Vodu: confira entrevista exclusiva com o baixista Pomba

Nosso entrevistado foi Andre Cagni, conhecido como Pomba, ele nós concedeu essa entrevista, falando sobre a volta do Vodu, importante banda de heavy metal nacional do anos de 1980. Nessa entrevista, ele falou sobre os planos para o futuro, contou algumas histórias, além de outras revelações

Por Adriano Coelho
1) Fale sobre essa volta do Vodu?
Em 2015, quatro dos nossos integrantes participaram do Viper Day no Manifesto. Daí um breve papo para voltarmos a ensaiar, mas com o compromisso de compormos novas músicas, não ficar restrito a uma banda cover de si mesmo, do passado. E temos conseguido nosso intento.
2) Como é tocar em eventos realizados na periferia?
Em que pese não termos atingido um grande público, o simples fato de levarmos o heavy metal para os extremos da zona leste e sul de São Paulo é o grande legado. A maioria das casas de cultura não tinha um equipamento para shows desse porte e fizemos questão de levar um equipamento de primeira e tanto público quanto gestores das casas ficaram satisfeitos com o que apresentamos.
3) Qual a maior lembrança dos tempos áureos da banda?
Acho que a abertura dos shows internacionais como Venom em 1986 e Motorhead em 1989. Teve a excursão para a Argentina em 1986 que merece ser citada.
4) Ideia de fazer novos trabalhos como está?
Estamos concluindo as gravações do novo álbum com 10 faixas inéditas e 5 regravações. Deve sair na metade do ano e o álbum se chamará Walking With Fire.
5) O que os ex integrantes da banda acharam dessa volta?
Quatro dos integrantes são da primeira formação e um – Paulo Lanfranchi – da segunda. Tirando o Jeff Gouvea, que foi nosso guitarrista em alguns shows no lançamento do primeiro álbum em 1986/7 e chegou a estar conosco na volta em 2015, não houve nenhum contato mais efetivo.


(Pomba – Vodu)
6) O que acha das bandas de Heavy Metal mais novas?
Creio que o metal perdeu um pouco as referências oitentistas, de raízes, e o novo material do Vodu vem um pouco para suprir esse hiato, mas com uma pegada mais atual. Das internacionais, creio que o Ghost tem essa mesma proposta e tem se destacado. Nacionalmente gosto do Nervosa, mas que já tem quase 10 anos de carreira.
7) Homofobia no metal ainda existe?
Me assumi como bissexual antes ainda que o Rob Halford como gay. Da minha parte, não presenciei nada no meio metal que pudesse ser encarado como homofobia, em que pese o meio ser muito machista e ter muita hipocrisia e conservadorismo.
8) Qual seriam as maiores influencias da banda?
Iron Maiden, Metallica e Motorhead.
9) Você já era tão eclético musicalmente como é hoje?
Sempre fui. Mesmo nas épocas mais “true” eu sempre citava Queen e Duran Duran como influências. Evidente que o fato de eu ser DJ, ampliou meus horizontes para um espectro mais pop, mas creio que essa visão mais eclética vem mesmo dos meus estudos de baixo.
10) A internet mais ajudou ou atrapalhou o underground?
Se você pensar em vendas de álbuns físicos atrapalhou claro, mas o meio metal ainda reverencia e consome muito CD e DVD. Mas vejo pelo Vodu que o impacto dos vídeos publicados de shows ao vivo tem uma audiência maior do que os próprios shows. E as músicas do nosso CD demo Voodoo Doll estão disponíveis em nosso site www.voduband.com.

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O Vodu fará um show nessa quinta 14 de março as 21 horas no Teatro UMC (Av. Imperatriz Leopoldina, 550 – Vila Leopoldina – São Paulo – SP), dentro do projeto Canja do Oka.

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