Rotting Christ em São Paulo no Hangar 110

ROTTING CHRIST em São Paulo
18 de maio de 2014
Hangar 110

Resenha e Fotos: Priscila Ramos

Um ano depois da última apresentação no Brasil, os gregos do Rotting Christ voltaram ao país para mais 4 apresentações, sendo que presenciei a última delas, no Hangar 110 no domingo dia 18/05.

Eram 3 bandas de abertura: Morte Negra, Justabeli e Ocultan. Quando cheguei, a Morte Negra já estava no fim, então assisti as duas últimas bandas de abertura, Justabeli que entrou no palco 19h30 e a Ocultan as 20h05. De um modo geral as bandas agitaram e aqueceram a todos para o show principal, cumprindo de forma positiva seus papéis.

Terminada as bandas, o público começou a se juntar mais na frente do palco para aguardar o Rotting Christ, e 21h25 começou a tocar a música 666 (Χ ξ Ï‚’) do último álbum Kata Ton Daimona Eaytoy, e em seguida o baterista Themis Tolis, o baixista Vagelis Karzis, o guitarrista George Emmanuel e por último o vocalista e guitarrista Sakis Tolis entraram no palco.

O setlist foi repleto de clássicos, como Athanati Este, King of a Stellar War, The Sign of Prime Creation e Non Servian. Além disso, só do álbum Thy Mighty Contract de 1993 tocaram três: The Sign of Evil Existence, Transform All Suffering Into Plagues e Fgmenth, thy Gift. Tocaram também músicas do último álbum de 2013 Kata Ton Daimona Eaytoy como In Yumen – Xibalba e Grandis Spiritus Diavolus, e do álbum antecessor de 2011, Aealo, como Noctis Era e Dub-Sag-Ta-Ke.

Assim como na turnê brasileira do ano passado, também tocaram o cover Societas Satanas da banda Thou Art Lord, projeto paralelo do vocalista Sakis. O setlist abrangeu músicas de várias fases da carreira da banda, satisfazendo todos os fãs.

A casa estava longe de estar lotada, mas o público fiel que se fez presente agitou e cantou as músicas do início ao fim, até mesmo os trechos em grego, sempre com clima de tranquilidade uns com os outros. Da mesma maneira a banda, que demonstrou uma ótima energia no palco, Sakis sempre se comunicando com os fãs e os outros integrantes interagindo com o público.

No final do show Sakis levantou uma bandeira do Brasil escrita Rotting Christ e Non Servian e mostrou muita satisfação em tocar novamente no país. Ao término do show, a banda se retira do palco um pouco antes das 23h, mas retorna com o encore, Archon do álbum Triarchy of the Lost Lovers de 1996.

No final do show, já do lado de fora do Hangar 110, os integrantes da banda, como sempre, foram muito carismáticos e humildes em tirar fotos e conversar com os fãs.

Dos três shows que eu já assisti do Rotting Christ, posso afirmar que esse foi o melhor, pois assim como em cada álbum lançado, a cada show feito, percebo que eles sempre se renovam. O balanço foi muito positivo, com certeza todos saíram satisfeitos do Hangar 110 após um show memorável desses.

Amon Amarth em São Paulo no Carioca Club

AMON AMARTH em São Paulo
17 de maio de 2014
Carioca Club

Resenha e Fotos: Priscila Ramos

A noite do dia 17/05 certamente foi histórica para os fãs da banda viking de death metal melódico, Amon Amarth. Antes dos suecos subirem ao palco, o público presenciou a banda paulista Genocidio, que através de seu death metal aqueceu o público e cumpriu com maestria o papel de abrir para o Amon Amarth.

Um Carioca Club completamente lotado de fãs, muitos deles munidos com seus drinking horns de hidromel, todos em êxtase aguardando a banda. Quando o relógio marcou 20h, o Amon Amarth subiu ao palco ao som the Father of the Wolf do último álbum Deceiver of the Gods, e logo em seguida, emendou com a música título desse álbum.

A performance da banda foi impecável em todas as músicas decorrentes, o vocalista Johan Hegg foi um destaque no palco, sempre interagindo com os fãs e demonstrando muita satisfação com a enorme energia do público brasileiro. Não cansou de saudar a plateia e disse que o público presente fez o dia deles. A iluminação do palco era escura, mas tudo providenciado para entrar no clima proposto.

O show prosseguiu com músicas que abrangeram seus diversos trabalhos e não decepcionaram o público. Fizeram parte do show músicas como Guardians of Asgaard, Varyags of Miklagaard, Destroyer of the Universe e Cry of the black Birds.

Johan brindou com os demais integrantes com a bebida Underberg e logo anunciou que o show estava no fim após a música War of the Gods. A banda se retirou do palco, mas o público gritou forte, pois sabiam que a banda não poderiam encerrar o show sem dois grandes clássicos. E logo em seguida a banda voltou com Twilight of the Thunder God e The Pursuit of Vikings. Essa última, os fãs participaram freneticamente, cantando a música do início ao fim e o refrão foi cantado apenas pelos fãs em uníssono, deixando Johan completamente extasiado com a participação.

De forma majestosa, 1 hora e meia depois do início do show, Johan Hegg, Olavi Mikkonen, Ted Lundström, Johan Söderberg e Fredrik Andersson agradeceram e deixaram o palco, sendo que o vocalista Johan ainda ficou um tempo a mais agradecendo os fãs.

Setlist:
Father of the Wolf
Deceiver of the Gods
Death in Fire
For Victory or Death
As Loke Falls
Coming of the Tide
Guardians of Asgaard
Shape Shifter
Warriors of the North
Runes to My Memory
Varyags of Miklagaard
The Last Stand of Frej
Destroyer of the Universe
Cry of the Black Birds
War of the Gods

Encore:
Twilight of the Thunder God
The Pursuit of Vikings

 

GENOCÍDIO

 

 

AMON AMARTH

Nile em Porto Alegre no Bar Opinião

NILE em Porto Alegre
22 de dezembro de 2013
Bar Opinião

Resenha: Monique Hoffelder
Fotos: Sophia Velho

O Death Metal de NILE no Urânio Extreme Festival

Por volta das 21h, começa a tocar a primeira das três bandas de abertura para aquecer a galera, enquanto não começava o show da banda NILE. Blood Violence mostra um show energético e contagiante. A banda se destaca pela performance e guturais do vocalista, que consegue oscilar entre vocais graves e agudos e segurar bem os guturais.
Exterminate, ovacionada pela galera desde o início da primeira música que tocaram, foi a segunda banda que se apresentou no Opinião, com seu death metal empolgante já conhecido da galera que formou o pogo no meio da pista cheia.

Até então, ao sair do palco, as bandas de abertura deixaram o público presente na expectativa de um ‘bis’. Mas o tempo parecia limitado e na noite de shows teria mais uma apresentação antes da NILE, com a banda de black metal Frost Despair, a terceira e última banda de abertura.

Ansiosamente, a galera esperava pelo show da NILE, que hesitava a começar devido a alguns problemas de ajuste no som.

A banda estadunidense de death metal NILE, iniciou o show por volta das 23h. “Vocês querem ouvir as músicas do novo álbum, estão preparados?” exclamou o vocalista Dallas Toler-Wade.

Preparando o público para a quebradeira que estava por vir, o vocalista e guitarrista Dallas, brincou com a galera os incentivando a apoiá-lo em pedir para que o baterista não se empolgasse tanto a ponto que quebrar a bateria. Pediu para que todos repetissem com ele: “Don’t break your drums, George!” Todos falaram em coro a pedido do vocalista enquanto George Kollias se preparava para detonar na bateria e agitar a noite do festival. Ao intervalo de cada música, o público clamava por NILE.
“Vocês estão cansados?” disse o vocalista e a galera gritou: “Não!” E Dallas replicou: “Querem ficar mais cansados? Querem ouvir mais músicas?” e todos responderam: “Yeahh!”.

Da metade para o final do show da NILE, todos curtem o som numa legião massiva de headbangers em plena pista e sem hesitar, a galera abria outro pogo. Com vigor e energia, a banda demonstrava muita satisfação em tocar para o Opinião cheio de fãs que aguardaram ansiosamente por aquele momento, empenhando-se em fazer valer a pena cada hematoma contabilizado ali.

NILE deixou o palco do Urânio Extreme Festival no Opinião ovacionada pelo público às 00h35. No final do show, o guitarrista e vocal Karl Sanders, desceu do palco para cumprimentar os fãs, distribuir palhetas e os playlist, além de atender aos pedidos de fotos, em seguida, o baixista Todd Ellis também veio do backstage para conversar com os fãs que aguardavam depois do show em frente ao palco.

Formada por Karl Sanders (vocal e guitarra), Dallas Toler-Wade (vocal e guitarra), George Kollias (bateria) e Todd Ellis (baixo), NILE tem mais de 20 anos de estrada, busca inspiração para as músicas na mitologia egípcia, árabe e mesopotâmica. Depois da primeira passagem em 2010, a banda voltou pela segunda vez a se apresentar no Brasil com a turnê intitulada “At the Gate of Sethu 2013 Tour” em Curitiba, São Paulo e encerrando a seqüência de show na América Latina, em Porto Alegre.

Arkona em Porto Alegre no Beco

Banda: ARKONA
Local: Porto Alegre @ Beco
Data: 02/12/2013
Resenha: Marianna Bischoff
Fotos: Sophia Velho

Mais uma noite memorável para a cena Folk de Porto Alegre. A banda eslava, Arkona, subiu aos palcos da capital gaúcha pela primeira vez. Em 2012 houve uma data para a banda se apresentar em Porto Alegre, porém foi cancelado e transferido para uma cidade de Minas Gerais.

Esse ano, o show que seria no dia 28/11, quinta-feira, novamente foi transferido por complicações no vôo de Santiago-Chile, mas felizmente uma nova data foi adicionada para o dia 02/12, segunda-feira.

Com cerca de 30 minutos de atraso, a banda eslava entrou ao palco do Beco 203 por volta das 21h30, logo após da faixa instrumental “Az”. A vocalista Masha “Scream” Archipova da boa noite para o público em russo (nenhum integrante da banda sabe falar inglês) e começa o show ao som de “Arkaim”, do seu último álbum de estúdio, “Slovo” (2011). As próximas faixas foram “Zakliatie” e “Pemiat”, que também pertencem ao último CD.

São muitos os elogios que podemos atribuir à Masha: simpatia, carisma, uma forte expressão facial/corporal, a brutalidade tanto na forma de cantar, como de se comunicar com os fãs, que do começo ao fim interagiu constantemente com a platéia, assim como o restante da banda. O grande público presente retribuiu reciprocamente, ora cantando os refrões das músicas, ora gritando o nome da banda.

A próxima música seria uma grande conhecida do público: “Goi, Rode, Goi” faixa que faz referência a Rode, um antigo Deus dos povos Eslavos, considerado o criador do universo. A homônima faixa, “Arkona”, foi a próxima canção, seguida de “Slav’sja, Rus’” e “Kolo Navi”.

Logo após a última música, o responsável pelos instrumentos folclóricos, Vladimir “Artist” Sokolov, proporcionou um momento incrível aos fãs que ocasionou o primeiro mosh pit do show: um solo de gaita fole, cru e nu, certamente um dos marcos do show.

A vocalista Masha começa a organizar um wall of death durante um instrumental da banda, e logicamente, o publico aderiu ao convite sem pensar duas vezes. Enquanto os fãs se esmagavam e se jogavam uns aos outros , Masha se junta a banda novamente e começam uma performance de dança folclórica bem excêntrica, que seguia com o instrumental com os instrumentos típicos do gênero Folk Metal.

O show parecia estar no final, os sets curtos já são uma característica da banda, que normalmente nunca passam de 15 músicas. Apesar das poucas músicas, a banda proporciona uma qualidade sonora incrível ao vivo tão semelhante quanto as gravações de estúdio. As próximas e últimas músicas foram: Maslenitsa”, “Po Syroi Zemle”, “Stenka na Stenku” e para encerrar, “Yarilo”, um dos maiores sucessos da banda e “Kupala i Kostroma”.
Sem bis, a banda saiu do palco por volta das 22h30, com certeza de que proporcionaram uma grande noite para os fãs.

Setlist:

Az’
Arkaim
Ot Serdtsa k Nebu
Goi, Rode, Goi!
Zakliatie
Pamiat
Arkona
Slav’sja, Rus’!
Kolo Navi
Maslenitsa
Po Syroi Zemle
Stenka na Stenku
Yarilo
Kupala i Kostroma

Arkona em Curitiba no Music Hall

Banda: ARKONA
Local: Curitiba @ Music Hall
Data: 29/11/2013
Resenha: Priscila Ramos
Fotos: Eduardo Leopoldino de Souza

Um ano e meio depois da primeira apresentação no Brasil, a banda Arkona de Pagan/Folk Metal da Russia, desembarcou em Curitiba e fez certamente um show histórico a todos os fãs, no Music Hall.

Esse foi o primeiro show dessa turnê no Brasil, pois o primeiro show que estava marcado para o dia anterior em Porto Alegre fora adiado, pois o grupo não conseguiu embarcar a tempo vindo de um show do Chile.

Logo que o relógio marcou 22h, a banda entrou no palco, e logo em seguida a vocalista Masha “Scream”, levando todos os fãs a pular energicamente ao som da música Arkaim.

A vocalista demonstrou uma ótima performance em todas as músicas decorrentes, sempre interagindo com os fãs e correndo pelo palco, vestida com uma pele de raposa, própria do figurino. A vocalista e o guitarrista, Sergey “Lazar”, dançavam de um lado para o outro na maioria das músicas. Outro integrante que interagiu muito com o público foi o Vladimir “Wolf” Reshetnikov, que com a sua flauta e gaita de fole fez um verdadeiro show a parte.

Apesar de as músicas serem todas em russo, os fãs sempre acompanhavam os refrãos. Fizeram parte do show músicas como Pamiat, Zakliatie, Stenka na Stenku, Yarilo, mas destaco a Goi, Rode Goi! como uma das músicas em que fez os fãs participarem freneticamente.

Apesar de a casa não estar lotada, o público que se fez presente agitou do começo ao fim junto com a banda, sempre dançando e participando das músicas.

Após uma hora e meia de show, a banda se despede. Masha “Scream” nos vocais, Sergei “Lazar” na guitarra, Ruslan “Kniaz” no baixo, Vlad “Artist” na bateria e Vladimir “Volk” nos instrumentos de sopro fizeram um verdadeiro show de folk para os fãs. Certamente o público de Curitiba foi embora satisfeito.

A banda pareceu mostrar muita satisfação em tocar novamente no Brasil, além de mostrar muito carisma e humildade com os fãs. No final do show ainda tiraram fotos e distribuíram autógrafos.

Setlist

Arkaim
Ot Serdtsa k Nebu
Goi, Rode, Goi!
Zakliatie
Pamiat
Arkona
Slav’sja, Rus’!
Kolo Navi
Bagpipe Solo
Maslenitsa
Po Syroi Zemle
Stenka na Stenku
Yarilo
Kupala i Kostroma

 

Super Peso Brasil em São Paulo no Carioca Club

SUPER PESO BRASIL
09/11/2013 no Carioca Club em São Paulo

Por Marialva Lima

Logo na entrada dava para notar a empolgação dos headbangers que compareceram em peso para prestigiar as grandes lendas, os pioneiros do metal nacional. Uma oportunidade histórica de ver Taurus, Centúrias, Metalmorfose, Salário Mínimo e Stress dividindo o mesmo palco. Gerações de fãs ansiosos e empolgados.

A casa abriu pontualmente às 16h00, pois os organizadores haviam dito anteriormente que seguiriam à risca os horários e assim foi feito.

Marcello Pompeu do Korzus subiu ao palco para saudar e agradecer aos fãs presentes e às 16h30 o sorteio de uma guitarra autografada por Andreas Kisser foi realizado.
Logo em seguida, o palco já estava sendo preparado para o início desta grande festa que foi com certeza uma enorme emoção para as bandas. Todos os músicos fizeram questão de agradecer a presença e o apoio dos fãs, dizendo sempre ‘Sem vocês nada disto seria possível’.

Foi uma viagem no túnel do tempo. Anos 80 voltando à memória de cada um ali presente. Todas as bandas contaram com a participação de um convidado especial, assim, o público pode rever e ouvir lendas vivas do metal nacional como Luiz Carlos Louzada, Lucky Luciano, Vitor Rodrigues, André Gois e Jack Santiago. Todos aplaudidos e ovacionados pelo público.

Quando Taurus entrou no palco a euforia foi contagiante. A banda do Rio de Janeiro tocou todos os seus clássicos desde seu álbum ‘Signo de Taurus’, passando por ‘Pornography’ e ‘Fissura’. Fez os fãs baterem cabeça e cantar juntos com: ‘Batalha Final’, ‘Dias de cão’, ‘Damien’ e ‘Mundo em Alerta’. Taurus fez um show empolgante e fechou com ‘Massacre’ que foi cantada em uníssono mostrando que todos estão unidos para salvar o metal.

A banda Centúrias de São Paulo tocou na íntegra seu álbum ’Ninja’ e também outros clássicos como ‘Duas Rodas’, ‘Portas Negras’, ‘Não pense, não fale’. A galera cantou junto e foi à loucura quando o vocalista Nilton Cachorrão Zanelli levantou uma placa de ‘Fora Posers’.

A empolgação foi geral quando Metalmorfose subiu ao palco. A banda fez um show incrível e a galera entoou os clássicos desta banda oitentista como ‘Desejo imortal’, ‘Cavaleiro Negro’, ‘Metalmorfose’, ‘Minha droga é o metal’ e ‘Satã Clama metal’. Eles tocaram desde músicas de seu primeiro álbum ‘Ultimatum’ até do último ‘Máquina dos sentidos’.

Quarta banda a tocar, Salário Mínimo resgatou perfeitamente a atmosfera dos anos 80 ao lançar uma chuva de papéis picados sob as cabeças dos headbangers ali presentes. Todos cantaram em coro os clássicos da banda, como ‘Beijo Fatal’, ‘Delírio Estelar’, ‘Dama da Noite’, ‘Anjos da escuridão’ e ‘Noite de rock’.

Os paraenses do Stress foram os últimos a tocar. A banda que lançou o primeiro LP de metal do Brasil fez um show contagiante e todo mundo bateu cabeça ao som de clássicos do metal nacional como ‘Heavy Metal’, ‘Não desista’, ‘Mate o réu’ e ‘Coração de Metal’. O vocalista Roosevelt Bala mostrou dois vinis da banda no palco e disse ‘Vou jogar pra vocês, mas vocês tem que prometer não rasgar e quem pegar vai ganhar um vinil autografado pela banda.’ Foi um gesto de confiança que deu resultado, por que os caras que pegaram os vinis levantaram eles intactos.

A banda encerrou o show com ‘Sodoma e Gomorra’, mas antes disto, chamou todas as bandas que tinha tocado anteriormente para subir ao palco, tirar foto e cantar junto, além disso, todos gritaram em uníssono ‘Batalha, Batalha, Batalha’ em agradecimento ao organizador do evento Ricardo Batalha. Foi um evento inesquecível.

Eu nasci em 1983 e estas bandas que vi tocar ontem já tocavam bem antes de eu nascer, portanto para mim foi uma oportunidade fantástica de ouvir todas elas ao vivo, de ver todos aqueles músicos no mesmo palco mostrando que heavy metal em português também é maravilhoso e que o metal nacional tem tradição e a cena brasileira é uma cena forte.

A emoção que os músicos sentiram ao tocar juntos novamente em um evento de casa cheia com fãs de diferentes gerações cantando em coro seus clássicos foi evidente, todos estavam felizes e tocaram com a alma.

Para mim, Super Peso Brasil foi realmente a maior celebração do metal nacional e eu fiquei imensamente feliz de ter podido participar de um evento como este.

Autor: Marialva Lima

Possessed em Porto Alegre no Beco 203

POSSESSED EM PORTO ALEGRE
08/08/2013 @ Beco 203

Resenha: Marianna Bischoff
Fotos: Sophia Velho

No ultimo dia 8, Possessed, uma das maiores lendas de death metal se apresentou no Beco 203. O show da banda de abertura, Postmortem (Pelotas-RS) estava previsto para as 20:30, mas devido a atrasos, o show iniciou por volta das 21:15h.

Após a banda de abertura, todos aguardavam ansiosamente pelo show do Possessed, especialmente pelo lendário vocalista, Jeff Becerra, o único membro remanescente da banda. Passaram-se 30 minutos e o público já começava a manifestar preocupação sobre o atraso do show. Apesar do longo período de tempo entre as apresentações e a irritação dos presentes, após 1 hora e meia de atraso, o produtor do show sobe ao palco para dar satisfações a respeito do grande atraso da banda alegando que houveram complicações a respeito do cachê da banda, e que se não houvesse colaboração do público, e quando falo em colaboração, estou falando em termos financeiros, o show não iria ocorrer e os ingressos poderiam ser revertidos em compras na loja Heaven N’ Hell ou o seu dinheiro devolvido. Os ânimos definitivamente estavam cada vez mais complicados, o público começou a vaiar e algumas pessoas até desistiram do show.

Depois de mais de uma hora de negociação entre a produtora Mitnel e a banda, o produtor Marlon Mitnel sobe ao palco novamente e anuncia que a banda irá se apresentar, mas que o público teria que aguardar e ter paciência.

Após mais de 3 horas de atraso, a banda finalmente sobe ao palco. Os seguranças ajudam Jeff Becerra com sua cadeira de rodas (em 1989, o vocalista da banda ficou paraplégico após ser baleado num assalto) e o show começa, ao som da belíssima Intro do cd Beyond The Gates.
Jeff parecia muito entusiasmado, ao contrário do que o público imaginava que poderia acontecer. Eyes Of Horror, Tribulation, Beyond The Gates e Sceance deram continuidade ao show.

Quando as datas foram confirmadas no Brasil, a banda havia prometido tocar na íntegra o clássico álbum, “Seven Churches”. Mas o público não esperava que também tocariam o EP “The Eyes Of Horror”, (1987) produzido por nada mais nada menos que Joe Satriani, fosse inteiramente tocado. São elas: “Eyes of Horror” (tocada anteriormente) “My Belief”, “Storm In My Mind”, “Confessions” e “Swing of The Axe”.

E o momento mais esperado finalmente começa! O inconfundível solo inicial da música mais conhecida da banda, “The Exorcist” , dava início a um clássico e percursor disco do gênero Death Metal, o famoso “Seven Churches”. O álbum mescla com maestria o lado mais sujo e agressivo do thrash metal com death metal. O disco foi tocado na íntegra para o pequeno público presente. O show manteve a mesma essência do disco: Cru, visceral e empolgante.

Jeff interagiu o tempo todo com os fãs e mostrou que sua deficiência física não era uma barreira. O público respondeu da mesma maneira, com muitos moshs e até invasões pacíficas ao palco. “Death Metal” fecha com chave de ouro essa grande noite para a cena metal porto-alegrense. Apesar das confusões, o show seguiu do início ao fim com bastante energia e interação mútua do público e da banda.

O show, definitivamente, foi aprovado por todos.

SETLIST:

Intro – The Heretic
Eyes of The Horror
Tribulation
Beyond The Gates

Seance
The Crimson Spike
My Belief
Storm In My Mind
Confessions
Swing of The Axe

Intro – The Exorcist
Intro – The Pentagram
Burning In Hell
Evil Warriors
Seven Churches
Satan’s Curse
Holly Hell
Twisted Minds
Fallen Angels
Death Metal

Chris Cornell em Porto Alegre no Teatro do Bourbon Country

Chris Cornell em Porto Alegre (17/06/2013)
Teatro do Bourbon Country

Por Luiz Fernando Vieira
Fotos: Sophia Velho

Na fria noite de segunda-feira, 17, Porto Alegre recebeu uma das vozes mais marcantes da década de 90. O ex-vocalista do Soundgarden, Temple of The Dog e Audioslave, Chris Cornell.

Trazendo na bagagem materiais de todos os períodos de sua carreira, o cantor norte americano proporcionou ao público quase duas horas de música acústica. Aliás, pode ser opinião pessoal, mas sempre tive a ideia de que shows acústicos costumam nos remeter a ambientes aconchegantes, uma atmosfera diferenciada que acaba proporcionando certa sensação de intimidade com o artista. É possível que o fato de Chris Cornell se apresentar sozinho, acompanhado “apenas” de sua voz e violão, tenha contribuído ainda mais para aumentar esse clima.

Mesmo com toda polêmica envolta dos preços dos ingressos, o Teatro do Bourbon Country recebeu um público bastante razoável. Aparentemente cerca de 50% dos lugares foram ocupados, algo em torno de 600 pessoas no local.

Embora tenha havido uma parceria/apoio para diminuir os preços, ainda assim esses ficaram bem distantes da realidade de muita gente. Inicialmente os valores iam de 250 a 900 reais, dependendo da localização. Mais tarde, os lugares mais caros (Plateia baixa e vip) ganharam um desconto de 40%. Mesmo com o valor “promocional”, é possível afirmar que os preços foram fator determinante para boa parte dos fãs na decisão de irem ao show.

Com início programado para as 21 horas, o show teve algum atraso. Às 21h30 foi dado um aviso para que o público mais distante se aproximasse do palco, onde havia muitos lugares vagos. Uma decisão sensata, mas que não deve ter agradado em nada quem investiu mais de 500 reais e acabou dividindo espaço com quem pagou metade disso.

Após o pedido, mais alguns minutos e às 21h36 surge Chris Cornell. Bastante a vontade com uma garrafa d’água em mãos, trajando jeans, tênis e camiseta branca.

Rapidamente o cantor cumprimenta “Pouurto Alegggrrre” e a plateia, em específico, para na sequência dar início ao show com três canções oriundas de trabalhos solo: “Scar on the Sky”, “As Hope and Promise Fade” – muito aplaudida pelo público – e “Ground Zero”.

Logo em seguida, “Say Hello 2 Heaven”, para relembrar os tempos de Temple of The Dog – Aqui ele faz uma breve pausa interagindo e brincando com o público sobre as sugestões de músicas vindas da platéia. O show segue com a ótima “Finally Forever”, “Call Me a Dog” e “Wooden Jesus”. Na sequência, um belíssimo cover de “Hotel California”, do Eagles.

Ao final do cover viria “Sunshower” – faixa exclusiva da versão japonesa de seu álbum de 1999, Euphoria Morning – seguida de “Hunger Strike”, última do Temple of The Dog a compor o set.

Mais um trabalho solo com “Seasons” e chegara o momento de introduzir canções do Soundgarden:“The Day I Tried to Live” foi a primeira a saciar os mais nostálgicos. A boa “When I’m Down” antecederia a entrada de materiais do Audioslave na brincadeira, que veio com “I Am the Highway”. “Can’t Change Me” seria a última canção solo. A partir daí Cornell apostou somente em materiais do Soundgarden e Audioslave.

Sem pausas, “Fell on Black Days” e “Black Saturday” (Soundgarden), manteram o público aquecidos até “Be Yourself” (Audioslave) e outro grande cover, executado com maestria: “Thank You” do Led Zeppelin.

Já passavam das 23h e a apresentação se aproximava do fim. Antes, “Doesn’t Remind Me” e “Wide Awake”, dois belos frutos da parceria com Tom Morello, nos tempos de Audioslave.

O encerramento ficou por conta de “Blow Up the Outside World” (Soundgarden). Fechando as cortinas, literalmente, às 23h26. Aliás, foi nesse ponto, ao final do show, o momento “freak” da noite.

Durante “Blow Up the Outside World”, mais precisamente no final da música, Chris Cornell fez alguns ajustes nos pedais de efeitos “gravando” uma base de violão e voz. Em seguida o vocalista largou o instrumento, deixando o efeito ser reproduzido e retirou-se do palco.

Nada de mais…, foi tomar água! – garanto que quase todos presentes assim pensaram. Em seguida as luzes ascendem e os roadies entram no palco para dar início ao processo de desmontagem dos equipamentos. Meio surreal, mas realmente o show havia terminado. E terminado assim, ao melhor estilo supetão, sem uma única sílaba de despedida ou aceno por parte do cantor. Ficou evidente a perplexidade do publico que por alguns minutos ainda esperou e acreditou na possibilidade de um “bis” ou de uma singela despedida do artista. Atitude, no mínimo, esquisita.

Num contexto geral, sem dúvida foi um bom show. Cornell, literalmente, deixou tudo de si no palco. A cada música minha curiosidade aumentava para ver (e ouvir) como ele terminaria o show, “esgaçando” a voz daquela forma. Surpreendentemente, terminou como começou. Coisas do talento…

Importante ressaltar também as qualidades do Teatro do Bourbon Country. Internamente um espaço muito bonito que consegue entregar bastante conforto e, principalmente, uma acústica impecável.

Set List:
* Scar on the Sky
* As Hope and Promise Fade
* Ground Zero
* Say Hello 2 Heaven (Temple of the Dog)
* Finally Forever
* Call Me a Dog (Temple of the Dog)
* Wooden Jesus (Temple of the Dog)
* Hotel California (Eagles cover)
* Sunshower
* Hunger Strike (Temple of the Dog)
* Seasons
* The Day I Tried to Live (Soundgarden)
* When I’m Down
* I Am the Highway (Audioslave)
* Can’t Change Me
* Fell on Black Days (Soundgarden)
* Black Saturday (Soundgarden)
* Be Yourself (Audioslave)
* Thank You (Led Zeppelin cover)
* Doesn’t Remind Me (Audioslave)
* Wide Awake (Audioslave)
* Blow Up the Outside World (Soundgarden)

Ensiferum em São Paulo no Carioca Club

ENSIFERUM em São Paulo
01 de Junho de 2013 – Carioca Club

Por Priscila Ramos

Pela primeira vez na América do Sul, a banda Ensiferum desembarcou em São Paulo, para o primeiro de dois shows no Brasil, no Carioca Club.

A banda finlandesa antes mesmo de chegar ao Brasil, já havia emitido um comunicado informando que a tecladista Emmi Silvennoinen não estaria presente nessa turnê Sul Americana por razões pessoais. Mas já adiantaram que os fãs não precisariam se preocupar, pois a banda usaria backing tracks nas partes do teclado.

O show estava previsto para iniciar as 19h30, e já com a casa cheia, pontualmente, a banda entrou no palco ao som da intro Symbols e logo em seguida emendou com In My Sword I Trust, já entusiasmando o público que cantou alto em uníssono.

Guardians of Fate, From Afar e Burning Leaves deram continuidade ao show. A banda mostrou empatia com o público, e o vocalista e guitarrista Petri Lindroos interagiu com os fãs em diversos momentos, mas foi o baixista Sami quem mais se comunicou com o público. Em um determinado momento ele chegou a descer do palco e ir até a grade cumprimentar a plateia.

Fizeram parte do show ainda músicas como One More Magic Potion, Retribution Shall Be Mine, Ahti e Victory Song, mas foi na música Iron um dos pontos mais altos do show. A banda pediu a participação do público, que cantou alto “Tat Ta Dadaa”, erguendo os punhos.

Após essa música a banda sai do palco, mas não demorou muito a voltar. O público já estava desde o início pedindo a música Lai Lai Hei, e, no retorno para o Bis, a banda levantou os presentes com mais quatro músicas, incluindo a Lai Lai Hei.

O público estava o tempo todo muito animado. Em diversos momentos um grupo de fãs no meio da plateia abria uma roda enorme, onde todos abraçados giravam de um lado para o outro, de acordo com a música.

Ensiferum priorizou músicas de toda a sua carreira e isso mostrou que a banda se preocupou em fazer um setlist especial para os fãs brasileiros que esperaram tanto para vê-los. Além de que os integrantes mostraram muita energia, parecendo não se cansar nem um minuto. Um momento muito legal foi quando o guitarrista Markus ergueu uma bandeira do Brasil com dedicatórias dos fãs.

Após quase 2 horas de show, a banda se despede, encerrando assim de forma triunfante sua primeira passagem pelo Brasil.

Setlist

1. Symbols
2. In My Sword I Trust
3. Guardians of Fate
4. From Afar
5. Burning Leaves
6. One More Magic Potion
7. Into Battle
8. Stone Cold Metal
9. Retribution Shall Be Mine
10. Token of Time
11. Ahti
12. Victory Song
13. Iron

Encore:
14. Twilight Tavern
15. Lai Lai Hei
16. Battle Song
17. Horse Race Song

Orphaned Land em São Paulo no Hangar 110

 

Orphaned Land em São Paulo
(Hangar 110, Dia 30/05/2013)

por Alexandre Silva

Eis que, após grande espera dos admiradores desta que é a banda mais “sem rótulos” da cena Metal mundial, surge a grande chance de o público paulista conhecer o Orphaned Land ao vivo. E olha que, logo de cara, andando pela fila, se via muitas e muitas pessoas com ansiedade estampada no rosto e com uma disposição digna de um guerreiro a caminho da paz e liberdade (qualquer semelhança desta analogia com a abordagem do álbum “The Never Ending Way Of OrWarrior” da própria banda é mera coincidência) para encarar um feriado de Corpus Christi frio, nublado e monótono.
A banda, que esteve no Brasil pela primeira vez em 2012 para finalizar a turnê de então último álbum (no fatídico M.O.A., lembram-se?) antes de entrar em estúdio para criação e finalização de “All Is One” (quinto trabalho do grupo que tem seu lançamento agendado para 24 de Junho via Century Media Records), foi uma das poucas “sobreviventes” do cast do evento. Desta vez, apesar do novo CD ainda não ter sido lançado, o público podia esperar algumas novidades nesta apresentação (algumas músicas foram expostas pela banda e pela gravadora através das redes sociais, e até o vídeoclip para a faixa “Brother” já está disponível).

Este evento contaria ainda com a presença da banda Seventh Seal (nascida em Santo André/SP em 1995), que às 19h55 subia no palco do Hangar 110 mostrando os frutos de seus trabalhos “Premonition” de 2001 e “Days of Insanity” 2007, além de algumas faixas que devem fazer parte de seu novo álbum, ainda sem título e nem data de lançamento definidos. Quanto ao desempenho da banda, apesar de alguns problemas com relação ao áudio no início da apresentação, o Seventh Seal fez um show digno de um representante do Metal Nacional. Houve até uma versão para os clássicos absolutos “Heaven And Hell”/”Neon Knights”, do Black Sabbath, para ajudar a quebrar a tensão de todos os presentes, ainda ansiosos sob os minutos finais antes do aguardado grande momento de curtir o som dos israelenses.

Finalmente, às 21h07, começa a peculiar introdução para o início do setlist do Orphaned Land. Primeiramente (e como normalmente se vê nas demais aparições ao vivo da banda em outros países), entra Matan Shmuely (bateria), após alguns instantes, entram Yossi Sassi (guitarra e bouzouki, que ele denomina como “Bouzoukitara”), Uri Zelcha (baixo), Chen Balbus (guitarra) e, ao fim da abertura, Kobi Farhi (voz). O show começa com “Barakah”. E a galera se inflama totalmente, algo que até então não havia ocorrido. É o fim da espera!

Logo ao fim desta faixa, Farhi agradece a presença do público em limpo e claro Português e brinca, alertando de que ele não era Jesus (já em Inglês), arrancando risadas dos “felizes presentes” e já chamando a próxima música da noite, que foi “The Kiss Of Babylon (The Sins)” do belíssimo “Mabool: The Story Of The Three Sons Of Seven”, lançamento de 2004 que sacramentou o trabalho da banda para o mundo. “Birth Of The Three (The Unification)”, do mesmo álbum, foi a terceira música do espetáculo, que antecedeu a primeira novidade da banda: “Our Own Messiah”, pertencente ao vindouro “All Is One”. O áudio da banda era muito bom, apesar da leve dificuldade (talvez estranheza por parte dos músicos da banda e da própria plateia) quando não havia o retorno e/ou execução dos samples de algumas passagens. Para os mais perfeccionistas, a única inconstância notada nos músicos foi ao início da apresentação, quando a “Bouzoukitara” de Yossi Sassi mostrava uma timbragem um pouco mais “seca” que o normal. Situação que em nada comprometia a execução de “Barakah” e foi resolvida logo; a próxima música da noite já era tocada de igual sonoridade com o restante do line up de seus colegas de trabalho.

Tivemos em São Paulo a dobradinha “Sapari”/ “From Broken Vessels” como no álbum “The Never Ending Way Of OrWarrior” dando sequência ao show. A interação da banda com o público era intensa e quebrava as barreiras dos diferentes idiomas, por exemplo. Havia coro de praticamente todas as músicas, independente de ser algo cantado em Inglês ou em Hebraico (que até eu arriscava cantar). Todos os membros do Orphaned Land, a sua maneira, mostravam entrega e prazer pelo momento. Era uma celebração de povos diferentes em prol do Metal; Uma verdadeira festa no Hangar 110!

Ainda fomos agraciados com a execução da linda “Let the Truce Be Known”, que também nos será popular em junho deste ano, com o lançar do novo trabalho. “The Path, pt. 1: Treading Through Darkness” foi “a viagem” da noite, com seu extenso e complexo instrumental. Momento este de atenção e certa introspecção do público antes de “Ocean Land (The Revelation)” trazer todos numa só voz.
O primeiro acionamento do Bouzouki de Sassi veio em “El Meod Na’ala”, do “El Norra Alila”, de 1996. E aproveitando esse momento “cultura árabe”, foi a vez de “Olat Ha’tamid”, cheia de gás, pôr todo mundo pra bater cabeça e pular ao mesmo tempo. Tamanha era a adrenalina neste instante, que Matan (bateria) sai do palco no fim da música devido a um pequeno machucado na mão (conforme dito por Farhi em seguida do ocorrido).

Dado os dois minutos pedidos pelo próprio Kobi Farhi, é a hora de nos remetermos a demo “The Beloved´s Cry”, de 1993, e ao som de Yossi Sassi e seu bouzouki cantar a música título deste trabalho, que fora relançada em 1994, com o primeiro álbum de estúdio, o “Sahara”, que saiu pelo selo francês Holy Records. Com apenas os dois presentes (Yossi e Kobi) no palco neste instante, a banda também mandou “The Storm Still Rages Inside” em adaptada versão acústica do hino que encerra a trama escrita em “Mabool”. Após essa canção, que foi de arrepiar e comover a todos que cantavam a melodia, a banda se completa com o retorno dos demais músicos e mandam a pesada “Halo Dies”, voltando a agitar o ambiente. Logo após, todos os integrantes da banda saem do palco.

Do público, completamente extasiado diante do espetáculo vivenciado dentro da casa localizada na zona norte de São Paulo, não era difícil ouvir gritos pedindo por “Sahara Storm” (“Sahara”, de 1994)/ “Seasons Unite” (“Sahara”, de 1994)/ “Find Yourself, Discovery God” (álbum “El Norra Alila”, de 1996), porém faltava uma “determinada música”, que, aos poucos, começou a ser cantada pela própria plateia, que aguardava o retorno do grupo para o fim da noite (detalhe, novamente o idioma Hebraico não foi dificuldade para os presentes).

Então, surge o Orphaned Land no palco do Hangar 110 para atender ao pedido dos fãs. Algo que chama a atenção é o fato de Kobi Farhi (que em entrevistas passadas já havia se declarado fã do futebol de nosso país) entrar vestindo uma camiseta da Seleção Brasileira sobre sua túnica preta. E sendo assim, “Norra El Norra”, música também presente em “Mabool”, com muita alegria e peso, colada a um trecho instrumental de “Ornaments Of Gold” do CD “Sahara”, encerram a noite. A todos os presentes, a satisfação na realização deste show tão aguardado por muitos foi explicada em cada música executada, além da enorme simpatia que a banda em nenhum momento deixou de mostrar e de forma sincera, uma vez que claramente estavam felizes por excursionar pela América do Sul e exercer seu trabalho (a música), que é sua linguagem universal; a sonoridade impar e incomparável do Orphaned Land.

Setlist – Orphaned Land

1. Barakah
2. The Kiss of Babylon (The Sins)
3. Birth of the Three (The Unification)
4. Our Own Messiah
5. Sapari
6. From Broken Vessels
6. Let the Truce Be Known
7. The Path, pt. 1: Treading Through Darkness
8. Ocean Land (The Revelation)
9. El Meod Na’ala
10. In Thy Never Ending Way

Encore 1:

11. The Beloved’s Cry
12. The Storm Still Rages Inside
13. Halo Dies (The Wrath of God)

Encore 2:
14. Norra el Norra (Entering the Ark) / Ornaments of Gold