Nazareth em São Paulo/SP

Tom Brasil – 01/11/2019
Texto: Adriano Coelho

 

A banda escocesa veio ao Brasil mais uma vez, essa foi a terceira vem em que eu tive o prazer de assistir aos veteranos, em 1995 vieram junto com o Uriah Heep, depois foi em 2004. Dessa vez as coisas seriam diferentes, o vocalista era outro, já que Dan deixou a banda em 2013.

O grupo foi formado em 1968, hoje conta com o bom vocal Carl Sentance (ex – Krokus), que estava trajando a camisa da banda britânica Def Leppard (em Curitiba usava a do AC/DC), antes chegaram a ter o vocalista Linton, da qual não deu muito certo. O Nazareth possui muitos álbuns de platina, o Canada é onde se concentra o maior numero de fãs, já que foram muitas vezes premiados no país da América do Norte. Eles possuem trabalhos clássicos como: No Mean City (1979) e alguns contestados, e o caso de Cinema (1986), eles que já tiveram tecladistas e dois guitarristas, ou seja, muita mudança ao longo dos anos.

Em relação a apresentação, é claro que sucessos como: “Dream On” e “Love Hurts” causam alvoroço na plateia, o baixista Pete pula muito com seus 73 anos, seu filho é o baterista da banda. O show prosseguiu com os clássicos “Love Leads to Madness”, “Razamanaz”, “Hair of the Dog”, apesar da presença de Carl, o antigo vocalista Dan faz falta, foram 18 musicas, abriram com “Turno n Your Receiver” e fecharam com “Go Down Fighting”, os paredões de Marshall continuam.  Eu senti falta da musica “Alcatraz”, mas, posso afirmar que foi uma sexta feira muito agradável.

Helloween e Scorpions em Florianópolis/SC

HELLOWEEN E SCORPIONS 2019 em Florianópolis/SC
28 de setembro de 2019

Fotos: Priscila Ramos
Texto: Raul Mateus Noering

 

O último sábado, dia 28 de setembro ficará eternamente marcado para aqueles que compareceram a Arena Petry em Florianópolis/SC. O local sediou o festival Rock ao Vivo e teve a honra de receber os veteranos do Scorpions e Helloween. As bandas vieram para o Rock in Rio e estão em turnê pelo Brasil com seus históricos shows.

 

Desde cedo já havia uma grande aglomeração de fãs em frente ao local. Pessoas de cidades e estados vizinhos compareceram em peso e podíamos ver várias gerações de fãs. As filas para os setores davam voltas ao redor da Arena Petry. A Arena Petry é considerada o maior completo multiuso do sul do Brasil e foi inaugurado no final de 2018. O local mostrou acomodar muito bem as pessoas e trouxe uma boa acústica apesar de ser fechado.

 

Pontualmente às 21h subiu ao palco o Helloween. A banda que possui mais de três décadas de carreira foi fervorosamente recebida pelos fãs. O show foi curto já que é uma redução do set de mais de duas horas que a banda apresenta na “Pumpkins United World Tour”. A junção dos vocalistas Andi Deris e Michael Kiske e o guitarrista Kai Hansen esbanjou sinergia, os integrantes têm uma presença de palco incrível. A banda começou com I’m Alive, seguida de Dr. Stein. A terceira música foi Eagle Fly Free e o coro foi alto. Michael é a grande atração e mantém seus vocais altíssimos e performance muito bem executada. Já Andi Deris é o que mais se comunica com o público. As faixas mais cantadas foram sem dúvida Power e I Want Out, sendo essa a última música executada do show e onde a banda jogou balões laranja com a abóbora estampada para entreter (ainda mais) o público.

 

 

Setlist Helloween:

I’m Alive

Dr. Stein

Eagle Fly Free

Perfect Gentleman

Ride the Sky

A Tale That Wasn’t Right

Power

How Many Tears

Future World

I Want Out

 

Era próximo das 22h30 quando Scorpions subiu ao palco e a banda já chegou executando “Going Out With A Bang”, de seu mais recente álbum “Return To Forever”. A banda fez uma viagem no tempo, com os clássicos hits e com músicas novas. Mesmo após 45 anos de banda, o Scorpions mostrou o porquê é uma lenda e provou que idade é só um número já que continuam com a mesma energia e talento.

O show teve direito às baladas Send Me an Angel e Wind of Change que foram altamente cantadas pelo público.

Klaus Meine (vocal), Rudolf Schenker (guitarra), Matthias Jabs (guitarra), Pawel Maciwoda (baixo) e Mikkey Dee (bateria) entregaram um espetáculo impecável no que diz respeito à técnica, áudio e presença de palco. O vocalista Klaus Meine esbanjou simpatia e jogou algumas baquetas para o público. O baterista Mikkey Dee deu um impressionante show à parte com um poderoso solo de bateria em uma plataforma suspensa por correntes.

A banda ensaia um término do show após o clássico “Big City Nights”, mas logo em seguida retorna e nos brindam com seus maiores hits, “Still Loving You” e “Rock You Like a Hurricane” fechando com maestria esse show histórico. Uma noite memorável.

 

 

Setlist Scorpions:

Going Out With a Bang

Make It Real

The Zoo

Coast to Coast

Top of the Bill / Steamrock Fever / Speedy’s Coming / Catch Your Train

We Built This House

Delicate Dance

Send Me an Angel

(Acoustic)

Wind of Change

Tease Me Please Me

Drum Solo

Blackout

Big City Nights

 

Encore:

Still Loving You

Rock You Like a Hurricane

 

River Rock Festival 2019 em Indaial/SC

RIVER ROCK FESTIVAL 2019 em Indaial/SC
06, 07 e 08 de setembro de 2019

Texto e Fotos: Priscila Ramos e Raul Mateus Noering

 

Nos dias 06, 07 e 08 de setembro de 2019 aconteceu mais uma edição histórica do River Rock Festival. O festival que é um dos remanescentes do estado possui uma estrutura própria desde a edição do ano passado em Indaial, chamada de Rota 66.

 

Esse ano o festival contou com uma novidade: apenas bandas inéditas se apresentaram, e com isso contou com um cast de peso: Ratos de Porão (sem o João Gordo já que o mesmo se encontra em recuperação de uma pneumonia), King Bird, Justabeli, Anthares, Sinaya, Legacy of Kain, entre dezenas de outras bandas, e, claro, também contou com a atração internacional Legion of the Damned, diretamente da Holanda.

 

Chegamos ao evento por volta das 20h de sexta-feira e com isso já havíamos perdido uma apresentação. Na hora em que chegamos subiu ao palco a banda Legacy of Kain do Paraná, o que, em minha opinião, já vimos que seria a nossa banda preferida da noite. A banda de thrash/groove metal fez uma apresentação impecável e juntou uma boa parte do público na frente do palco para curtir o som. Logo em seguida subiu ao palco a banda Anthares de São Paulo. Os caras já tocaram aqui em Santa Catarina em alguns festivais e sempre mandam muito bem. Logo após se apresentou o Ratos de Porão. Sem o João Gordo, Jão, Boka e Juninho conduziram muito bem o show e agitaram o público presente. A banda está em uma turnê comemorativa dos 30 anos do álbum ‘Brasil’ e vem executando o mesmo na íntegra em suas apresentações. Cumpriram o papel e deixaram o público satisfeito. Ainda tocaram na noite e madrugada de sexta-feira as bandas PZZ e Cosmic Soul.

 

No sábado de manhã os shows tiveram início às 11h com a banda Apócrifos de São Francisco do Sul. O grupo que conta com integrantes das bandas Luciferiano e Steel Warrior vem marcando presença constante nos festivais de Santa Catarina e não decepciona. Tocaram também as bandas Balboas Punch, 100 Dogmas, Obscurity Vision e The Undead Manz. Durante a tarde também tocou a banda Gueppardo de Porto Alegre que apresentou um som hard e heavy metal clássico dos anos oitenta e juntou boa parte do público. Logo após subiu ao palco o projeto do Deny Bonfante (músico da Perpetal Dreams) e foi bem ovacionada pelo público. Tocou a banda Sinaya de São Paulo e surpreendeu pela qualidade musical e por ser uma banda comandada em sua grande parte por mulheres. Após a Sinaya era a vez da horda Justabeli de São Paulo, o trio possui essência bélica e satânica e se diferencia nessa vertente black metal das demais bandas. Sua presença de palco chama muito a atenção e o trio juntou uma boa parte do público para prestigiá-los. Logo em seguida subiu ao palco a King Bird de São Paulo. A banda de hard rock era uma das apostas da noite e não desapontou o público.

Em seguida era a vez da Arandu Arakuaa. A banda que mescla folk e heavy metal à música indígena e regional brasileira surpreendeu o público. A banda foi muito aclamada, certamente foi um dos destaques da noite. Logo após, tocou a banda Serpent Rise de doom metal de Santa Maria.

Era a hora da atração internacional Legion of the Damned. A banda de death/thrash metal é presença constante em festivais da Europa e focam nas temáticas ocultismo, horror e eventos apocalípticos em suas letras. O show estava marcado para as 23h30 porém houve um pequeno atraso de quase 1 hora para a preparação do som. Não estava tão cheio no momento do show, porém a banda pareceu não se importar e entorpeceu os fãs com riffs massacrantes e solos de guitarra altamente técnicos. O vocalista Maurice Swinkels interagiu com o público e agradeceu a todos pela presença.

As bandas Carcinosi, Raging War e Overblack fecharam a noite e madrugada de sábado para domingo.

 

No domingo chegamos ao festival por volta das 13h e já haviam tocado algumas bandas. Conseguimos pegar ainda as 3 bandas finais: Vermouth, No One Spoke e Cowboys From Hell mandando um tributo ao Pantera para ninguém colocar defeito. Destaque para a banda catarinense No One Spoke, que conta com duas musicistas ligadas à música clássica e une com o peso resultando em um symphonic metal de qualidade. A banda foi muito elogiada pelo público.

 

Vale muito a pena citar a ótima estrutura de som e iluminação. Os dois telões nas extremidades do palco fizeram toda a diferença. A qualidade das bebidas e alimentação também vale elogio. Infelizmente o público não compareceu tanto quanto na edição passada, não sabemos se foi por causa do tempo chuvoso que predominou na sexta e no sábado (em compensação no domingo o sol veio com tudo). De qualquer forma o River Rock mais uma vez não deixou a desejar e cumpriu o que prometeu. Em 2020 a organização já se adiantou: serão 4 dias de festival! Agradecimentos especiais ao Adilson, Regiane, Ariel, Larissa, Adriano e muito sucesso ao River. O Agenda Metal espera contribuir com a divulgação e cobertura nas próximas edições.

 

LEGACY OF KAIN

 

ANTHARES

 

RATOS DE PORÃO

 

APÓCRIFOS

 

 

 

BALBOAS PUNCH

 

GUEPPARDO

 

 

SINAYA

 

JUSTABELI

 

KING BIRD

 

ARANDU ARAKUAA

 

LEGION OF THE DAMNED

 

 

Armageddon Festival 2019 em Joinville/SC

ARMAGEDDON FESTIVAL 2019 em Joinville/SC
01 de junho de 2019
Expoville

Texto e Fotos: Raul Mateus Noering e Priscila Ramos

Demorou mas aconteceu a segunda edição do tão aclamado Armageddon Metal Fest em Joinville-SC no sábado dia 01 de junho. A primeira edição aconteceu em 2014 e desde então o público esperava ansiosamente por uma segunda edição. Os últimos dias que antecederam o festival só se falavam nisso nas redes sociais, claro, muito em função do cast matador: a volta do Shaman, os gregos do Rotting Christ, Ratos de Porão, Motorocker, Gangrena Gasosa, Semblant, Tuatha de Danann, The Mist, The Secret Society, Symmetrya, Flesh Grinder, Violent Curse, Blackmass, Huey e Total Detah, ou seja, 15 bandas e mais de 12 horas ininterruptas de show para ninguém colocar defeito.

O festival estava previsto para iniciar 14h e logo que chegamos na Expoville já avistamos um “mundaréu” de headbangers e ônibus de excursões. A entrada estava organizada com filas separadas para quem iria comprar ingresso na hora e para quem já havia comprado. O credenciamento também foi bem tranquilo.

A semana que antecedeu o festival caiu muita chuva em Santa Catarina, tanto que havia certa preocupação em como seria se no sábado chovesse torrencialmente. Pois bem, no sábado choveu e o evento estava preparado para isso, pois mesmo que o local dos shows era coberto a parte externa onde ficava a praça de alimentação e a entrada do evento também estavam devidamente protegidos da chuva. E o principal de tudo, nem mesmo a chuva intimidou o público que marcou presença em peso.

Assim como na primeira edição, a estrutura contou com 2 palcos (Palco Red Records e Palco Armageddon) o que possibilitou 12 horas de som com poucos minutos de intervalo. Quando o relógio marcou 14h, pontualmente a banda Violent Curse subiu ao palco. Havia um pit para fotógrafos na frente do palco o que facilitou e muito a cobertura. Logo em seguida subiu ao palco a banda curitibana Semblant mandando ver um death metal melódico de muita qualidade. Fazia muito tempo que eu não assistia Semblant (mais de 6 anos) e me impressionou como a banda evoluiu e cresceu. A presença de palco é fantástica, certamente não demorarei mais tanto a assistir um novo show deles. Logo depois era a hora da banda Huey de São Paulo uma banda instrumental que mistura de Rock, stoner e heavy metal. Quando era 15h45, ainda no mesmo esquema pontual, subiu ao palco o Tuatha de Danann, banda mineira de folk metal e agitou muito o público presente. Depois era a hora de black metal com a horda Blackmass de Cascavel e depois veio a já conhecida Flesh Grinder, banda de splatter de Joinville. 17h50 subia ao palco a banda Symmetrya também de Joinville e logo depois a banda The Secret Society de Curitiba mesclando hard rock com pós-punk o que rendeu muitos elogios a banda, ouvimos muitos comentários positivos do público em relação à apresentação. E então era a hora do The Mist que se uniu para comemorar o 30º aniversário de sua fundação e do lançamento de seu primeiro álbum Phantasmagoria. A banda era muito esperada pelos fãs e público presente. 20h subiu ao palco a banda Gangrena Gasosa, a primeira e única banda de Saravá Metal do Brasil que mistura de metal com hardcore e pontos de umbanda. O show deles é um verdadeiro espetáculo, com seus integrantes fantasiados de entidades e suas letras em português bem humoradas e ao mesmo tempo ácidas. Quem viu curtiu e não se arrependeu.

Logo em seguida subiu ao palco João Gordo e sua trupe com o Ratos de Porão, que dispensa apresentações. A banda vem celebrando os 30 anos da gravação do disco “Brasil”, um de um dos seus principais álbuns gravado em junho de 1989 e tocou o disco na íntegra.

21h45 estava previsto para iniciar Shaman, muito aguardado pelos fãs, afinal, após 12 anos a banda reúne a formação original para um show de quase 2 horas. Nesse momento houve um pequeno atraso de aproximadamente 15 minutos, porém a espera valeu muito a pena. André Matos, Hugo Mariutti, Luis Mariutti, Ricardo Confessori e Fabio Ribeiro levaram o Armageddon abaixo com os álbuns “Ritual” e “Reason”. O show ainda contou com o vídeo onde o André Matos explica os motivos da reunião. A apresentação foi sensacional do começo ao fim e com certeza os presentes saíram satisfeitos por ter assistido esse show histórico. Nesse momento o público não fazia ideia de que aquele poderia ser o último show que veriam do André Matos visto que exatos 7 dias depois o músico pegou todos de surpresa e faleceu de um ataque cardíaco. Inacreditável depois de vê-lo em cima daquele palco com aquela energia, voz e disposição… Uma enorme perda no metal nacional. Hoje escrevendo essa resenha me sinto honrada em ter presenciado sua voz e seu talento inigualável e ter visto seu penúltimo show.

Logo após as quase 2h de show do Shaman era a hora dos gregos do Rotting Christ. E novamente eu assistiria a um show deles, já é o sexto show que presencio e não me canso, afinal, o que é bom merece ser revisto centenas de vezes. O show estava previsto para iniciar 23h55, porém em função do atraso que houve no Shaman refletiu no restante dos horários e o Rotting Christ subiu ao palco com aproximadamente 15/20 minutos de atraso, porém muito compreensível. A banda veio ao Brasil para divulgar o álbum “The Heretics” o que em minha opinião foi o melhor lançamento de 2019. Além disso, a banda também conta com uma nova formação, além dos irmãos Sakis e Themis, agora completam o lineup Giannis Kalamatas na guitarra e Melanaegis Lykaionas no baixo. Rotting Christ como sempre não decepciona. Começaram com a faixa Hallowed Be Thy Name do novo álbum e emendaram com Kata Ton Daimona Eaytoy do álbum de mesmo nome lançado em 2013. Ainda do álbum The Heretics tocaram Fire, God and Fear e Dies Irae. Tocaram músicas do penúltimo álbum Rituals além de clássicos que não faltam em um show da banda: The Sign of Evil Existence, Non Serviam e Societas Satanas cover do Thou Art Lord (projeto paralelo do Sakis com Magus do Necromantia). Os gregos foram muito ovacionados pelo público, a entrega da banda durante o show é sensacional e só comprova que a cada ano que passa a performance ao vivo e a qualidade do som só melhoram. No final eles foram extremamente simpáticos e atenciosos e conversaram com os fãs.

Após Rotting Christ era a vez de um dos maiores nomes do rock’n roll brasileiro: Motorocker. A banda curitibana agitou e divertiu o público restante com muita energia e qualidade. E então era a hora da última banda e o festival estava perto do fim: era perto das 02h30 e subiu ao palco a banda Total Death do Equador. A banda tinha muita energia ainda e detonou com seu death metal de qualidade e agitou o público remanescente, infelizmente já não estava mais tão cheio, pois 12 horas de apresentações foi puxado, os corredores da Expoville encontravam-se cheios de headbangers cansados, sentados e até deitados ávidos por um cochilo.

O festival contou ainda com área de merchandising, guarda-volumes, área de vendas de cervejas, água e refrigerantes (ouvi comentários de que faltou agradar os que gostam de bebidas destiladas). A praça de alimentação contava com foods trucks e chope, tudo de alta qualidade e a preços acessíveis.

Enfim, o festival foi fantástico e de alto nível. Um dia que os fãs de metal dificilmente esquecerão. Torcendo muito para que o Armageddon entre no calendário anual de festivais.

Vale frisar que a estrutura do palco estava impecável juntamente com um ótimo sistema de luz e som. O Agenda Metal parabeniza e agradece imensamente a organização: Fernando Zimmermann, Rodrigo Zimmermann, André Smirnoff, Lucas Scaravelli e em especial ao Clovis e Kenia pelo suporte com a imprensa.

BLACKMASS

FLESH GRINDER

GANGRENA GASOSA

HUEY

MOTOROCKER

RATOS DE PORÃO

ROTTING CHRIST

SEMBLANT

 

SHAMAN

SYMMETRYA

THE MIST

THE SECRET SOCIETY

TOTAL DEATH

TUATHA DE DANANN

VIOLENT CURSE

Otacílio Rock Festival 2019

OTACÍLIO ROCK FESTIVAL em Otacílio Costa/SC
15, 16 e 17/02 de 2019

Parque de Exposições Cambará

Texto e Fotos: Raul Mateus Noering e Priscila Ramos

Este é o primeiro ano que o Agenda Metal cobre o já renomado Otacílio Rock Festival na cidade de Otacílio Costa em Santa Catarina. O festival já está em sua 13ª edição e é considerado um dos principais festivais de metal do sul do país.

O festival acontece no Parque de Exposições Cambará e contou com uma estrutura excelente: salão coberto para a área de shows, espaço para venda de merchan, banheiros, bar com muita cerveja gelada, vasta área verde para camping e alguns espaços cobertos para acampar em caso de chuva. E foi o que aconteceu: houve chuva de sexta a domingo, mas nem isso foi empecilho para a galera não curtir. Muitas lonas e tendas para proteger as barracas deram conta do recado. A estrutura ainda contou com praça de alimentação e espaço kids (muitas crianças também marcaram presença acompanhadas de seus pais).

A equipe chegou no evento por volta das 20h de sexta-feira e pontualmente às 20h30 iniciou a primeira banda, a Balboa’s Punch. Os caras mandaram um thrash metal pra ninguém colocar defeito, fizeram covers do Kreator além de sons próprios e abriram o festival com chave-de-ouro. Em seguida tocou a Pain of Soul, banda de doom metal de Blumenau e logo depois subiu ao palco a Raging War, banda de thrash metal de Brusque que vem se destacando forte no cenário catarinense. Ainda na sexta-feira tocou a banda Conspiracy 666 e Tressultor ambas bandas catarinenses. Esse ano o festival começou na sexta-feira (antes o festival sempre iniciava no sábado) e pelo que parece deu muito certo, pois já na sexta-feira estava cheio.

Sábado a primeira banda a subir ao palco foi a Jhonny Bus, banda catarinense de hard e heavy metal. Agitaram muito o público presente com vários covers. Tocaram também a Rest in Chaos, Spitirual Devastation e Frade Negro, bandas catarinenses que agitaram muito a galera. A primeira banda fora do estado da noite foi a Chaos Synopsis de São Paulo e detonou com seu thrash/death metal. Tocou ainda a já aclamada banda de death/black metal Posthumous de Criciúma e em seguida veio ao palco a banda Genocídio de São Paulo, uma grande espera da noite que nos presenteou com seu detah metal de qualidade. Então era a hora do show mais aguardado da noite: a banda Whiplash dos Estados Unidos em seu único show no Brasil. Houve um pequeno atraso para montagem dos equipamentos e o show que estava previsto para iniciar às 21h começou às 22h, mas totalmente compreensível e assim que iniciou não deixou ninguém parado. Foi o momento em que o salão principal esteve mais lotado durante todo o festival, ninguém queria perder essa lenda. O sábado ainda contou com shows das bandas Final Disaster de SP, Krucipha do Paraná que retornou ao festival depois de 7 anos, Carniça do Rio Grande do Sul e Angry de São Paulo. No sábado ainda ganhamos 1 hora a mais já que terminou o horário de verão e adiantamos os relógios em 1 hora.

No domingo, último dia de festival os shows começaram as 9h30 com a banda Xei/Sons in Black e em seguida Silent Empire. Muito interessante essa última com uma mulher na guitarra mostrando a força feminina no Death Metal. Marcou o debut a banda Witchestown com seu primeiro show e não decepcionou, mandaram um heavy metal com muita técnica e empolgou o público presente. Logo em seguida subiu ao palco a banda Syntz de heavy metal e agitou muito o público, chegando a descer para tocar na plateia que cantou as músicas da banda do início ao fim. Ainda tocaram as bandas Metal Gods com seu tributo ao Judas Priest, Legado Frontal e finalizou a Hillbilly Rawhide de country rock do Paraná.

Vale ressaltar que a estrutura do palco estava impecável juntamente com um ótimo sistema de luz e som.

Enfim, foram 3 dias de muito metal, muita cerveja gelada e encontro entre amigos em meio a natureza. O Agenda Metal agradece a parceria e a organização do Otacílio Rock Festival e espera contribuir com a cobertura nas próximas edição.

 

Balboa’s Punch

 

Raging War

Tressultor

 

Frade Negro

 

Chaos Synopsis

 

Posthumous 

 

Genocídio 

 

Whiplash 

 

SynTZ

 

Festival Maniacs Metal Meeting 2018

MANIACS METAL MEETING em Rio Negrinho/SC
30/11, 01 e 02/12 de 2018
Fazenda Evaristo

Texto e Fotos: Raul Mateus Noering e Priscila Ramos

Este é o segundo ano que o Agenda Metal marca presença no Maniacs Metal Meeting em Rio Negrinho-SC, o primeiro foi em 2016 (confere a resenha aqui: https://agendametal.com.br/Noticia/7509).

A equipe chegou na Fazenda Evaristo, mesmo lugar que aconteceu as duas primeiras edições, por volta das 21h de sexta-feira. Chegamos no festival na hora em que estava tocando Dominus Praelii, banda londrinense de heavy metal. Já haviam tocado as bandas Verbal Attack de Jaraguá do Sul e Flageladör, grande nome do underground nacional. Logo em seguida veio a banda Velho, banda de Black Metal do Rio de Janeiro e fizeram uma ótima apresentação juntando boa parte do público. Ainda na sexta-feira passaram pelo palco as bandas Rebaelliun, 7 Peles, Still Life e Lacrimae Tenebris. Destaque para a banda Still Life de Florianópolis que esse ano completa 20 anos de estrada, e que mesmo estando inativos por alguns anos estão fazendo alguns shows para celebrar a data, um belo presente para os fãs das antigas.

As apresentações aconteceram dentro do salão principal, a estrutura do palco estava impecável juntamente com o sistema de luz e som. Havia pit para fotógrafos e isso facilitou bastante a cobertura da imprensa.

No sábado os shows começaram por volta das 12h30 com a apresentação do músico Rope Bunny no estilo “one man band” e empolgou o público presente. Depois veio a banda Grimpha de Curitiba com um Death Metal pra ninguém colocar defeito. Logo em seguida subiu no palco a banda Symmetrya de Joinville com um som de qualidade e então se apresentou a banda Eskröta com suas letras antifascistas. Ainda no sábado no final da tarde e começo da noite se apresentaram as bandas CrotchRot, Rot, Paradise in Flames, Cemitério e Creptum. Destaque para a banda Creptum de Black Metal de São Paulo que fez um setlist memorável e apresentação impecável sendo muito elogiada após o show. Tocaram ainda as bandas Facada, Murder Rape, The Evil, Sad Theory, Trator BR, Opus Tenebrae. Um grande destaque da noite foi a apresentação marcante da banda de black metal Murder Rape de Curitiba que já estava há 14 anos sem fazer shows. Outro destaque foi a banda de doom The Evil vinda diretamente de Minas Gerais. O som sombrio, seus trajes que não revelam sua identidade e os vocais líricos da vocalista Miss Aileen surpreenderam.

No sábado ainda houve, como atração extra, a apresentação do grupo Falak’s que aconteceu no lado de fora do salão, uma apresentação envolvente unindo dança do ventre e fogo. Ainda falando de atração extra, na sexta e no sábado durante o intervalo entre uma banda e outra, a dançarina Priscila Gunn fez uma performance no estilo “strip chic” para o público presente.

 

Infelizmente foi cancelado o show da banda Holocausto que se apresentaria no sábado. A baixa se deu em função do cancelamento do voo com a companhia aérea. Uma baita falta, mas sabemos que esse tipo de problema pode acontecer e que nada tem a ver com a organização ou a banda que não mediram esforços para tentar reverter a situação. Em função desse cancelamento houve algumas alterações no cronograma de apresentações.

No domingo os shows começaram por volta 11h com os catarinenses do Deadnation. Logo em seguida subiu ao palco a banda Decadência com um som folk, e, a banda de apenas dois integrantes, agitou o público presente. Também tocaram no último dia de festival as bandas Wargore, Offal, Hutt e, fechando o Maniacs, a banda Sextrash.

 

Em relação à estrutura, o evento novamente não deixou a desejar e continuou com o mesmo padrão de qualidade desde a primeira edição, inclusive sendo comparado a festivais internacionais. Novamente foi utilizado as pulseiras RFID, sendo que era feito um cadastro individual e cada um recebia uma pulseira com um código único e era necessário colocar crédito em sua pulseira para efetuar compras no local (bebidas e comidas). Houve alguns momentos em que a internet caia e o sistema ficava fora impossibilitando qualquer tipo de compra, acreditamos que isso deva ser revisto para a próxima edição. Banheiros limpos, opções de comidas (inclusive para vegetarianos e veganos), almoço com Buffet livre, bebidas, diversas lojas participantes com vendas de artigos, merchandising oficial do Maniacs Metal Meeting, opções de lazer como tirolesa e rapel, segurança e pronto atendimento de plantão e, claro, um vasto espaço verde para acampamento, tudo muito organizado. Vale fazer um adendo sobre o bar, esse ano a organização resolveu deixá-lo aberto por 24 horas durante todo o evento já que o mantra “Abre o Bar” viralizou nas redes sociais e, inclusive, virou até estampa de uma das camisetas oficiais do Maniacs, porém em muitos momentos a equipe do bar não dava conta da demanda formando filas, muitas vezes em função do sistema que estava lento por causa da oscilação da internet, acreditamos que é outro ponto a ser revisto.

Na sexta-feira o tempo ficou encoberto e teve algumas pancadas de chuva, porém no sábado e no domingo o sol predominou e a temperatura foi típica da serra catarinense para o mês de dezembro, calor durante o dia e fresco durante a noite, ou seja, o clima contribuiu e muito para a alegria de todos.

O que não podemos deixar de comentar é sobre a impecável organização da equipe de imprensa do MMM que desde o início prestou um excelente suporte e nos abasteceu com todas as informações necessárias para o desenvolvimento do trabalho.

Enfim, foram 3 dias de muito metal, encontro entre amigos e muita cerveja em meio a natureza. Desejamos vida longa ao Maniacs Metal Meeting e que tenha muito fôlego para muitos anos de festival. O Agenda Metal agradece a parceria e espera contribuir com a cobertura nas próximas edições.


7 PELES


CEMITÉRIO



CROTCHROT

 

ESKROTA

    

 

FACADA

    

REBAELLIUN

STILL LIFE

    

VELHO

     

 

The Sonics em São Paulo no Audio Club

Resenha: The Sonics em São Paulo

Audio Club 05/03

Texto: Adriano Coelho

Muitos são considerados o pai do punk, esse atributo já foi do MC5, do Stooges e, até de algumas bandas glan rock setentistas que fogem totalmente do mundo punk. Mas por data, sempre achei que o The Sonics merecia esse título, para muitos, a banda vive exclusivamente de anos de 1960, sim, foi à época aura da banda, onde eles gravaram três álbuns, mas, só para lembrar, eles nunca pararam, seja para gravar álbuns, ou para fazer shows.

O show, que foi pouco anunciado e, muitos nem sabiam que eles viriam, teve patrocínio da Levis e, bastante convidados com algumas celebridades.

Mesmo assim, o publico em plena quinta-feira, era grande, antes disso rolou som mecânico, especial anos de 1960, um dos DJs era João Gordo. Gerry Rosie o vocalista, está com pique, não desafina e, muito menos perdeu o estilo rock n roll, apesar de seus mais de setenta anos, infelizmente da formação original, o baterista e o baixista não puderam vir.

Eles abrem com um dos clássicos, “Cinderella”, e começam a emendar uma musica atrás da outra, no melhor estilo punk, posso afirmar que a quinta musica, “Have Love Will Travel” foi onde o publico se soltou e, alguns moshs começaram a surgir, já que de forma errada, o show não tinha barricada, aproximando demais o publico da banda, ou seja, as invasões foram inevitáveis. “Keep a Knockin”, “Boss Hoss”, “Money”, “Louie Louie”, “Psicho Love” foram as que foram cantadas com mais entusiasmo, claro que pelas pessoas que conheciam a banda, como eu já disse tinha convidado demais.

Eles voltam, e tocam mais três musicas, entre elas a clássica “Strychnine”, a banda encerra o show, vai ao publico para agradecer o carinho. Sim, eles fizeram a parte deles, pena ser uma banda desconhecida para a maioria do publico rock, mas isso é um mero detalhe.

Tigers of Pan Tang & Picture em São Paulo no Carioca Club

Tigers of Pan Tang & Picture em São Paulo

Carioca Clube 13 de Março

Texto: Adriano Coelho

Literalmente dois ícones da chamada New Wave of Brithish Heavy Metal, se apresentaram no Brasil, eles não ficaram famosos como ícones Manowar, Saxon e Accept, muito menos da super banda Iron Maiden, mas, quem ainda cultiva o espirito anos de 1980, com certeza sabe a importância dessas duas bandas.

A primeira a se apresentar foram os britânicos do Tygers of Pan Tang, a banda que desde 1999 faz apresentações ininterruptas, depois de uma pausa de doze anos na carreira, lançando inclusive um trabalho em 2012, o guitarrista Rob Weir é o único da formação original, o grupo tem os três primeiros álbuns, considerados como um marco na historia do metal, são eles Wild Cat, Spelbound e Crazy Nights. Mas, infelizmente hoje não é o lendário vocalista Jess Cox que faz parte do time, é sim, o esforçado Jacopo Meille, lembrando que eles já tiveram como guitarrista John Sykes, que depois atuou no Whitesnake e Thinn Lizzy. A banda entra em cena, o pouco publico fica no delírio, abrem com “Euthanasia”, o show segue com “Wild Catz”, “Insanity”, “Helbound”, mas, vou afirmar que as que mais causaram alvoroço, foram: “Love Don’t Stay” e “Gangland” levaram quinze musicas, e encerraram com a clássica “Love Potion nº 9”, aquele show que agitou, mas, a banda mostra limitações, talvez falta mais entrosamento.

Os holandeses do Picture eram a próxima atração, também tocaram quinze musicas, o baixista Rinus é o remanescente da primeira formação, além do vocalista Pete, que está no conjunto desde o segundo álbum, a banda que é dona de álbuns clássicos da musica pesada como Diamond Dreamer e Eternal Dark, apenas vinte minutos de intervalo, de uma banda para a outra e, o Picture está no palco, eles estavam com mais gás, mais vontade e mais ensaiados que os britânicos, lembrando que o baixista há um tempo atrás, sofreu um AVC, que quase encerra sua carreira, e foi um petardo atrás do outro, “Message from Hell”, “Diamond Dreamer”, “You’re all Alone”, “Bombers”, “Choosing Your Sign”, fechando com uma das preferidas do publico “Lady Lightning”, o baterista Bakker arremessou as baquetas, apesar do Picture ter sido melhor, as bandas saíram com moral, pela determinação e, dedicação que o tempo não apaga, além de ambas terem conversado e muito com o publico, Destaque negativo, foi de dois babacas na plateia, um que estava incomodado com as manifestações que ocorriam na paulista, e gritava que metal de direita, não podia existir, que metal tem que ser de esquerda e, outro banal, que berrava que apesar de velho, ainda era bom de briga, dando soco no peito, ou seja, idiotice, também não é apagada com o tempo.

Face to Face e Pennywise em São Paulo no Audio Club

Face to Face – Pennywise

São Paulo: Audio Club 06/11

Texto: Adriano Coelho

Duas bandas literalmente expoentes do hardcore californiano se apresentaram juntas no país, isso já havia acontecido em 2012, no festival Wros, coincidentemente ambas surgiram em 1991 muita coisa aconteceu na história de ambas, principalmente com o Pennywise, que chegou a trocar de vocalista – mas, Jim acabou voltando – suicídio do baixista em 1996, entre outros fatos, já o Face deu um intervalo entre 2004 e 2008, ou seja, casos para contar.

Face to Face: O vocalista Trever provou ser um ótimo frotman, literalmente fez com que todos os presentes se agitassem, mesmo aqueles que estavam lá para assistir apenas a banda principal, a sequencia rápida, sem muito papo, fez com que o local ficasse literalmente punk, muito pogo e, um som ao vivo, que impressionou até quem não tinha um grande conhecimento sobre a banda, “You ve Done Nothing”, “Walk the “Walk” – a que mais agitou, “Blind”, “A-OK”, “Ordinary”, “Pastel” “Bill of Goods” trabalho bem feito, quem não conhecia, ou não fazia questão da banda, literalmente mudou de ideia.

Pennywise: Quem já teve de pelo menos uma vez ter visto uma vez essa banda, sabe a adrenalina que eles possuem, eu já tive essa experiência duas vezes, em 2004 ao lado do Bad Religion e, em 2007 no Credicard Hall, posso afirmar que quase dez anos depois, eles não mudaram, a adrenalina, a emoção que eles passam é a mesma, o Audio Club recebeu um publico grande, muitos na faixa de trinta e poucos anos, sim, como eu disse anteriormente o Face to Face, deu um belo show, mas, o Pennywise foi o dono da noite, seja pela expectativa do publico, ou pelo clima de festa que eles deixam no local. Para quem não sabe o nome da banda surgiu de um romance de Stephen King, um dos motivos que a banda é respeitada, que apesar de Jim ter deixado o vocal, a banda mantem a muito tempo sua formação clássica, com o baixista Randy e o baterista Byron e, os que mais se destacam o guitarra Fletcher e, o vocal Jim. Eles estavam comemorando vinte anos do álbum About Time, que muitos consideram o melhor, eles abrem com “Fight Till You Die”, e emendam um petardo atrás do outro, “Peacefull Day”, “My Own Country”, “Pennywise”, “Living for Today”, “Same old Story” (onde disseram que Jim errou o nome da musica), “Perfect People”, “Every Single Day” posso afirmar que essa foram as que mais agitaram, como a banda mesmo disse, vocês gostam de ouvir as musicas velhas, duas canções tem muito a ver com o atual momento politico do nosso pais, são elas: “Fuck Authory” e “Society”, fez menções a bandas parceiras como: “Circle Jerks”, “Decendents”, “Black Flag” e “Bad Religion” – Onde até saiu um cover “Do What you Want”, saindo fora do punk, rolou um “TNT” do AC/DC e “Stand by Me” eternizada na voz de John Lennon, claro que a “Bro Hymn” não poderia faltar, uma noite maravilhosa, onde tudo estava punk, inclusive os preços para beber e comer, tanto na casa, quanto nos ambulantes na rua.

Mastodon e Slipknot em São Paulo na Arena Anhembi

Mastodon e Slipknot

São Paulo – Arena Anhembi 27/09

Texto: Adriano Coelho

Lembro até hoje quando o estilo New Metal começou a aparecer, bandas como Korn, Linkin Park, Limp Biskit, Systen of a Down, fazia com que headbangers mais tradicionais, arrancassem os cabelos, pois achavam muita mistura, o tempo passou, essas bandas foram se consolidando, muitos que metiam o pau, começaram a gostar e, algumas já são consideradas clássicas, sem duvida o Slipknot já deixou seu legado no mundo do rock.

Desde que a banda se apresentou no Rock in Rio em 2011, eles são noticias pela energia que transmitem no palco, o famoso sambódromo, mais uma vez foi palco do rock, mas, uma coisa triste aconteceu, o Mastodon a banda de abertura, foi castigado pela chuva, tocando apenas sete musicas, o publico saldava a banda, mas, as gotas cada vez mais intensas desanimava, a mescla de metal, progressivo e até hardcore, faz com que a banda tenha seu merecido respeito, pela originalidade. O vocalista Troy Sanders, que também é baixista estava empolgado, mas, eu destaco o baterista Brann Dailor, que também é backing vocals, mostrando facilidade de tocar e cantar. Destaque para as canções “Once More Round the Sun” e “Chimes at Midnight”. O show foi interrompido quando tocavam “Aqua Dementia”,

Foram quinze mil pessoas que estavam presente para saudar os americanos, a banda abre com “Sarcastrophe”, Corey Taylor, que não contei quantas vezes ele disse a palavra Fuck, como sempre foi simpático, dizendo que aquela plateia fazia parte das três mais barulhentas que ele já tocou, claro, os paulistas adoraram, e soltaram um chupa Rock in Rio, o vocalista respondeu, não sei o que estão dizendo, mas concordo com vocês. Durante o show, o palco se incendiava, arrancando delírios do publico, ao fundo tinha a imagem do bode (símbolo do demônio para alguns, Deus da mitologia para outros), a iluminação, além das percussões levitando eram outros destaques, uma delas com o palhaço.  Paul Grey, nunca é esquecido, o novo baterista Jay Weinberg levou bem também, a banda levou vinte musicas, inclusive o ultimo álbum 5: The Gray Chepter, teve canções tocadas como: XIX, esse que é o sexto álbum do grupo, mas, claro as musicas que mais agitaram foram as clássicas, “Spit it Out” – Onde novamente Corey teve o poder de fazer todos abaixarem, “Custer”, “Surfacing”, “Vermillion”, “Wait the Bleed”, “Before I Forget”, “Duality”, “Disasterpiece”, fechando com “Til We Die”, você pode não gostar da banda, do estilo, mas, é quase impossível não viajar nas apresentações do grupo. Mas Corey volta a usar a antiga mascara.