O Mayhem retornou ao Brasil para comemorar seus 40 anos de história e transformou a Vip Station em São Paulo em um verdadeiro templo do black metal. A casa estava lotada e a energia do público era de quem sabia que estava prestes a testemunhar algo especial. Embora o show estivesse marcado para começar às 20h e tenha iniciado com atraso, ninguém parecia incomodado; pelo contrário, a expectativa só aumentava conforme as luzes da casa diminuíam.
Quando a banda enfim entrou no palco ao som de Malum, a resposta foi imediata. O público vibrou e a atmosfera densa que acompanha o Mayhem tomou conta do espaço. A sequência com Bad Blood, MILAB e Psywar manteve a intensidade, mostrando como o grupo consegue unir agressividade, teatralidade e uma presença quase ritualística. Attila dominava o palco com sua performance sombria, enquanto os riffs cortantes e a bateria precisa envolviam a plateia em uma muralha sonora.
O setlist percorreu várias fases da discografia, incluindo músicas de Chimera, Grand Declaration of War e Ordo ad Chao. A cada canção, a conexão entre banda e público parecia aumentar. Faixas como Illuminate Eliminate, My Death, View From Nihil e Ancient Skin deixaram a casa em estado de euforia constante, com fãs claramente emocionados pela oportunidade de ver o Mayhem celebrando quatro décadas de carreira.
O momento mais esperado, como sempre, veio com a trinca clássica: Freezing Moon, Life Eternal e De Mysteriis Dom Sathanas. A Vip Station virou um coro único, com celulares erguidos e pessoas completamente entregues à experiência. Houve também uma homenagem forte e simbólica quando Funeral Fog foi executada com backing track original de Dead, criando um instante de silêncio reverente seguido de explosão do público.
O encore trouxe ainda mais surpresas e nostalgia. A presença de Messiah nos vocais e Manheim na bateria recriou a energia crua dos primeiros anos da banda, especialmente quando mergulharam nas faixas do EP Deathcrush — como Deathcrush, Chainsaw Gutsfuck, Necrolust e Pure Fucking Armageddon — que incendiaram o público e trouxeram à tona a essência mais primitiva do Mayhem.
Ao final, ficou claro que o show não foi apenas uma apresentação, mas uma celebração do legado do Mayhem. A combinação de casa cheia, performance intensa e repertório icônico fez desse domingo um evento especial, desses que os fãs vão comentar por anos. O público saiu exausto, feliz e com aquela certeza de ter vivido um capítulo importante da história do metal extremo.
Por: Priscila Ramos e Leticia Malaguez Orquiz.




























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