O domingo, 16/11, no Carioca Club, poderia ter sido um daqueles encontros grandiosos em que a fantasia toma conta da casa do começo ao fim. Infelizmente, o público presente era bem menor do que uma estreia do Gloryhammer no Brasil merecia — uma pena, considerando a força da banda ao vivo e o grau de devoção que despertam mundo afora. Mas quem esteve lá viveu uma noite absolutamente única: martelos erguidos, fãs fantasiados de unicórnio, armaduras reluzentes e aquela energia absurda que só o power metal teatral sabe entregar.
Pontualmente às 20h, o Gloryhammer entrou em cena transformando o palco num universo paralelo próprio. A apresentação manteve toda a estética que caracteriza o grupo: teatralidade, humor, narrativa fantástica e uma performance sólida que sustenta o mito do Reino de Fife mesmo longe dos grandes festivais europeus.
A jornada começou com “The Land of Unicorns” e “He Has Returned”, abrindo portais para o Reino de Fife logo nos primeiros minutos. A resposta do público, embora reduzido, foi tão expansiva que parecia multiplicar a casa. Quando soaram “Angus McFife”, “Questlords of Inverness” e a explosiva “Wasteland Warrior Hoots Patrol”, a sensação era de assistir a uma ópera metálica: teatral e absolutamente divertida.
O setlist passeou pelo universo completo da banda, revisitando capítulos clássicos e mais recentes — de “Gloryhammer”, “Masters of the Galaxy” e “Fife Eternal” até hinos já clássicos como “Universe on Fire” e “Hootsforce”. A reta final trouxe um dos momentos mais aguardados: “The Unicorn Invasion of Dundee”, cantada com força total pelo público, seguida do encerramento teatral com “The National Anthem of Unst”.
A performance de Sozos Michael, que desde 2021 encarna Angus McFife XIII após substituir Thomas Winkler, foi um dos pontos altos da noite. Com presença de palco carismática, vocais potentes e domínio absoluto do personagem, ele conduziu o público pelas aventuras da saga do Gloryhammer, mantendo o espírito teatral e heroico que os fãs esperam da banda.
Mesmo com a casa vazia, o Gloryhammer entregou aquilo que seus fãs esperam: exagero, fantasia, humor britânico e um espetáculo que combina power metal europeu com clima de trilha sonora cinematográfica. Para quem esteve presente, foi uma noite de imersão total. Que a próxima passagem pelo Brasil venha com casa cheia — porque a banda definitivamente merece.
Por: Priscila Ramos




























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