Maestrick: entrevista exclusiva com vocalista Fabio e baterista Heitor

Formada na cidade de São José do Rio Preto/SP, no ano de 2006, a banda brasileira de Rock Progressivo/Heavy Metal, Maestrick, aborda a música de forma ampla.

Trazendo ao conceito de sua arte influências de grupos como Queen, Metallica, Dream Theater e movimentos artísticos como o surrealismo e obras do artista e diretor cinematográfico, Tim Burton. Propondo uma “Aquarela Sonora” entre as mais diversas facetas artísticas como música, pintura, cinema, literatura, teatro e dança.

Durante sua trajetória, o Maestrick obteve a quinta colocação no Prêmio Dynamite em 2012, na categoria “Melhor Álbum de Heavy Metal”.  Foi também destaque nas mais importantes publicações especializadas do país como a revista Roadie Crew:”…tem tudo para se tornar um marco no Heavy Metal brasileiro” e a revista Rock Brigade: “Tem tudo para arrebentar lá fora”.

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No mesmo ano, a banda se apresentou no aclamado festival Roça ‘N’ Roll, na cidade de Varginha/MG e foi destaque no ProgFest II, festival realizado na cidade de Lima no Peru. Atualmente, a banda conta com Fabio Caldeira (vocal e piano), Renato “Montanha” Somera (baixo e vocal) e Heitor Matos (Bateria e percussão).

Em entrevista exclusiva ao Agenda Metal, Fabio e Heitor nos contam algumas curiosidades sobre a banda, sua história e o que vem por aí. Confira!

Por Priscila Ramos
O Maestrick lançou recentemente o EP “The Trick Side Of Some Songs” que reúne versões de clássicos do Beatles, Queen, Pink Floyd, etc. Como surgiu a ideia desta obra e como foi o processo de gravação?

Fabio Caldeira – Bom, nós estávamos prestes a iniciar as gravações do nosso segundo disco no final do ano passado e fazia um bom tempo que não lançávamos nenhum material novo. Tínhamos feito o tributo ao Dio com a versão de “Rainbow Eyes” alguns meses antes e achamos que seria o momento ideal para registrar algumas versões de músicas que nos influenciaram de alguma forma. A ideia inicial era fazer algo para preencher essa lacuna entre um disco e outro, mas acabou sendo algo que como uma “passagem”, uma linha que separou tudo o que já fizemos com o que vamos fazer. Embora fosse uma grande responsabilidade fazer versões desses clássicos, eu particularmente considerei como um momento para espairecer e nos preparar para a próxima empreita da banda.

Heitor Matos – O processo de gravação deste EP foi bem tranqüilo, comparado as gravações do “Unpuzzle!” e do próximo álbum, “Solare”. Tivemos tempo de pensar nos arranjos e ouvirmos antes de realmente batermos o martelo. O mais legal desse EP é que como tivemos tempo de sobra, não tem praticamente nada de edição. 99% do que ouvimos lá é sem edição. Só 1% vagabundo (risos).

 

Após a finalização do material, os objetivos iniciais foram alcançados? Qual é a opinião pessoal da banda?

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Fabio – Com certeza. Nós quisemos simplesmente homenagear essas bandas que tanto fizeram pelo rock e dar um presente a quem acompanha nosso trabalho enquanto nosso disco de inéditas não sai. Nós ficamos satisfeitos com o resultado, porque atingimos o objetivo de fazer tudo da forma mais orgânica possível, colocando a cara do Maestrick com o máximo de respeito e sem descaracterizar as composições.

Heitor – Eu acho que o principal objetivo nosso com o EP era satisfação própria. E esse objetivo foi cumprido. Com relação à aceitação do público, tivemos muita crítica boa, e da mídia que foi também um dos principais motivos pra fazermos o EP, as críticas foram ótimas. É… Acho que os objetivos foram alcançados, mas ainda é cedo pra falar disso.

 

Como o “The Trick Side Of Some Songs” foi recebido pela mídia especializada e pelo público em geral? Tiveram o feedback esperado?

Fabio – Até agora a recepção foi maravilhosa. Todo mundo entendeu a nossa proposta e nosso sentimento é de missão cumprida.

Capa do álbum “The Trick Side Of Some Songs”
O primeiro disco do Maestrick, “Unpuzzle!” é uma obra baseada em movimentos artísticos. Este conceito se manterá no próximo álbum de inéditas? O que vocês podem nos adiantar sobre o novo material?

Fabio – Sim, porque esse é um conceito do Maestrick, unir vários universos artísticos. A diferença principal é que o disco novo será dividido em duas partes. O seu conceito nasceu de uma conversa despretensiosa em um café da tarde com a minha mãe. Ela fez uma analogia muito bonita da vida como se fosse uma viagem de trem. Eu levei essa ideia pro pessoal da banda e juntos fomos desenvolvendo a ideia que é a seguinte: Uma viagem de trem de um dia, onde a primeira parte/disco, terá doze músicas que representam as doze horas do dia. Já a segunda parte/disco, será gravada e lançada posteriormente, com doze músicas representando as doze horas da noite. Será uma verdadeira viagem o disco, com muitos detalhes, muitas paisagens sonoras e muita emoção. Nós traremos elementos da nossa região, que é muito rica em termos de histórias, folclore e cultura rural.

Heitor – Acho que vai ser sempre uma marca do Maestrick lançar disco conceituais. Nós não conseguimos trabalhar sem rumo, isso é uma coisa nossa, pra outras bandas funcionam, pra gente não. Quanto a adiantar algo… É difícil falar que não vai estar legal, que será diferente e todos aqueles clichês que todas as bandas falam quando lançam algo novo, mas agora eu entendo isso. É quase impossível você trabalhar por um ano, até mais às vezes, em algo que vem de dentro da gente e não falar que vai ficar animal. Eu espero que, mais uma vez, nós consigamos passar o que sentimos nesses dois próximos discos, porque como são ligados um ao outro, não podemos falar só desse. Realmente será como noite e dia!

 

O álbum “Unpuzzle!” foi lançado também no exterior e recebeu elogios da imprensa especializada. Há planos de continuar expandindo o trabalho fora do Brasil e sair em turnê?

Fabio – Definitivamente, sim! Esse é o nosso objetivo com o “Espresso Della Vita”, fortalecer as relações com o público que já temos e ampliar ao máximo o alcance do trabalho do Maestrick.

Heitor – Com certeza. Mostrar seu trabalho e tocar fora do país, é um sonho não só nosso, acho que é também da maioria das bandas de hoje em dia. Continuaremos com esse pensamento sempre.

 

A banda foi formada em 2006. Nestes 10 anos de trajetória, quais foram as maiores mudanças e evoluções até os dias de hoje?

Fabio – As principais mudanças foram nas nossas vidas pessoais, que acabam influenciando na parte artística. No “Unpuzzle!” nós éramos moleques, não tínhamos tantas responsabilidades. Hoje estamos todos começando nossas famílias, o Heitor já está casado, o Montanha já tem um filho, então embora nossa essência seja a mesma, alguns valores acabaram mudando. Hoje somos mais unidos do que nunca e mais certos de quem somos e do que queremos. Isso vai ficar muito evidente no disco novo, tenho certeza.

Heitor – Foram 10 anos de banda, desde que nós resolvemos tocar juntos, mas o Maestrick na verdade só apareceu pro mundo em 2010, então estamos com pouco tempo de casa ainda! A maior evolução, a meu ver, foi com relação ao jeito de encarar as coisas, aprender a compor e a lidar um com o outro como uma família. Acho que ficará mais claro a nossa evolução como músicos assim que sair o novo álbum! Temos muita coisa nova pra mostrar.

Capa do álbum “Unpuzzle!”
Quais as bandas que vocês estão ouvindo ultimamente?

Fabio – De bandas clássicas, eu estou ouvindo muito Yes e Renaissance. Das atuais, Kamelot, Haken, Circus Maximus, Seventh Wonder, Crisálida (do Chile), Flor de Loto (do Peru) e, do Brasil, Lothlorÿen, Endless, Uganga e Higher.

Heitor: Então Priscila… Eu ouço bastante coisa. Agora no momento, por exemplo, estou ouvindo The Mars Volta (Octahedron). Ouço muito hoje em dia Coheed and Cambria, muito country, Pantera, Symphony X, Adrenaline Mob, Flying Colors, muita coisa mesmo!

 

Muito obrigada pela entrevista, deixo o espaço aberto para que enviem uma mensagem aos leitores do Agenda Metal.

Fabio – Nós é que agradecemos pelo interesse no trabalho do Maestrick e pela atenção. Desejo o melhor a todos vocês, artistas independentemente dos palcos que atuam. O “Espresso Della Vita” está chegando com a primeira parte, “Solare”, e vai trazer muitas histórias para todos! Aguardem!

Heitor – Muito obrigado primeiramente a você, Priscila, pelas excelentes perguntas e por abrir espaço pras bandas brasileiras, esperamos que quem já conhece o Maestrick, curta o novo álbum e quem gosta de prog rock/metal e ainda não conhece, que dê uma ouvida nos álbuns “Unpuzzle!” e no ‘The Trick Side of Some Songs”, se curtirem (esperamos que sim) que fiquem atentos aí nos próximos meses, que teremos novidades do próximo disco. Um abraço e esperamos nos falar de novo em breve!
Mais Informações:
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