinos.
Estava muito difícil agüentar o calor, Juan Brujo por 2 vezes se retirou do palco para dar uma respirada, garrafas de gatorade foram colocadas junto a bateria pra tentar aliviar, e ligaram uns 4 ventiladores no palco, tudo ali na hora, enquanto o show rolava.
Á essa altura o publico também já demonstrava claramente que estava exausto, tanto que quando a banda inteira saiu do palco, nem tinham forças pra gritar BRUJERIA, pedindo aquele BIS. Após a banda se retirar do palco, um rapaz da organização foi ao Microfone esclarecer que eles estavam um pouco mal devido ao calor, mas que dentro de uns 10 minutos voltariam pra tocar mais algumas músicas.
Menos de 5 minutos depois eles voltam pra encerrar a noite, “La Migra” cantada por todos, “Divisior Del Norte”, e encerram o show com “Matando Gueros”, com Juan Brujo puxando uma baita “pexêra” nervosa, que eu vi de longe que era de verdade, dava pra ver o Fio de corte do facão, Ave Maria!
Na hora de ir embora rolou no som mecânico de “Macarena” na versão do Brujeria, que ao invés de macarena eles falam Marijuana. De véras um show interessante.

Thiago de Oliveira
thiagoneshc@hotmail.com

Marilyn Manson em São Paulo

26/09 – Marilyn Manson em São Paulo

Noite fria paulistana, mas o clima no Via Funchal era quente. Na porta da casa de shows estavam os comediantes do programa Pânico na TV, onde alguns fãs levaram a brincadeira na boa, e outros mais aficcionados não gostaram nem um pouco da presença deles.
Dentro da casa de shows e euforia era grande. Segundo organização, cerca de 6.000 pessoas estavam presentes no local.
As 22:30 sobem no palco guitarrista Tim Sköld, o baixista Rob Holliday, o tecladista Chris Vrenna e o baterista Ginger Fish, junto com o anticristo Marilyn Manson e tocam o novo single do seu último CD “Eat Me, Drink Meâ€? “If I Was Your Vampireâ€?, levando a platéia à loucura, seguindo com Disposable Teens e mOBSCENE. A energia que os fãs passavam era notória, mas infelizmente o Marilyn Manson não respondeu à altura. Todos esperavam uma performance cheia de surpresas e “bizarricesâ€? como são de costume nos antigos shows de sua banda, mas Brian Hugh Warner (nome verdadeiro do cantor) já está com 38 anos e dez discos nas costas. A meia-idade chegou, mas não é motivo para ficar parado no palco, Mr. Manson deveria seguir os passos de um de seus ídolos: Alice Cooper. Esperamos na próxima vez um Marilyn Manson passando por uma fase menos “depressivaâ€? e mais entusiasmada (e quem sabe uma produção de palco mais caprichada também?).

Setlist
“If I Was Your Vampire”
“Disposable Teens”
“mOBSCENE”
“Irresponsable Hate Anthem”
“Just a Car Crash Away”
“Sweet Dreams/Lunchbox”
“The Fight Song”
“Putting Holes In Happiness”
“Heart-Shaped Glasses”
“The Dope Show”
“Rock Is Dead”
“The Reflecting God”
“Beautiful People”

Marilyn Manson no Rio de Janeiro

25/09 – Marilyn Manson no Rio de Janeiro

7:30. Aos desavisados que passavam pelos arredores do Fundição Progresso se assustaram ou ficaram intrigados com os fãs caracterizados do Marilyn Manson que já formavam uma grande fila na agradável noite de terça-feira. 40 minutos após o show da banda de abertura Maldita (22:30), finalmente a espera termina.

O polêmico cantor Marilyn Manson estava no palco. Com microfone em forma de uma faca, Manson e sua banda iniciou com a nova “If I Was Your Vampireâ€? e logo seguindo com “Disposable Teensâ€? que agitaram o público presente, com rodas em diversos pontos na pista do Fundição. O ânimo esfriou quando o show foi interrompido por 5 minutos por problemas elétricos. Mas o problema logo foi resolvido trazendo o Anticristo novamente ao palco com o sucesso mObscene, fazendo a casa de show estremecer, mas ainda assim, perdendo para o cover do Eurythmics, “Sweet Dreamsâ€? cantada em um coro único, emendada por Lunchbox – o primeiro sucesso do cantor – que interagiu com a platéia fazendo cada lado do Fundição Progresso cantar mais alto. A agitação continuou com Fight Song, Dope Show, Rock Is Dead, entre outras. Após uma pequena pausa, o Mr. Manson volta ao palco cantando a clássica Beautiful People, encerrando a noite.

Os fãs continuavam na pista, gritando – “Manson!â€? mesmo após as luzes acessas esperando por mais alguma música, mas não adiantou. Muitos fãs saíram do show maravilhados com o espetáculo e ao mesmo tempo tristes por causa de um set list tão curto, depois de 10 anos de espera, deixando de lado hits como “This Is The New Shitâ€?, “The Nobodiesâ€?, “Love Songâ€? e “I Don’t Like The Drugs (But The Drugs Like Me)â€?.

Set list:
If I was a vampire
Disposable teens
mObscene
Just a car crash away
Sweet dreams/Lunchbox
Fight song
Putting holes in happiness
Heart-shaped glasses
Dope Show
Rock is dead
Reflection god
Beautiful people

Por: Danilo

Testament em São Paulo

Dia 25 de abril de 2007 um dia que ficará marcado na memória dos Bangers paulistanos que foram conferir a apresentação da lendária banda de Thrash Metal, Testament.

Chegamos na porta do Via Funchal por volta das 17:30, onde alguns fãs já estavam fazendo um pequena fila na porta da casa. Fila que praticamente não aumentou até a abertura dos portões as 20:30. Até aquele momento parecia que o publico iria ser bem pequeno, porém o publico foi aumentando bastante no decorrer da noite.

Com a casa quase cheia, e com muito atraso, o Scars subiu no palco por volta das 22:00. A banda que vem divulgando o seu EP Nether Hell, fez um set que misturou musicas inéditas e algumas mais antigas. A apresentação da banda foi prejudicada pelo som um pouco embolado, mas mesmo assim empolgou parte do publico presente. Encerraram com a música Hidden Roots Of Evil do EP Nether Hell.

Após o show do Scars, foi que me dei conta do quanto o Via Funchal estava cheio. Um publico surpreendente para uma quarta feira… os bangers Paulistanos estão de parabéns.

Já eram mais de 23:00 quando Nick Baker, Alex Skolnick, Greg Christian, Eric Peterson e Chuck Billy apareceram no palco. 18 anos sem tocar no Brasil, a empolgação do publico era enorme. Logo de cara tocaram a clássica The Preacher, o publico foi a loucura, muito empurra empurra, rodas gigantes abrindo na pista, moshs e todos cantando…incrível, eram milhares cantando como se fossem milhões. Em seguida vieram outros clássicos, The New Order (o publico cantou o refrão dessa musica tão alto, que era até difícil ouvir a voz de Chuck Billy), The Haunting, Eletric Crown e Sins of Omission. A ótima D.N.R foi a primeira musica do ultimo álbum de estudio, The Gathering, a ser executada, a musica empolgou bastante o publico, infelizmente o baterista errou no finalzinho da música… mas nada que esfriasse o publico sedento por mais musicas.

O show continuou sem que a energia diminuísse em momento algum. Todos os integrante foram bastante simpáticos e pareciam estar muito felizes de estarem ali tocando para um platéia tão fanática. Destaque para Alex Skolnick que falou e interagiu bastante com o publico e Chuck Billy, que além de ter um vocal poderoso também tem uma presença de palco única. Chuck lembrou a todos que era aniversario do baterista Nick Baker, e o publico respondeu cantando “Parabéns pra você”, o que deixou Nick bastante emocionado.

Após a execução de Over The Wall, a banda deixou o palco e voltou com mais dois clássicos absolutos, Alone In The Dark (muito pedida pelo público durante o show) e Disciples Of The Watch. A banda se retirou do palco mais uma vez e voltou para o bis com Burnt Offerings. Chuck e toda a banda agradeceram muito o publico e deixaram o palco ao som de muitos aplausos de um publico totalmente satisfeito com o showzaço que acabara de assistir.

Enfim, uma noite memorável, onde banda e publico fizeram um show inesquecível. E que dessa vez não demorem mais 18 anos para voltar ao Brasil !

Set List:

The Preacher
The New Order
The Haunting
Electric Crown
Sins Of Omission
D.N.R. (Do Not Resuscitate)
Three Days In Darkness
Trial By Fire
Practice What You Preach
Souls Of Black
The Legacy
Into The Pit
Over The Wall

Alone In The Dark
Disciples Of The Watch

Burnt Offerings

Por: Rafael Henrique de Souza

Evanescence no Rio de Janeiro

O show do ano para muitos, não passou de uma grande decepção para tantos outros. Tudo estava pronto para um mega espetáculo, que não passou de puro fogos de artifício. O Evanescence entrou no palco com quase uma hora de atraso em relação do programado, após as aberturas de Luxúria (muito elogiado pelo público) e Silicon Fly (?!?!?!).

A primeira canção executada foi “Sweet Sacrificeâ€?, arrancando delírios dos afoitos fãs que se esbofeteavam nas grades de proteção. Amy Lee surgiu como um raio em meio a cortina preta e branca que tampava o palco, executando os primeiros versos da música, enquanto os músicos Rocky Gray (bateria), Tim McCord (baixo), John LeCompt e Terry Balsamo (guitarras) ficavam com a responsabilidade de acompanhar a lírica vocal com os acordes de seus instrumentos.

Voltando aos fãs, foi só deles que Amy e sua trupe conseguiram arrancar gritos e choros de felicidade. A partir da segunda música, ficava claro que o show não tinha engrenado, estava tudo muito mecânico, sem brilho, sem emoção. A vocalista dos longos cabelos negros estava bem empolgada em cima do palco, mas não teve tanta interação com o público como costuma acontecer em outros shows pelo mundo (da própria banda). Por outro lado, não faltaram os clichês, como um “muito obrigadaâ€? da moça arriscando um português ou “Eu nunca vi um público como vocês antesâ€?, ou algo parecido.

Mesmo assim, o show prosseguiu, até chegar na música mais empolgante da noite, “Whisperâ€?, do álbum “Fallenâ€?. Sem dúvida foi a que levantou alguns pézinhos do chão, e foi onde a banda conseguiu uma interação maior com os presentes. Alguns problemas técnicos ocorreram na execução de “Lithiumâ€?, último single da banda, quando a luz deveria focar apenas a vocal (que estava no piano), o que só ocorreu há poucos minutos do final da canção.

O Evanescence se apresentou em uma produção de primeiro mundo. Palco gigantesco, “casaâ€? cheia, segurança de alto nível, boas instalações, mas tanto profissionalismo parece que deixou o show frio, quase que seguindo um ensaio a risca. Apesar de tudo, os fãs saíram satisfeitos. Afinal, foi a primeira vez do grupo no Brasil, o que demorou pra ocorrer e que deve demorar para se repetir.

A performance chegava ao fim com “Lacrymosaâ€?, do álbum “The Open Doorâ€?, com o típico coral de fundo, mas a banda retornou para um bis duplo, com “My Immortalâ€? e “Your Starâ€?, em um show que mesclou músicas do antigo e do novo CD.

A banda se despede do Brasil, após passar por quatro cidades, o que pode ter prejudicado um pouco o show no Rio de Janeiro, deixando o fator cansaço tomar conta do grupo, que deve ter levado à fraca e curta (72 minutos) apresentação. Mas fica a torcida para que nas próximas vezes, se houver, as circunstâncias sejam outras.

Por Felipe Vinha

Aerosmith em São Paulo

No dia 12 de Abril de 2007, São Paulo parou para ver uma das mais importantes bandas de Hard Rock que o mundo já conheceu.
Na noite dessa quinta-feira, o Aerosmith se apresentava ao público brasileiro depois de 13 longos anos sem se apresentar no país. Steven Tyler e cia estavam muito anciosos, prometendo tocar uma seleção de músicas especiais para o povo brasileiro.

Na platéia, era possível ver diversos tipos de pessoas, desde um True Headbangers, até garotas toda produzidas achando que estavam indo para a balada.
Mas isso não é para menos, visto que o Aerosmith é uma banda com um sucesso tão grande, que consegue atrair todo o tipo de público.

Quando a banda entrou no palco, o estádio do Morumbi tremeu. A empolgação das 60 mil pessoas presentes era muito grande!
A primeira música tocada pelo quinteto americano foi Love in the elevator, música tirada do álbum Pump.
Logo após, o Aerosmith surpreendeu a todos, principalmente seus fãs mais antigos, tocando a música Toys in the Attic.
A apresentação seguiu com diversos hits. Quando a banda tocou Crying, toda a platéia acompanhou Steven Tyler, cantando junto com ele, um dos maiores sucessos da banda.
No meio da apresentação, o Aerosmith ainda tocou músicas de Blues, inclusive com o guitarrista Joe Perry nos vocais.

Quando tocaram Dream On, era possível ver por todo o estádio do Morumbi milhares de isqueiros, e celulares ligados, acompanhando a banda nessa música que foi seu primeiro hit.

O Aerosmith ainda tentou agradar tanto fãs antigos, como fãs mais novos, tocando assim músicas como Draw the line, e Seasons of wither para os mais antigos, e músicas como Jaded, e I don’t wanna miss a thing para os fãs mais novos da banda.

Muita gente esperava hits como Crazy, Amazing e Mama Kin, portanto muitos saíram decepcionados do Morumbi. Porém, é impossível para uma banda como o Aerosmith tocar em uma apresentação todos os seus sucessos, visto que seu repertório é muito vasto.

Esta pode ser a última vez que a banda visita o Brasil, por isso este show ficará marcado na memória de todos que estavam lá no Morumbi!

O set list do show pode ser conferido logo abaixo:

“Love in an Elevator”
“Toys in the Attic”
“Dude (Looks Like A Lady)”
“Falling in Love (is Hard on the Knees)”
“Cryin”
“What It Takes”
“Jaded”
“Baby, Please Don’t Go”
“Stop Messin’ Around”
“Hangman Jury” / “Seasons of Wither”
“Dream On”
“Janie’s Got a Gun”
“Living on the Edge”
“I Don’t Want to Miss a Thing”
“Rag Doll”
“Sweet Emotion”
“Draw the Line”
“Mother Popcorn” / “Walk this Way”